“Olimpíadas servem para legitimar as remoções”

O arquiteto Lucas Faulhaber e a jornalista Lena Azevedo, lançam um livro que conta, com base em dados da Secretaria Municipal de Habitação do Rio de Janeiro, a história das remoções arbitrárias na cidade. Sobre essa experiência, os dois falam ao jornal Brasil de Fato. Eis a entrevista

IHU On-Line

Das 67 mil remoções no Rio, os dados apontam que 44,5% delas são feitas sob a alegação de risco. Que tipo de risco a Prefeitura aponta e qual a posição dos moradores?

Lucas – Nos dados que a gente levantou com a Prefeitura, eles não discriminam qual é o risco. O que a gente supõe é que o risco não é de fato a razão pela qual aquelas famílias sairiam dali. Se fala, não oficialmente, em riscos geotécnicos, mas isso não está discriminado nos documentos da Secretaria de Habitação. (mais…)

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Terras indígenas no arredor de Belo Monte sofrem com roubo milionário de madeira

Enquanto a construção da polêmica usina de Belo Monte passa por sua fase final, indígenas vizinhos ao empreendimento enfrentam uma explosão da extração de madeira ilegal em suas terras. É o que denunciam o Ministério Público Federal (MPF) e ONGs que atuam na região do em torno de Altamira, no Pará. Para estas instituições, as obras da usina ─ a terceira maior hidrelétrica no mundo ─ estão diretamente ligadas ao aumento da degradação, devido ao forte crescimento populacional que provocaram na área. A situação é mais grave na Cachoeira Seca, terra indígena do povo Arara já reconhecida pela Funai (Fundação Nacional do Índio), mas que aguarda por homologação do Ministério da Justiça. A própria Funai reconhece que o quadro é crítico em um relatório de março ao qual a BBC Brasil teve acesso

Mariana Schreiber – BBC Brasil / IHU On-Line

O Instituto Socioambiental (ISA) faz uma estimativa, segundo a entidade, “conservadora”, de que o equivalente a R$ 400 milhões em madeira teriam sido roubados dessa terra indígena apenas em 2014 ─ são ipês, jatobás e angelim-vermelhos, cujo mercado principal costuma ser as indústrias no Sul e Sudeste do país. (mais…)

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Promotoria: os 12 do Cabula, na Bahia, foram executados por policiais

Investigação diz que vítimas foram rendidas, sem situação de “confronto”, como fala a PM

Flavia Marreiro – El País

De um lado do terreno, casas coladas uma a uma numa rua íngreme e não pavimentada. Em seu entorno, uma vegetação densa,remanescente da Mata Atlântica na Vila Moisés, na região do Cabula, em Salvador. Foi neste cenário, na madrugada de 6 fevereiro e perto demais da área habitada do bairro, que 12 pessoas, entre homens e adolescentes, foram rendidos e executados com vários tiros por policiais militares – após parte do grupo ter sido flagrado com drogas -, segundo o procedimento investigativo criminal conduzido por um grupo de promotores do Ministério Público Estadual da Bahia. (mais…)

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quilombo

Quilombos: desafio do Brasil na Década dos Afrodescendentes

Por Diosmar Filho* – em colaboração especial para o Brasil em 5

A política pública no Brasil deu passos largos com a publicação do Decreto 4.887 em 20 de novembro de 2003, uma conquista da luta negra na terra pelos sujeitos quilombola organizados.

Mas, em dois anos de vigência o Decreto foi golpeado pela ADIN nº 3239/2005 de autoria do Partido Democrata (DEM) no Superior Tribunal Federal (STF). No teor do pedido a revogação dos mecanismos de efetivação do Artigo 68 dos ADCT da Constituição Federal pela União. O DEM defende juridicamente os interesses ideológicos racistas que estruturam e gestam grande parte das instituições públicas nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiro. (mais…)

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Posto com equipamentos novos é fechado e índios ficam sem médicos, no litoral de SP

Unidade foi fechada há mais de dois anos e tribos ficaram sem atendimento. Estudantes organizam mutirões semestrais para tentar ajudar os indígenas.

Por Mariane Rossi, do G1 Santos

Um posto médico criado para atender indígenas em Mongaguá, no litoral de São Paulo, está abandonado há mais de dois anos. Dentro do local, há macas e equipamentos praticamente novos, além de mesas, cadeiras, e carteirinhas do SUS. De acordo com o cacique responsável pelo local, pelo menos 200 índios, de duas aldeias diferentes, deveriam ser atendidos no local. (mais…)

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