Paris, Beirute, Mariana: o que faz uma tragédia ganhar a sua atenção?, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Tragédias não são medidas pela quantidade de corpos amontoados, mas pelo que elas significam para cada um. Tenho uma certa dificuldade em absorver comentários de pessoas que reclamam que determinado massacre ganhou destaque quando outro, bem maior, permaneceu desconhecido. Até porque essa mesma pessoa provavelmente ignorou uma série de outras tragédias e, evitando buscar informações, responsabiliza apenas a imprensa. Que tem suas culpas, claro, mas não está sozinha.

Estou resgatando um texto que escrevi sobre a comparação de desgraças e a questão da empatia. Creio que vale a pena neste momento em que uma competição entre Paris, Beirute, Mariana ou Baga parece ter ocupado as redes sociais. (mais…)

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Memória e inquietações: a reportagem e a história em movimento

Em Desacontecimentos

Memória e inquietações movem a segunda edição de Repórter. Criada em 2011, a série do Itaú Cultural foi idealizada pela jornalista Eliane Brum para documentar a experiência dos grandes repórteres brasileiros, registrando-a e tornando-a disponível na internet, assim como refletir sobre esse momento de mudanças profundas da imprensa. A reportagem é a narrativa da história em movimento. Seu percurso e suas contradições também revelam o seu tempo.

Assim, Repórter tem a ambição de registrar a memória de quem conta a história do hoje, transformando-a em documento histórico para a consulta das gerações futuras. E, ao mesmo tempo, a ousadia de também construir memória, ao pensar sobre os desafios de fazer reportagem nesta época, na qual jovens jornalistas precisam encontrar um modo de fazer seu trabalho no contexto de um modelo de negócio em crise, assim como repórteres experientes confrontam-se com o imperativo de criar alternativas para continuar narrando o presente com toda a complexidade, as nuances e o respeito à alteridade que a reportagem exige. (mais…)

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Damos sangue para o povo, pois o povo quer sangue?, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

“Se morreram, é porque são bandidos.”

“Todos são suspeitos até que se prove o contrário.”

“Foi igual a dar tiro em pato no parque de diversões.”

“Quem não reagiu está vivo.”

As frases, colhidas da boca de autoridades e policiais após ações violentas, são indícios de que o Estado vai se tornando aquilo que deveria combater. E não foram rebatidas imediatamente como se deveria. (mais…)

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Divulgue, depois apure: O erro agora é etapa do processo jornalístico?, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

É lógico que a adrenalina trazida pela possibilidade de divulgar uma notícia antes dos concorrentes vicia jornalistas.

E é compreensível que veículos jornalísticos incentivem seus empregados a darem “furos”. Isso confere prestígio junto ao grande público, aos formadores de opinião e aos anunciantes. Ou apenas massageia o ego junto aos colegas, mas isso já é outra história. (mais…)

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O fim do jornalismo?

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

Vez ou outra me debruço sobre alguns textos que decidem o fim do jornalismo nesse nosso maravilhoso século tecnológico. O sítio “observatório da imprensa”, o qual recomendo, é um bom espaço para garimpar as novidades.  Muitos estudiosos apontam que as novas tecnologias agora propiciam que, pelo menos, três bilhões de pessoas em potencial digam algo sobre o que acontece no mundo ou na vila. São os que chamam de “conectados”, ou seja, os que de alguma maneira conseguem se ligar a rede mundial de computadores. Com base nessa premissa, como num silogismo simples, concluem então, alguns, que não há mais a necessidade do jornalista. Ou, numa conclusão às avessas: se todos podem falar, todos são jornalistas.  Seja lá como for, é o fim do jornalismo, dizem. Rumino isso com muita paciência e, aqui, teço três singelas considerações. (mais…)

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Conferência discutirá violência contra jornalistas e estratégias de combate nas Américas

Cristina Fontenele – Adital

A PEN Internacional, organização que atua pela liberdade de expressão no mundo, realizará de 21 a 24 de fevereiro a Conferência das Américas 2015 no México. Cerca de 40 escritores devem se reunir com o governo federal mexicano para debaterem sobre o clima de violência, impunidade e medo que acomete jornalistas da América Central e México. A delegação incluirá presidentes de PENs da Argentina, Brasil, Guatemala, Honduras, Nicarágua e México. (mais…)

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