Brasil, a esperança para imigrantes ilegais haitianos

Rota de imigração ilegal pela região norte atrai milhares de haitianos em fuga da miséria e falta de perspectiva. Em Brasileia, no Acre, abrigo de imigrantes produz ‘calamidade pública’. Capital do Amazonas, Manaus torna-se também ‘capital haitiana’ no Brasil, uma referência por liderar forças de paz da ONU. Tropas começam a sair em março.

Najla Passos

BRASÍLIA – Brasileia é uma pequena cidade de 20 mil habitantes cravada no sul do Acre, na fronteira com a Bolívia. É bem provável que a imensa maioria dos brasileiros jamais tenha ouvido falar dela. Fora das fronteiras locais, porém, o município faz sucesso. A cidade é a porta de entrada no Brasil de uma rota de imigração ilegal de haitianos para o país.

Hoje, a cidade hospeda 810 haitianos. Uma população que, fugida de um dos lugares mais pobres do mundo, e onde o Brasil é uma referência por comandar tropas de paz das Nações Unidas, sonha com a cidadania brasileira, que lhes daria o direito de trabalhar, de estudar, de usufruir o Sistema Único de Saúde (SUS), enfim, de viver legalmente no país. (mais…)

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Indígenas bolivianos seguem marcha em demanda de estrada

La Paz, 26 dez (Prensa Latina) Uma marcha de originários bolivianos a favor de uma estrada interdepartamental através do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis) prosseguirá hoje rumo à cidade de Cochabamba, onde preveem chegar na próxima quinta-feira.

O destino final da caminhada é La Paz para exigir a modificação de uma lei de proteção do Tipnis e o reinicio da construção do segundo trecho da via Cochabamba-Beni, por esse parque nacional, segundo afirmou a meios de imprensa o cacique maior do Conselho Indígena do Sul (Conisul), Gumercindo Pradel.

Os marchistas demandam a construção dessa rota através do Tipnis, porque significa desenvolvimento e melhoramento das condições de vida das comunidades inseridas nessa reserva natural, com a criação de escolas e centros médicos, além de facilitar aos moradores do bosque o comércio de seus produtos.

A mobilização de uns 500 indígenas originários, que habitam essa reserva da natureza, partiu na passada quarta-feira da localidade de Isinuta, Beni. (mais…)

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Canadá é repreendido por condições degradantes de indígenas

O Canadá foi repreendido pela ONU após as revelações sobre as condições de vida degradantes de uma comunidade indígena no norte do país conhecida como Attawapiskat.

“A situação social e econômica de Attawapiskat é a mesma de muitas comunidades de Primeiras Nações (indígenas) que vivem em reservas no Canadá, e provavelmente as mesmas do terceiro mundo”, declarou o relator especial da ONU sobre Direitos Indígenas, James Anaya, em carta enviada nesta semana ao governo canadense.

Attawapiskat é um pequeno povoado de 1,8 mil pessoas ao norte de Ontário. Nas últimas semanas, a comunidade dominou as manchetes dos jornais canadenses com os apelos de ajuda feitos pelos líderes indígenas à dramática situação local.

Muitas casas desse vilarejo não possuem água corrente nem saneamento básico, algumas não têm isolamento térmico nem janelas, mesmo com temperaturas de 30 graus abaixo de zero no inverno. Além disso, muitas crianças sofrem com infecções relacionadas à insalubridade. Alguns moradores vivem em barracas por falta de casas adequadas. (mais…)

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PA – Memória viva que vira canção

O cotidiano é o principal tema das canções que embalam a vida na comunidade Umarizal Centro, no município de Baião (PA). As músicas retratam lembranças e histórias de um tempo de lutas e dramas que a memória e corpo não esquecem, onde cantar era e continua sendo a melhor maneira de afastar a dor e o sofrimento. Cantar e dançar para seguir existindo.

