Rio de Janeiro tem a polícia mais letal do país

Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio

Dados do 9º Anuário de Segurança Pública, publicado pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) em outubro, mostram que as forças policiais do Rio de Janeiro são as mais letais do país. A cada cem mil habitantes, no Estado do Rio, morreram 3,5 pessoas por conta de algum tipo de intervenção policial. Amapá (3,3),Alagoas (2,3), São Paulo (2,1) e Pará (1,9) aparecem na sequência. As estatísticas são de 2014.

Em números absolutos, São Paulo puxa a fila com 965 mortes provocadas por policiais no ano passado, 351 a mais em comparação com o ano anterior –de 2013 para 2014, houve aumento de 57% no Estado de São Paulo. Também no ano passado, o Estado do Rio teve 584 ocorrências, 168 a mais em relação a 2013 –crescimento de 40%. (mais…)

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Chacina de Costa Barros: por que são as famílias que têm de dar explicações?

“Meu filho terminou o curso técnico”. “Meu filho fazia inglês”. “Meu filho era estudante”. “Meu filho estava comemorando o primeiro salário no emprego”.

Ao acompanhar o noticiário sobre os cinco jovens negros mortos por policiais em Costa Barros no fim de semana, reencontro frases que ouvi tantas vezes, nas bocas de outras mães e outros pais que perderam seus filhos de modo semelhante.

“Meu filho era tão bom, era trabalhador, estudava…”, costumava dizer Euristeia Azevedo sobre o filho William Keller Azevedo, assassinado em outubro de 1998 no episódio que ficou conhecido como Chacina do Maracanã. (mais…)

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Fantasmas do presente

Dos brasileiros com medo de violência policial, maioria são jovens, pretos autodeclarados e moram na região Nordeste

Lilia Moritz Schwarcz – Nexo

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acaba de concluir mais do mesmo: 62% dos moradores das cidades nacionais com mais de 100 mil habitantes têm medo de sofrer agressão da polícia. Foram entrevistadas, no último mês de setembro, 1307 pessoas distribuídas por todas as regiões do país, cujas respostas parecem ter atualizado uma representação consagrada nos anos 1970, nas notas da canção de Chico Buarque: o famoso “chame o ladrão”. (mais…)

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Polícias Militares, força fora de controle?

Estudioso da Segurança Pública brasileira constata: PMs já desrespeitam até governos estaduais — por isso, seria trágico dar-lhes poder de investigação. Saída está em rever por completo a formação

Rafael Alcadipani, entrevistado por André Caramante, na Ponte | Ilustração Junião – Outras Palavras

Policiais militares do Estado de São Paulo mataram 11.358 pessoas nos últimos 20 anos, segundo dados do Centro de Inteligência da Polícia Militar paulista obtidos pela Ponte Jornalismo. O número é maior que o cometido de todas as polícias do EUA, no mesmo período. Também nesses 20 anos, 1.248 policiais militares foram mortos no estado. (mais…)

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Agressões domésticas alavancam crescimento da violência no Brasil. Entrevista especial com Julio Jacobo Waiselfisz

“A primeira questão é que violência doméstica não é patrimônio exclusivo das mulheres ou fato exclusivo das mulheres. Estão na mesma situação as crianças, os adolescentes, os jovens e os idosos”, destaca o sociólogo

Por Ricardo Machado – IHU On-Line

As mulheres seguem sendo um dos principais grupos que são vítimas de violência no Brasil. Dados do Mapa da Violência, divulgado na última semana, apontam que 55% dos homicídios praticados contra mulheres ocorrem dentro de casa, sendo que familiares diretos, como pai, marido, irmão, filho, namorado etc -, são responsáveis pela metade dos assassinatos. Tão grave quanto este dado é o perfil das vítimas, que não fica restrito ao público feminino. “A primeira questão é que violência doméstica não é patrimônio exclusivo das mulheres ou fato exclusivo das mulheres. Estão na mesma situação as crianças, os adolescentes, os jovens e os idosos”, avalia o pesquisador Julio Jacobo Waiselfizs, em entrevista por telefone à IHU On-Line. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 5: 2014

Essa é a quinta parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1 Parte 2, Parte 3 e Parte 4.

