Incêndio na Favela do Piolho: ‘os policiais impediram os bombeiros de apagar o fogo’

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Correio da Cidadania

“Dessa vez, antes de o incêndio (em 07/09) começar já tinha policiais na favela. Quando começou o fogo e os bombeiros chegaram, os próprios policiais os impediram de entrar e apagar. Depois, espalharam boatos de que os moradores receberam os bombeiros com pedras e não os deixaram passar. É pura mentira, pode perguntar pra qualquer um aqui como esse fato não é real, não aconteceu”. Foi com essa dura denúncia que começou a entrevista do Correio com uma moradora da favela do Piolho.

No que talvez reforce sua tese a respeito da “má vontade” estatal, a moradora da área, cujo nome tivemos a obrigação de preservar, lembra de uma grosseira visita da prefeitura dias antes do fogo e, claro, dos projetos imobiliários em andamento, numa das regiões da cidade que mais se verticaliza, localizada exatamente onde se pretende construir o Monotrilho – linha 17 do metrô.

Dessa forma, mostrou descrença durante toda a conversa, tanto em relação aos políticos e governos como também ao próprio futuro dos moradores da comunidade. (mais…)

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Lá no norte de Minas Gerais

Foto: Coletivo Baru
Foto: Coletivo Baru

por Marina Amaral, A Pública

A segunda reportagem da série “Cartas na Mesa” foca o embate das comunidades sertanejas contra a explosão da grilagem no governo Aécio Neves, herdeiro de terras já registradas em nome do estado

No dia 13 de novembro de 2008 uma cerimônia com a presença do primeiro escalão do governo de Minas Gerais quebrou a monotonia de Rio Pardo de Minas, município então com 29 mil habitantes, mais da metade vivendo na área rural. O governador em exercício, o vice Antonio Anastasia – Aécio estava em viagem oficial à Europa – entregou 1001 títulos de propriedade a agricultores familiares, somando 20,5 mil hectares de terra, e falou sobre o programa de reforma agrária do governo: “Trata-se de um projeto pioneiro. O secretário Manoel Costa foi incumbido pelo governador Aécio Neves para que implementasse de maneira definitiva uma reforma agrária pacífica, calma e inteligente em Minas Gerais e a estamos realizando com grande enfoque na região Norte do Estado”. (mais…)

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