A revanche dos invisíveis: territórios, educação no campo e inovações metodológicas, artigo de Rogério Almeida

[Ecodebate] Desde 1987, quando o governo reconheceu a primeira área ocupada como projeto de assentamento (PA) da reforma agrária, o Castanhal Araras, no município de São João do Araguaia, sudeste do Pará, o campesinato do sudeste tem conseguido se efetivar nas terras do Araguaia-Tocantins.

Hoje são cerca de 500 PA´s, que representam mais de 50% do território dos 36 municípios do sul e sudeste do estado sob a responsabilidade do INCRA. Nenhum tratado científico havia previsto a fixação da categoria numa área marcada pela aguda disputa pela terra. Ao contrário, a tese residia em que, esgotada a floresta, os camponeses seguiriam em itinerância e dariam lugar à eficiência da atividade capitalista.

A territorialização vai além da definição de uso do solo\espaço, ela se encontra com o reconhecimento econômico, social e político dos\as camponeses\as. Passa pelo campo simbólico, com a nomeação de PA´s com nomes de mártires da luta pela terra, caso de Expedito Ribeiro, João Canuto, Irmã Adelaide, João Batista, entre outros. (mais…)

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