Das 45 músicas cantadas por gerações que narram as desventuras, o trabalho no campo, passando por pequenas proezas, o respeito aos ancestrais, namoros e assuntos da rotina do povo quilombola, 16 podem ser encontradas no recém-lançado “Samba de Cacete: Recordação de Umarizal”. O disco é o resultado do projeto “Gestão e Sustentabilidade em Baião – Pará”, desenvolvido pela Rádio Margarida com patrocínio da Petrobras e Governo Federal, além do apoio da Prefeitura Municipal de Baião e da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombo Umarizal Centro, Umarizal Beira, Boa Vista, Paritá Miri e Balieiro. Gravado no Midas Amazon Studio em Belém, o CD foi mixado e remasterizado por Jacinto Kahwage e Luiz Pardal. Ao todo foram feitas 1.500 cópias da produção, dos quais mil pertencem à comunidade, que ainda avalia o melhor destino para o produto.

“A gente pensa em vender pra comprar equipamento pro grupo, queremos ter microfones, porque a gente ensaia sem e fica complicado. A gente ensaia de um jeito e quando vai tocar é de outro”, diz Vivaldo Barradas Lisboa, 66, um dos músicos do grupo Recordação de Samba de Cacete do Umarizal. O grupo é o responsável por animar o dia a dia da comunidade e manter viva a tradição do ritmo. “É impressionante, são pessoas que nunca tiveram aula de canto na vida. Todos são muito afinados”, diz Osmar Pancera, coordenador do projeto. As mulheres, especialmente. Além, de dançarem devidamente arrumadas, com saias e blusas semelhantes às das dançarinas de carimbó. (mais…)

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Peluso nega pedido para suspender decisão que limita poder do CNJ

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, negou no sábado (24) pedido feito pela AGU (Advocacia-Geral da União) para que fosse suspensa decisão liminar sobre o poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Na segunda-feira (19), último dia do ano judiciário, o ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu uma liminar para impedir que o conselho investigue juízes antes que os tribunais onde eles atuam analisem sua conduta –o que, na prática, suspendeu todas as apurações abertas por iniciativa do CNJ.

A decisão deve ser levada a plenário na primeira sessão do ano que vem, no início de fevereiro, para que seus colegas avaliem o tema.

No seu pedido, a AGU afirmou que o ministro violou o regimento interno do STF e tomou a decisão já durante o recesso. “O dispositivo destaca que é atribuição do presidente do STF decidir questões urgentes nos períodos de recesso ou de férias”, diz nota da AGU.

Ontem, Pelusou negou o pedido e o encaminhou para que Marco Aurélio dê informações sobre o caso. (mais…)

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Misteriosa epidemia (!) atinge cortadores de cana na América Central

Atribuir ao envenenamento por agrotóxicos o epíteto de “misteriosa epidemia” é desconhecer (propositadamente ou por ignorância) o que vem acontecendo com @s trabalhador@s das monoculturas. Usar a força de trabalho de alguém ao ponto do esgotamento (como é o caso principalmente na colheita da cana, paga por peso), ao mesmo tempo em que contamina, vai causando lesões em seus órgãos e pouco a pouco condenando à morte tem um nome: assassinato. No caso, lento, cruel e totalmente desumano. E assim devia ser tratado pelas autoridades competentes. Condena-se (embora sem considerar de fato as punições que a Lei determina) quem é descoberto praticando o trabalho escravo, mas deixa-se livre quem mata alguém com veneno? Sugiro, depois da leitura desta matéria, uma olhada num post publicado neste Blog em 26/07/2011 – Médicos das Usinas dão pinga para cortar o efeito do agrotóxico no corpo -, com atenção especial para as denúncias de Lia Geraldo, da Fiocruz. TP.

da BBC Brasil

Uma epidemia misteriosa está assolando a América Central e é a segunda principal causa de mortes entre homens em El Salvador e na Nicarágua. A doença já matou mais homens do que o vírus HIV e a diabete somados. As causas da epidemia permanecem desconhecidas, mas a teoria mais recente é de que as vítimas estariam, literalmente, trabalhando até a morte.

Nas planícies da Nicarágua – uma região farta em plantações de cana de açúcar- fica a pequena comunidade de La Isla, com suas casinhas que são uma colcha de retalhos de concreto e madeira. Pedaços de tecido servem como portas das residências.

Maudiel Martinez é pálido e tem as maças do rosto saltadas. Ele é curvado como um idoso, mas tem apenas 19 anos de idade. ”Essa doença é assim. Você está me vendo assim agora, mas dentro de um mês pode ser que eu não esteja mais aqui. Ela pode te levar de repente”, afirma.

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