Manifestação em SP manda recados para governo federal e ultraconservadores, por Leonardo Sakamoto

A caminhada passou pela avenida Paulista, ruas dos Jardins, desceu a Consolação e terminou na praça Roosevelt, no Centro
A caminhada passou pela avenida Paulista, ruas dos Jardins, desceu a Consolação e terminou na praça Roosevelt, no Centro

Leonardo Sakamoto

Convocada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, uma marcha pedindo reformas populares e criticando o discurso ultraconservador partiu do Masp, na avenida Paulista, atravessou o rico bairro dos Jardins e terminou na praça Roosevelt, em São Paulo, na noite desta quinta (13).

Contando com a participação de organizações sociais, sindicatos e partidos políticos de esquerda (do governo e da oposição), o ato mando um recado à Dilma: se diminuir os recursos voltados a programas sociais e priorizar as demandas do mercado financeiro em detrimento à promoção de programas que garantam a dignidade aos trabalhadores, os movimentos sociais vão parar o país. O ato também atacou os pedidos de impeachment de grupos descontentes com o resultado das eleições.

Guilherme Boulos, coordenador do MTST, encerrou a manifestação afirmando que este foi o maior ato em muitos meses em São Paulo, reunindo mais de 20 mil pessoas (policiais presentes falaram, antes do início da caminhada, em 12 mil). E que não haverá “intervenção militar”, apoiada por ultraconservadores, mas “intervenção popular”, para garantir que o governo seja pressionado a fazer as reformas que o país precisa, como as reformas urbana e política. (mais…)

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O desespero da imprensa financiada pelo governo

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Ao contrário do que se apregoa, os veículos de comunicação que dependem de dinheiro público para sobreviver são os que compõem a chamada ‘grande imprensa’. Mas que capitalismo é este que defendem em que existe tamanha dependência do Estado e do dinheiro público? Não são eles que se mordem pelo Estado mínimo?

Por Paulo Nogueira, no Pragmatismo Político/Geledés

“O PT busca golpear as receitas publicitárias dos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no controle de conteúdo pelo governo.”

Está na Veja, e raras vezes ficou tão clara a dependência financeira e mental que as grandes corporações jornalísticas têm do dinheiro público expresso em publicidade federal.

Havia, naquela frase, uma alusão à decisão do governo de deixar de veicular propaganda estatal na Veja, em consequência da capa criminosa que a revista publicou às vésperas das eleições.

Era o mínimo que se poderia fazer diante da tentativa de golpe branco da Abril contra a democracia.

Mas a revista fala em “golpear as receitas publicitárias” da mídia corporativa.

A primeira pergunta é: as empresas consideram direito adquirido o ‘Bolsa Imprensa’, o torrencial dinheiro público que há muitos anos as enriquece – e a seus donos – na forma de anúncios governamentais?

Outras perguntas decorrem desta primeira. (mais…)

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