Nota de Solidariedade ao Defensor Público Thiago Tozzi

A sociedade civil reconhece a importância do Núcleo de Ações Coletivas- NAC. Este setor da Defensoria Pública se liga as causas sociais que atingem as comunidades, efetivando os direitos humanos na sua característica de indivisibilidade, percebendo que direitos individuais só podem ser concretizados juntamente com os coletivos.

Desta forma, reconhece, também, a necessidade de isenção na escolha dos servidores públicos que ficarão a frente, devendo haver critérios objetivos, que afiram a identidade com a matéria. Neste sentindo é que se percebe o grande valor do Defensor Público Thiago Tozzi a frente deste Núcleo.

Estamos desde o início da perseguição feita pela Defensoria Pública-Geral prestando solidariedade. Agora, mais uma vez, não podemos aceitar as medidas tomadas pela direção desta instituição, que vai de encontro aos seus próprios valores. (mais…)

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Thiago Tozzi, responsável pela Ação Civil Pública contra a termoelétrica da MMX no Porto de Pecém, Ceará, é afastado e tem seu escritório invadido

Thiago Tozzi, que, à frente do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NAC), do Ceará, vem sendo dos mais atuantes  membros de uma instituição – a Defensoria Pública – que na maioria dos estados brasileiros se caracteriza  pela omissão frente a seus deveres constitucionais, foi sumariamente afastado de suas funções e teve seu gabinete arrombado, na madrugada de ontem.

Thiago Tozzi vem sendo perseguido e processado pela Defensoria Geral do Estado há cerca de dois anos. Por coincidência, talvez, foi exatamente em 2008 que o Defensor Público entrou com uma Ação Civil Pública contra a autorização concedida  pela Secretaria de Meio Ambiente do Ceará para a construção da termoelétrica da MMX no Porto de Pecém, em terras do Povo Indígena Anacé.

Sua atuação  não se resume à luta em defesas dos Direitos Coletivos, entretanto. Atualmente, Thiago Tozzi está organizando, juntamente com o Instituto Brasileiro de Advocacia Pública, o I Encontro Nacional da Defensoria Pública: Direitos Humanos e Tutela Coletiva, que será realizado de 22 a 24 de setembro, em Fortaleza. Dentre os objetivos do Encontro estão exatamente “fomentar o debate institucional sobre as atribuições da Defensoria Pública na seara da tutela jurisdicional dos direitos metaindividuais e dos direitos humanos” e “o  fortalecimento institucional da Defensoria Pública a partir da interação entre departamentos responsáveis por ações de grande visibilidade com ênfase na construção da Unidade Nacional”. Para isso, está prevista inclusive a criação do Fórum Nacional de Defensores Públicos de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, durante o Encontro.

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Trabalho escravo é uma violação dos direitos humanos que pode ameaçar exportações do Brasil

Trabalho escravo, vamos abolir de vez essa vergonha

Durante o curso Trabalho Escravo – Aspectos Trabalhista e Penal, dia 25/8, em Brasília, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ressaltou que o trabalho escravo no país é uma questão que vai além dos direitos humanos e reflete na economia, ameaçando até as exportações. O ministro afirmou também que a não solução do problema é uma de suas “frustrações pessoais” na Secretaria.

“O Brasil corre os risco de ter problemas na Organização Mundial do Comércio (OMC) porque países concorrentes podem levar fotos e provas do uso de trabalho escravo na produção de soja, por exemplo”.

Ele também destacou a importância da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438 para a erradicação do trabalho escravo no país. A PEC prevê a expropriação e destinação para a reforma agrária de todas as terras onde sejam flagrados trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo. (mais…)

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Mineração de Urânio precisa ser proibida, artigo de Norbert Suchanek

Foto: Mina de Urânio em Namíbia, foto do filme
Foto: Mina de Urânio em Namíbia, foto do filme “Uranium Thirst” de Norbert Suchanek e Márcia Gomes de Oliveira
[EcoDebate] A organização Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear, IPPNW, exigiu que a mineração de urânio seja proibida mundialmente. Na véspera do Congresso “Mineração de Urânio, Saúde e Povos Indígenas”, que vai começar dia 26 de agosto na Suiça, Frank Uhe, Chefe da IPPNW na Alemanha falou: “Nós não podemos esquecer que a mineração e a concentração de urânio sempre está conectada com perigos graves para a saúde e o meio ambiente.”

