Vergonha 2: “Moção de Repúdio”

O Centro de Referência Hip Hop Brasil e todas as entidades e amigos que assinam este documento manifestam veemente repúdio aos atos de violência brutalmente cometidos contra o rapper e arte-educador Hudson Carlos de Oliveira, o Ice Band, dia 28 de novembro de 2010, no bar Brasil 41, em Santa Efigênia. O artista, deficiente físico e visual, foi agredido covardemente por sete homens, por motivo fútil. Em razão dos chutes e socos que recebeu, Ice Band teve fraturas no maxilar e na clavícula, além de lesões na arcada dentária e escoriações pelo corpo. Desde este dia, ele está internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde aguarda vaga para cirurgia de recuperação na mandíbula, sem previsão de alta.

Hudson Carlos de Oliveira foi espancado, humilhado publicamente, chamado de marginal e, durante o ataque, ouviu de um dos agressores: “Mata que é bandido”. Quando conseguiu se desvencilhar do ataque para buscar socorro em Batalhão da Polícia Militar próximo ao local, foi tratado como agressor, apesar das inúmeras evidências da agressão sofrida, e imobilizado com brutalidade, até que os fatos se esclarecessem com intervenção das testemunhas.

Negro, militante do hip hop e artista, Ice Band tem a cara da favela e se orgulha de sua identidade. Há pelo menos 10 anos se dedica de forma incansável à defesa dos Direitos Humanos, atua como mediador de conflitos no Aglomerado Serra, é autor do projeto Hip Hop – Educação para a Vida, em que realiza palestras de enfrentamento da violência social em escolas municipais de Belo Horizonte, e fundador e presidente do Centro de Referência Hip Hop Brasil – entidade não-governamental de promoção e divulgação da arte produzida na periferia. Ano passado, foi agraciado com medalha de Honra ao Mérito, na Câmara dos Vereadores, em reconhecimento à importância dos serviços prestados à comunidade. (mais…)

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Vergonha! “Indústria diz que não houve contaminação por urânio em Caetité”

Destaque nosso: O relatório da Fiotec é conclusivo: ‘É possível afirmar que não foi observada alteração no perfil de mortalidade por câncer na população dos municípios de Caetité e Lagoa Real, nem maior probabilidade de se adquirir câncer nesses municípios em relação ao estado da Bahia, seja por conta da radioatividade natural do local, seja por conta das atividades de extração e beneficiamento do minério de urânio’”.

A notícia: Os resultados de estudos técnicos realizados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA – órgão vinculado à ONU), pela Fiocruz e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear atestam que não há contaminação de urânio em Caetité e que a população local não está exposta a níveis de radiação maior do que o permitido pela CNEN, como foi divulgado pelas Relatorias Nacionais em Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCA).

A possibilidade de aumento de casos de câncer na região foi pesquisada pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde – Fiotec/Fiocruz, que fez um levantamento completo do número de ocorrência dessa doença entre os anos de 1995 (antes da entrada em operação das Indústrias Nucleares do Brasil – INB) e 2005, comparando os dados obtidos com as ocorrências no Estado da Bahia. De acordo com o estudo, o número de casos de câncer em Caetité em 1995 correspondeu a 6.50% da população, enquanto que no Estado da Bahia como um todo alcançou 7.40%. Em 2005, na região de Caetité o percentual foi de 6.60%, e na Bahia chegou a 9.45%. (mais…)

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