‘Quem resistiu a criar o CNJ hoje quer enfraquecê-lo’

Fausto Macedo – O Estado de S.Paulo

“Os mesmos setores que resistiram à criação do Conselho Nacional de Justiça hoje lutam para enfraquecê-lo”, alerta Sergio Rabello Tamm Renault, um dos criadores do CNJ. A toga amotinada, avalia, é formada por “setores da magistratura que não aceitam que os juízes estejam submetidos a uma forma de controle mais isento, imparcial e distante, como convém ao sistema democrático”. A reportagem e a entrevista é de Fausto Macedo e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 07-01-2012.

O CNJ, apenas seis anos de vida, já se vê ameaçado. Entidades de magistrados o hostilizam. Atribuem ao conselho, sobretudo à Corregedoria do CNJ, excessos e violações a garantias constitucionais. Desde que mergulhou nos porões dos tribunais, em busca de supersalários e do nepotismo, o CNJ é fustigado. Vive sub judice.

Aos 53 anos, advogado há 30, especializado em Direito Público, Renault ocupou o cargo de secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça entre 2003 e 2005. Nesse período, foi aprovada a emenda 45, que moldou o CNJ – planejado para fiscalizar e pôr fim a regalias seculares das cortes. Eis a entrevista. (mais…)

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As doenças que mais venderão em 2012

Por Adir Tavares

“Se há um remédio capaz de gerar lucros, deve haver consumidores”. O que as corporações querem que você compre agora

Por AlterNet | Tradução: Daniela Frabasile

Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da população dos Estados Unidos tome antidepressivos, estatinas, e estimulantes? Vendendo doenças como depressão, colesterol alto e refluxo gastrointestinal. Marketing impulsionado pela oferta, também conhecido como “existe um medicamento – precisa-se de uma doença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondríacos viciados em remédios, mas desvia os laboratórios do que deveria ser seu pepel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médicos reais.

Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma enfermidade torne-se campeã de vendas, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser constatada num diagnóstico que tem margem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pioram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao tratamento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico.

Aqui estão algumas potenciais doenças da moda, que a indústria farmacêutica gostaria que você desenvolvesse em 2012: (mais…)

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Funai investiga se criança indígena foi queimada viva por madeireiros

Por Jean-Philip Struck

A Funai (Fundação Nacional do Índio) investiga uma denúncia de que uma criança da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros na terra indígena Arariboia, no município maranhense de Arame (350 km de São Luís).

Segundo a Coordenação Regional da Funai em Imperatriz, uma equipe foi deslocada para a região onde teria ocorrido o crime. A fundação afirma que só irá se pronunciar oficialmente sobre o caso na semana que vem, depois de concluir as investigações.

De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o crime ocorreu entre setembro e outubro do ano passado. Em outubro, um índio da etnia guajajara, também conhecida como tenetehara, encontrou o corpo da criança carbonizado em meio a um acampamento abandonado pelos Awás, a 20 km da aldeia.

Ainda segundo o Cimi, os guajajaras suspeitam que madeireiros que atuam na região tenham atacado os índios e ateado fogo na criança. (mais…)

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