A indústria nuclear é uma indústria suja desde o seu começo. Trabalhadores nas minas e as populações locais podem adoecer com câncer, especialmente leucemia, câncer de estômago, câncer do fígado, câncer do intestino, câncer do rim e câncer de pele. Em risco estão também os recursos hídricos. Por exemplo, no norte da Austrália. Lá cada dia 100.000 litros de água contaminada com elementos radioativos e tóxicos da mina de Urânio Ranger Mine está infiltrando no meio ambiente. No mundo, 75 porcento das populações afetadas pelas minas de urânio radioativas são povos indígenas. Por isso, o IPPNW e outros organizadores do congresso como o “Nuclear Free Future Award” e “AG Uranium Network” falam: “Deixe o urânio intocado no chão!” (mais…)

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MANIFESTO: Assinatura da Concessão de Belo Monte é mais uma ofensiva macabra para sentenciar a morte do rio Xingu

Os funcionários do Planalto ainda não terão limpado os restos da festança que comemorará o retorno do Presidente da República ao seu Palácio nesta quarta, dia 25, e o governo federal assinará a sentença de morte do Xingu e a expulsão de milhares de cidadãos de suas casas, o pouco que ribeirinhos e pequenos agricultores das barrancas do rio podem chamar de seu.

Num ato de escandalosa afronta a convenções internacionais de direitos humanos, à legislação brasileira e à Constituição do país, o governo firmará, nesta quinta, 26, o Decreto de Outorga e o Contrato de Concessão da UHE Belo Monte com o Consórcio N/Morte Energia no Palácio do Planalto.

A assinatura ocorrerá antes do Ibama ter concedido a Licença de Instalação à obra, que, por lei, deve anteceder mesmo o processo de licitação (artigo 4 da resolução 006 do CONAMA), e enquanto ainda tramitam na Justiça 15 Ações Civis Públicas contra a Licença Prévia, contra o leilão e por violação de Direitos Humanos e Constitucionais das populações ameaçadas. (mais…)

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Presidente Lula se reúne com povos indígenas no Mato Grosso do Sul

Adital – No palanque oficial e nas cerimônias de inauguração de estrada e da Universidade  Federal da Grande Dourados – UFGD, Lula silenciou sobre a questão indígena. Apenas uma referência passageira a novos paradigmas, onde falou de um novo paradigma indígena. Porém não o único compromisso reservado foi o encontro com os povos indígenas, que na imprensa local foi assim definido “Lula e índios discutem demarcação a portas fechadas”. (Campo Grande News). Na matéria explicita que “A região Sul do Estado, principalmente a Grande Dourados, enfrenta uma guerra  judicial por conta das demarcações de terras”.

Foi exatamente sobre a questão da demarcação ou melhor não demarcação das terras, que girou a maior parte do tempo do encontro de Lula com 25 lideranças políticas e religiosas do povo Kaiowá Guarani e Terena.  Após o Nhaderu Kaiowá Guarani Getulio colocar o cocar na cabeça do presidente, este ouviu atentamente o clamor de urgência da demarcação das terras indígenas no estado.  Foram apenas 20 minutos de conversa na qual os indígenas expuseram rapidamente o grave momento por que passam as comunidades, privadas de suas terras e envoltas a uma situação de violência insuportável e sem precedentes. Diante do clamor ouviram do presidente da república sua palavra de sensibilidade pela realidade exposta e seu compromisso de se encontrar com o presidente da FUNAI ainda hoje para solicitar o acompanhamento da polícia federal aos Grupos de Trabalho de identificação das terras Kaiowá Guarani e Terena. Em sua ânsia de minorar a desgastante situação de denúncias contra os direitos humanos e étnicos dos Guarani, reafirmou sua vontade de comprar terras para os acampados desse povo. Solução essa que já foi rejeitada pelas comunidades, pois não vem ao encontro de seus direitos a seus tekohá, terras tradicionais. (mais…)

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MJ suspende portarias de terras Guarani no norte de Santa Catarina

Ministério da Justiça suspendeu as Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Mbya Guarani Morro Alto, Pirai, Tarumã e Pindoty, nos municípios de São Francisco do Sul e Araquari, no norte de Santa Catarina.

Um grupo de cerca de 300 donos de terras, entre eles empresas do porte da têxtil Karsten, Weg e da Fundição Tupy, entraram com ações judiciais contra a demarcação. Eles são representados pela “Associação de Proprietários Interessados em Imóveis nas Áreas de Reservas Indígenas no Norte de SC (Apis)”.

O Juiz da 1ª Vara Federal de Joinville deferiu a Ação Ordinária nº2009.72.01.005799-5 que suspende as portarias assinadas pelo Ministro da Justiça Tarso Genro em Agosto de 2009, e o atual Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, aceitou a Ação e suspendeu as portarias. (mais…)

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