MPF ajuíza ação para garantir direitos do povo indígena Tabajara e Kalabaça

tabajara
Reprodução do site radialistajucelinoaraujo.blogspot

Procuradora da República Sara Moreira quer o início do processo de demarcação territorial da comunidade indígena, no município de Poranga (CE)

MPF/CE

Em razão da omissão abusiva na demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pela comunidade indígena Tabajara e Kalabaça, na localidade de Cajueiro, em Poranga (CE), o Ministério Público Federal em Crateús (MPF/CE) ingressou com ação civil pública na Justiça Federal para condenar a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) a iniciarem o procedimento de identificação e demarcação da terra indígena e a pagarem indenização por danos morais coletivos aos indígenas.

De acordo com o MPF, a ocupação tradicional indígena em Cajueiro está comprovada por estudos acadêmicos e antropológicos e é reconhecida pela própria Funai, que presta assistência local aos índios Tabajara e Kalabaça. O Ministério da Saúde, nacionalmente por intermédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena e, localmente, pelo Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará, também presta assistência à saúde dos povos indígenas há vários anos. (mais…)

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PEC 215 não é votada por comissão especial da Câmara e, segundo regimento, deve ser arquivada

Foto: Mayra Wapichana
Foto: Mayra Wapichana

Fim de comissão é vitória histórica de defensores do meio ambiente, dos direitos de povos indígenas e tradicionais. Desfecho ocorre depois de duas semanas de batalhas regimentais entre parlamentares ruralistas e socioambientalistas

ISA

O Congresso finalizou, tarde da noite de ontem (17/12), as votações do ano legislativo e da atual legislatura sem que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 tenha sido votada pela comissão especial que a analisava. Com isso, de acordo com o Regimento da Câmara, a comissão deve ser extinta e o projeto arquivado, numa vitória histórica para defensores do meio ambiente, povos indígenas e tradicionais.

Com apoio da bancada do agronegócio na Câmara, a PEC pretendia transferir do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de formalizar Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Territórios Quilombolas. Se aprovada, significaria, na prática, a paralisação definitiva dos processos de oficialização dessas áreas protegidas, entre outros retrocessos para os direitos socioambientais.

As últimas duas semanas foram particularmente tensas para os opositores da proposta, quando parlamentares ruralistas e socioambientalistas travaram uma batalha de manobras regimentais em torno de sua tramitação (leia mais). Desde terça (16/12), os acessos ao Congresso foram restringidos. Um grande aparato policial foi mobilizado sob a ordem do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para impedir a entrada de manifestantes. Indígenas que protestavam contra a PEC foram reprimidos e seis deles foram presos (saiba mais). (mais…)

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Polícia impede avanço dos direitos humanos, aponta relatório

capa_relatorio_dh_2014Em coletânea da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, estudiosos apontam deficiências da polícia nas relações com os jovens da periferia, na apuração dos casos de violência de gênero, no enfrentamento com os movimentos sociais

Blog do Roldão Arruda – Estadão

O sistema policial brasileiro ainda é um entrave para o avanço dos direitos humanos. Essa é uma das principais indicações do relatório Direitos Humanos no Brasil 2014, que acaba de ser lançado em São Paulo e no Rio.

Vários textos incluídos no relatório apontam o despreparo e, frequentemente, a truculência da polícia diante de movimentos sociais, no trato com os pobres da periferia, nas relações com os negros, especialmente os jovens, e diante das denúncias de violência de gênero.

Em sua décima-quarta edição, o relatório, editado pela Rede Social de Direitos Humanos, não resulta de uma pesquisa exclusiva sobre o tema. Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas, com reflexões e análises em diferentes áreas.

A edição deste ano conta com 25 textos. Desse conjunto, sete abordam temas agrários. Tratam das demarcações (ou falta de demarcações) de terras indígenas e de remanescentes de quilombos, de movimentos pela reforma agrária, expansão da monocultura, especulação imobiliária e concentração da propriedade rural, contaminação dos recursos hídricos pelo uso exagerado de agrotóxicos, entre outros assuntos. (mais…)

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Após campanha de solidariedade, Sem Terra celebram liberdade dos 5 cubanos

liberdade5herois cubanos

Por Maura Silva
Da Página do MST

O presidente de Cuba, Raul Castro, anunciou na tarde desta quarta-feira (17), a liberdade dos três últimos prisioneiros cubanos que, há mais de 16 anos, permaneciam presos nos EUA acusados de espionagem.