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

Em 2014, com as prioridades focadas na Copa do Mundo da FIFA e com todo o programa dasUnidades de Polícia Pacificadora (UPP) enfrentando, de certa maneira, uma crise, a implementação de novas UPPs foi reduzida drasticamente. Mangueirinha tornou-se a primeira comunidade pacificada na região da Baixada Fluminense algo que era há muito esperado, considerando os níveis extremos de violência letal na região. Em seguida, Vila Kennedy se tornou a terceira favela a receber uma UPP na Zona Oeste. Daí, apenas alguns meses antes do início da Copa do Mundo, o Complexo da Maré, na Zona Norte foi ocupado pelo exército, em um movimento que simbolicamente marcava a comunidade como “território inimigo”. Apesar do enorme investimento em soldados, recursos e dinheiro, a área ainda tem quadrilhas de traficantes fortemente armados conduzindo as vendas de forma aberta, e o exército não conseguiu fazer com que os moradores se sentissem mais seguros. (mais…)

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6 PMs acusados de matar estudante com lança-perfume são julgados em SP. Após morte, réus foram promovidos

Um dos militares envolvidos em crime, ocorrido em novembro de 2008, também é investigado desde o mês passado sob a suspeita de ajudar sargento da Polícia Militar a torturar um acusado de roubo com choques e com uma faca. Após prisão de sargento, clima de tensão entre policiais civis e militares aumentou no Estado de São Paulo

André Caramante – Ponte

Pela terceira vez em sete anos, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tentará promover o julgamento dos seis policiais militares acusados pelo Ministério Público, Corregedoria da PM e Polícia Civil de terem matado um jovem de 18 anos ao obrigá-lo a beber lança-perfume. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 4: 2013

Essa é a quarta parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1, Parte 2 e Parte 3.

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

2013 foi um ano crucial para as UPPs. Nos primeiros quatro anos do programa, a mídia, comentaristas sociais e especialistas em segurança pública apoiaram amplamente o programa, e os resultados positivos foram altamente divulgados. No entanto, 2013–um ano antes da Copa do Mundo–foi o ano no qual fissuras profundas começaram a aparecer. Ficou claro que a UPP Social não estava oferecendo apoio complementar ao programa de policiamento, que os serviços públicos vitais, além do policiamento, não estavam atingindo muitas das comunidades adequadamente, e que o ideal de “policiamento comunitário” não estava sendo realizado nas áreas instáveis que mais precisavam de segurança. (mais…)

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PM paulista matou, em média, quase 2 pessoas por dia de janeiro a setembro

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Apesar de o número de mortes em decorrência de ações de policiais militares em serviço ter diminuído 1,68% de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, em São Paulo, oito ocorrências a menos, os dados divulgados ontem (22) pela Secretaria de Segurança Pública do estado mostram que, em média, por dia, quase duas pessoas (1,7) foram mortas, 12 por semana e 469 até setembro de 2015.

Considerando apenas o mês de setembro, a diminuição foi de 37,29% na comparação com o mesmo mês do ano passado, passando de 57 para 37 mortes. Entre julho e setembro, as ocorrências apresentaram queda de 20,13%, com o registro de 127 casos. (mais…)

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Jovem é preso após pedir ajuda de PMs na avenida Nove Julho

Vítima contraria delegada e alega não ter reconhecido na delegacia o jovem que está preso no CDP do Belém

Paulo Eduardo Dias – Ponte

Uma noite de diversão de um menino caseiro, trabalhador e estudioso tem custado o sono de uma mãe e interrompido momentaneamente o sonho do garçom I. G. S., de 19 anos, em cursar engenharia no Mackenzie, uma das maiores universidades da capital. Preso no CDP (Centro de Detenção Provisório) do Belém há mais de um mês, a vontade em estudar na tradicional faculdade tem prazo: 19 de novembro, quando encerram-se as inscrições para 2016. (mais…)

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