Comitê Popular Lança Último Dossiê Pré-Olimpíadas Sobre Violações de Direitos Humanos Frente aos “Jogos da Exclusão”

Cerianne Robertson – RioOnWatch

“Só não é best-seller porque não está à venda”. Um dia antes do lançamento oficial na terça-feira, 8 de dezembro, a página do Facebook do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, orgulhosamente, postou uma imagem do seu dossiê–com pesquisas meticulosas–de 190 páginas sobre os megaeventos e as violações de direitos humanos no Rio. A quarta edição da série, ele também é o primeiro dossiê desde a Copa do Mundo de 2014. Essa nova publicação de novembro de 2015 se diferencia das versões anteriores por seu foco intensificado nas Olimpíadas de 2016. Este é o primeiro dossiê com um título único–“Olimpíada Rio 2016, os jogos da exclusão“–e o primeiro a ser publicado em português e inglês. (mais…)

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Orgulho Comunitário: Uma Entrevista com Gilmar Lopes do Morro dos Cabritos

Laura Gama – RioOnWatch

Apesar dos estereótipos negativos associados à vida nas favelas, a realidade é que a maioria dos moradores estão felizes e têm orgulho de residir nas próprias comunidades. De acordo com um estudo feito pelo Data Popular, 85% dos moradores gostam de seu próprio lar, 80% tem orgulho de onde moram e 70% seguiriam morando na própria comunidade mesmo se dobrasse sua renda.

Gilmar Lopes nasceu e foi criado no Tabajaras e Morro dos Cabritos, favelas localizadas emCopacabana, na Zona Sul do Rio. Oficialmente, o censo reporta que Cabritos tem 5 mil pessoas, mas Gilmar diz que a Associação de Moradores estima que o número verdadeiro seja entre 16 e 18 mil. (mais…)

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Rio, a Metrópole Relutante: Introdução à Baixada Fluminense – Parte 1 de 2

Esta é a primeira de duas matérias que apresentam a Baixada Fluminense, pela pesquisadora Stephanie Reist*, com foco na história e economia da região. A segunda será publicada amanhã com foco na cultura, no ativismo e a integração da Baixada

Stephanie Reist – RioOnWatch

As dinâmicas centro-periferia não só caracterizam as relações do Rio com suas favelas, mas também a relação da cidade com sua área metropolitana. Niterói é conhecida por alguns turistas pelos numerosos prédios desenhados pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer. Contudo, outras cidades da Grande Rio, como Duque de Caxias, Magé, e Belford Roxo são estigmatizadas da mesma forma que as favelas do Rio: os turistas são incentivados a evitá-las e alguns cariocas zombam da ideia de morar ou simplesmente se aventurar mais ao norte do que o Maracanã. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 5: 2014

Essa é a quinta parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1 Parte 2, Parte 3 e Parte 4.

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

Em 2014, com as prioridades focadas na Copa do Mundo da FIFA e com todo o programa dasUnidades de Polícia Pacificadora (UPP) enfrentando, de certa maneira, uma crise, a implementação de novas UPPs foi reduzida drasticamente. Mangueirinha tornou-se a primeira comunidade pacificada na região da Baixada Fluminense algo que era há muito esperado, considerando os níveis extremos de violência letal na região. Em seguida, Vila Kennedy se tornou a terceira favela a receber uma UPP na Zona Oeste. Daí, apenas alguns meses antes do início da Copa do Mundo, o Complexo da Maré, na Zona Norte foi ocupado pelo exército, em um movimento que simbolicamente marcava a comunidade como “território inimigo”. Apesar do enorme investimento em soldados, recursos e dinheiro, a área ainda tem quadrilhas de traficantes fortemente armados conduzindo as vendas de forma aberta, e o exército não conseguiu fazer com que os moradores se sentissem mais seguros. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 4: 2013

Essa é a quarta parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1, Parte 2 e Parte 3.

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

2013 foi um ano crucial para as UPPs. Nos primeiros quatro anos do programa, a mídia, comentaristas sociais e especialistas em segurança pública apoiaram amplamente o programa, e os resultados positivos foram altamente divulgados. No entanto, 2013–um ano antes da Copa do Mundo–foi o ano no qual fissuras profundas começaram a aparecer. Ficou claro que a UPP Social não estava oferecendo apoio complementar ao programa de policiamento, que os serviços públicos vitais, além do policiamento, não estavam atingindo muitas das comunidades adequadamente, e que o ideal de “policiamento comunitário” não estava sendo realizado nas áreas instáveis que mais precisavam de segurança. (mais…)

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Polícia admite que alteração da cena de crime por PMs abala imagem das UPPs

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

O porta-voz das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, major Ivan Blaz, disse nesta terça-feira (29) que a imagem desse projeto da segurança pública foi abalada pelas cenas gravadas em um celular e divulgadas nas redes sociais, em que quatro policiais militares, depois de balearem um rapaz de 17 anos, modificam a cena do crime para forjar um auto de resistência, no Morro da Providência, na região central do Rio. (mais…)

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Resumo—A Um Ano para o Início das Olimpíadas—Remoções, Gentrificação, Segurança Pública e Meio Ambiente

Nicole Froio – Rio On Watch

Desde que venceu a candidatura olímpica em 2009 e sediou a Copa do Mundo de 2014, a cidade do Rio de Janeiro passou por imensas transformações urbanas que vêm interrompendo e mudando a vida de milhões de seus moradores. Faltando um ano para o início dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o RioOnWatch oferece este resumo sobre o que você precisa saber sobre os preparativos para o evento global e como isso afetou moradores de todo o Rio de Janeiro. (mais…)

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Um dia após o término das Olimpíadas de 2016 aqui no Rio…

O texto abaixo foi escrito por Cléber Araújo, morador do Complexo do Alemão na Zona Norte do Rio de Janeiro, em forma de sátira

Rio On Watch

22 de agosto, 2016–Acordamos hoje com vários órgãos e representantes do poder público aqui na entrada da favela, algo semelhante ao que aconteceu lá atrás em novembro de 2010. Há uma verdadeira invasão de repórteres e pessoas de várias partes do mundo. Devido a cobertura do encerramento dos Jogos Olímpicos, o Rio está cheio deles. Porém há uma diferença de 2010 para cá. Muitos carros de várias secretarias do governo estão presentes, cada entrada da favela tem uma secretaria específica. Na entrada da Grota, a Secretaria de Obras. Na entrada do Reservatório está a Secretaria de Lazer e Cultura. Na Nova Brasília se encontra a Secretaria de Educação. E na Austregésilo, o pessoal da Habitação, da Casa Civil, Secretaria de Desenvolvimento Social, CEDAE, e muitos repórteres–todos estão prontos para subir o morro e começar a “retomada da favela”. (mais…)

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Tour do Santa Marta com o guia-ativista Vitor Lira

Julia Jones – Rio On Watch

Na segunda-feira 1 de junho, policiais, guardas municipais e funcionários da prefeitura se juntaram no Santa Marta para demolir várias casas, deixando os moradores confusos, em estado de pânico, e sem teto devido ao atraso nas construções das prometidas casas populares. No mês passado, o RioOnWatch fez um tour pelo Santa Marta conduzido por Vitor Lira, um morador de quinta geração. Além de dirigir tours afim de mostrar a realidade da vida na comunidade, Vitor tem uma voz crucial no ativismo local e nos ofereceu sua visão das atuais transformações e pressão das remoções. (mais…)

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