Vozes Indígenas, sobre povos ameaçados de extinção, será o projeto da América Latina na 56ª Bienal de Veneza

Por Lara Schneider

Vai ter muita coisa bacana na 56ª Bienal de Veneza (09/05 a 22/11/2015)! No Pavilhão da América Latina (IILA – Istituto Italo-Latinoamericano), vai acontecer o projeto Vozes Indígenas. O texto da curadoria ressalta o fato de existir uma população indígena com aproximadamente 28 milhões de pessoas, na América Latina; e aponta a variedade de idiomas falados pelos povos originários e o fato de muitos desses idiomas estarem desaparecendo. Vozes Indígenas é alicerçado nisso: no resgate do idioma. Para tanto, foram selecionados artistas com vínculos junto ao legado linguístico indígena e esses artistas levaram 14 idiomas, não apenas por sua relevância histórica e cultural, ou do seu grupo étnico, mas pensando no risco de extinção a que esses línguas estão expostas. (mais…)

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Bloco Domésticas de Luxo: onde racistas se divertem

Pouco antes de começar a folia do Carnaval, o portal Tribuna de Minas repercutiu algo de forma, no mínimo, intrigante: apresentando o Bloco chamado “Domésticas de Luxo” com entusiasmo, o portal deu à matéria o título de “Pretinhas em contos de fada”, explicando que os participantes do bloco – tradicionalmente homens brancos -, além de se fantasiarem de mulheres negras, ainda adicionavam à “fantasia” roupas de princesas de contos de fada, como a Branca de Neve

Por Jarid Arraes*, na Revista Fórum / Vermelho

É chocante que o racismo escrachado, debochado e explícito seja tratado como uma tradição divertida que tem mérito em ser preservada. Pior, é revoltante perceber que a população de Juiz de Fora –onde o bloco acontece– considera tão natural e adequado o fato de que homens brancos se vistam de mulheres negras, pintando o rosto com tinta preta, vestindo perucas que imitam cabelos crespos, exagerando no batom vermelho para desenhar lábios muito grossos e fazendo uso de enchimentos para exibir bundas falsas de tamanhos enormes. (mais…)

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Estado debe eliminar obstáculos para titular integralmente a las comunidades nativas

Contundente alegato de Alberto Chirif y Ruiz Molleda demuestra que autoridades no respetan ordenamiento jurídico vigente y trasgreden el Estado de Derecho al titular parcialmente territorios de comunidades nativas

Servindi – ¿Tiene sentido que a las comunidades nativas de la amazonía se les titule únicamente el área con aptitud agrícola y ganadera y el área con aptitud forestal “se les ceda en uso”, cuando la mayor parte de la selva es bosque?

Sin duda que no. Pero esta es la ficción jurídica con la que el Estado peruano pretende titular a las comunidades ubicadas en el Lote 192 que vienen exigiendo se les titule, repare e indemnice por los daños a la vida y al ambiente sufridos a consecuencia de 43 años de actividad petrolera en sus territorios ancestrales. (mais…)

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“O pacto em que todos ganham não é mais possível”

IHU On-Line

Grupo que vem ganhando relevância nacional, desde 2013, por conta das manifestações em favor de moradia popular, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ajudou a consolidar Guilherme Boulos como um dos principais nomes da esquerda brasileira. Como parte da matéria de capa da edição de CartaCapital, 18-02-2015, desta semana, a reportagem entrevistou o líder sem teto para uma análise sobre o atual momento da política brasileira, em meio a rumores de impeachment contra o governo Dilma Rousseff. (mais…)

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Moradores do asfalto têm visão preconceituosa em relação a favelas

Por Alana Gandra, da Agência Brasil / Ecodebate

Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que ainda é preconceituosa a visão dos moradores do asfalto em relação aos de favelas. A pesquisa consultou 3.050 pessoas em 150 cidades de todo o país entre os dias 15 e 19 de janeiro. De acordo com o levantamento, 47% dos cidadãos do asfalto nunca contratariam, para trabalhar em sua casa, uma pessoa que morasse em  favela. (mais…)

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Juventude se organiza para fortalecer a luta pela Reforma Agrária Popular

Jovens de diversas regiões de Alagoas estiveram reunidos na articulação e consolidação do Coletivo da Juventude Sem Terra do estado

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Para discutir o papel e os desafios da juventude na luta pela terra e na construção da Reforma Agrária Popular, jovens de diversas regiões de Alagoas estiveram reunidos na articulação e consolidação do Coletivo da Juventude Sem Terra do estado. (mais…)

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Os Tupinambá e eu

“Tudo me foi narrado com força e uma espécie de beleza dolorosa”. Antropóloga descreve seu encontro com os Tupinambá, povo cuja história ela quer transformar em filme

Daniela Alarcon – Repórter Brasil

Conheci os Tupinambá em 2010, quando eles viviam um intenso período de criminalização. O pior desde que iniciaram, em 2004, ações diretas para retomar seu território. Eu morava em Brasília, trabalhava com mulheres indígenas e, de quando em quando, encontrava Glicéria Jesus da Silva, importante liderança tupinambá. Glicéria viajava com frequência à capital para representar seu povo, participar de atividades do movimento indígena e denunciar o que ocorria em sua aldeia. Em junho de 2010, ela foi recebida pelo então presidente Lula e relatou os ataques que a Polícia Federal vinha perpetrando contra os indígenas. Ela levava nos braços seu bebê de dois meses de idade. No dia seguinte, foi encarcerada ao desembarcar na pista de pouso do aeroporto de Ilhéus. (mais…)

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