Desde 2012 diversas organizações sociais retomaram a Campanha pela Liberdade dos cinco Cubanos, e o MST foi uma das organizações que encabeçou a iniciativa.

Para Carmem Diniz, do coletivo de relações internacionais do MST e Coordenadora do Comitê Carioca pela Liberdade dos Cinco Cubanos, esse foi um dia histórico, de vitória, pois, embora essa decisão não signifique o fim do bloqueio comercial imposto a Cuba, é um passo rumo à verdade e a justiça.  (mais…)

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Com o grito de guerra “Fora PEC 215”, povos indígenas de Roraima continuam em manifestação na Terra Indígena São Marcos

Foto 15- Manifesto

Conselho Indígena de Roraima

Em dois pontos de manifestação na BR 174, na comunidade indígena Sabiá e Centro Makunaima, na Terra Indígena São Marcos, sentido município de Pacaraima, trecho de acesso a Venezuela, desde ontem, 17, cerca de mil indígenas de várias regiões do Estado participam da manifestação contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 215/2000), proposta que busca violar os direitos dos povos indígenas.

A PEC 215 está em processo de votação no Congresso Nacional, e a bancada ruralista tem promovido diversas ações de truculência para aprovar esta proposta ainda nesta legislatura, atropelando o regimento interno e promovendo inclusive a prisão arbitrária de lideranças indígenas. Os povos indígenas de todas as regiões do estado decidiram continuar a mobilização até que o Congresso Nacional desista de mais esta afronta aos direitos indígenas. (mais…)

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Anvisa aprova iniciativa para banir mais dois agrotóxicos no Brasil

glifosato_1Do portal Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou duas iniciativas regulatórias para propor o banimento dos agrotóxicos Forato e Parationa Metílica. Os dois produtos fazem parte do grupo de agrotóxicos que vem passando por reavaliação da Anvisa para revisar os seus parâmetros de segurança.

No processo de registro de agrotóxicos no Brasil, cabe à Anvisa avaliar o impacto destas substâncias sobre a saúde humana, tanto do trabalhador rural como do consumidor.

Por lei, o registro de agrotóxicos não tem data de validade, porém as reavaliações são feitas para rever os limites de segurança do produto diante de novas informações científicas sobre estas substâncias. A Anvisa já havia realizado consultas públicas com a indicação de banimentos destas duas substâncias anteriormente.

Tratam-se de análises rigorosas que busca reunir todas as evidências e trabalhos científicos que apontem dados relevantes para a saúde humana.

Desde 2009, quando a Agência iniciou a reavaliação de 14 agrotóxicos existentes no País, quatro já foram banidos e outros dois sofreram alterações em seus limites e recomendações de uso. A iniciativa regulatória deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

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Brasil y EEUU: Que los torturadores respondan por sus crímenes

"Los torturadores no nacen: alguien los educa, los entrena y los apoya”, señala Amnistía Internacional
“Los torturadores no nacen: alguien los educa, los entrena y los apoya”, señala Amnistía Internacional

SOAWatch*

Los Informes, recientemente divulgados, del senado de EEUU, sobre la aplicación de la tortura por la CIA, y el Informe de la Comisión Nacional de la Verdad  (CNV) de Brasil han hecho resurgir el tema del uso de la tortura y del entrenamiento de los agentes de seguridad ante la opinión pública.

SOA Watch, el Observatorio por el Cierre de la Escuela de las Américas, ha sostenido reiteradamente que el uso de la tortura en EEUU, como en América Latina, no es una noticia nueva, ni ha comenzado apenas el 11 de septiembre del 2001.

El hecho de no haber llamado a rendir cuentas a la Escuelade las Américas, en 1996, cuando se supo públicamente que hacía uso de manuales de tortura y que por esta razón se estaban cometiendo atrocidades en América Latina ha contribuido a que la CIA perpetrara las torturas que acaban de salir a la luz pública en el informe del Comité de Inteligencia del Senado relativo a la CIA y la práctica de la tortura.

El informe de la CNV documenta que EEUU enseñó técnicas de torturas a sus agentes

El lanzamiento del informe de la Comisión Nacional de la Verdad de Brasil, emitido públicamente este 10 de diciembre de 2014, ha levantado renovados bríos de que haya justicia por los casos de derechos humanos sucedidos en este país entre numerosos brasileños. (mais…)

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Lei Maria da Penha ainda é pouco usada pela Justiça em casos de assassinato

Imagem: Latuff
Imagem: Latuff

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil 

Metade dos processos judiciais de casos de assassinatos de mulheres por questão de gênero não faz menção à Lei Maria da Penha, segundo versão preliminar do estudo A Violência Doméstica Fatal: o Problema do Feminicídio Íntimo no Brasil, da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. A pesquisa mostra também que, entre os casos avaliados, a grande maioria das mulheres não procurou ajuda antes, mesmo que a violência já fizesse parte da relação.

A FGV analisou 34 processos judiciais a partir de acórdãos dos tribunais de Justiça da Bahia, de Mato Grosso, Minas Gerais, do Pará e Paraná. Dois terços tramitaram na vigência da Lei Maria da Penha e, entre eles, metade sequer menciona a lei e a outra metade faz menção, sem necessariamente aplicá-la.

“Isso mostra a dificuldade do Judiciário em absorver uma lei que foi aprovada em 2006. Até hoje vemos a dificuldade do Judiciário em aplicar essa lei, o que mostra, além da tipificação, o desafio de articular o feminicídio à Lei Maria da Penha e brigar pela sua implementação tanto no Judiciário quanto nas instituições da rede de apoio à mulher”, analisa uma das coordenadoras da pesquisa Marta Rodriguez.

O levantamento mostra que a violência era tida, muitas vezes, como componente da relação, isso porque foram encontradas frases como: mas qual casal não tem seus problemas?. “Uma questão que ficou clara com o levantamento foi que os casos de violência que terminam em morte se arrastam por muito tempo e em pouquíssimos, raríssimos casos, a mulher havia procurado o sistema de Justiça antes da morte”, diz Marta. 

Entre as observações preliminares está o reforço de estereótipos de gênero na Justiça. As mulheres são tidas nos processos ou como “mulher trabalhadora e direita”, “de família”, portanto vítima merecedora da atenção do sistema de Justiça criminal ou como “mulher que foge ao padrão socialmente esperado”, logo vítima que contribuiu para o fato. Os pesquisadores encontraram frases como: “Impossível negar que, por exemplo, uma mulher que apanha e não sai de casa também tem culpa”. (mais…)

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Projeto que tipifica crime de feminicídio é aprovado no Senado

Lançamento da campanha nacional pela inclusão do feminicídio no Código Penal. Foto: Maria Carolina Trevisan/Ponte Jornalismo
Lançamento da campanha nacional pela inclusão do feminicídio no Código Penal. Foto: Maria Carolina Trevisan/Ponte Jornalismo

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou ontem (17) projeto de lei que cria o tipo penal de feminicídio. A proposta foi formulada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra a Mulher e estabelece essa tipificação para os assassinatos de mulheres, motivados por questões de gênero. Considera-se razões de gênero a violência doméstica e familiar, a violência sexual, a desfiguração ou mutilação da vítima ou o emprego de tortura ou qualquer meio cruel e degradante.

As penas podem variar de 12anos a 30 anos de prisão, a depender dos fatores considerados. Além disso, se forem cometidos crimes conexos, as penas poderão ser somadas, aumentando o total de anos que o criminoso ficará preso, interferindo, assim, no prazo para que ele tenha direito a benefícios como a progressão de regime. (mais…)

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Cúpula dos Povos: luta continua para mudar o sistema, não apenas o clima

cupula_0Da Página do MST

Em paralelo à 20ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20), realizada em Lima, no Peru, entre os dias , diversas organizações realizaram a Cúpula dos Povos Frente à Mudança Climática, com a finalidade de ampliar as discussões não priorizadas pela COP20.

A Cúpula dos Povos foi um encontro alternativo à COP20, sendo um espaço livre para os movimentos sociais e civis debaterem o fenômeno da mudança climática e proporem alternativas, ampliando o debate sobre o tema no mundo. Já a COP20 reúne em torno de 10 mil delegados representando 195 países que negociam acordos para reduzir os efeitos da mudança climática na Terra.

Abaixo, segue a carta final da Cúpula dos Povos.

Declaração de Lima: Cúpula dos Povos Frente às Mudanças Climáticas

A Cúpula dos Povos Frente à Mudança Climática, realizada em Lima, de 8 a 11 Dezembro de 2014, é uma expressão de processos de resistência e mobilização realizada por uma variedade de organizações, movimentos, plataformas, redes e grupos sociais, sindicatos, grupos de mulheres, camponeses, indígenas, jovens, ambientalistas, entidades religiosas, artísticas e culturais peruanos e internacionais.  (mais…)

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