Povo Apinajé: Educação escolar indígena

ônibus escolar atolado

PEMPXÀ – No dia 24 de fevereiro de 2014, estivemos reunidos no MPF-TO em Palmas, em audiência discutindo a situação das estradas vicinais de acesso às aldeias indígenas do Estado do Tocantins. Estavam presentes os Procuradores da Republica Dr. Álvaro Lutufo Manzano e a senhora Aldirla Pereira de Albuquerque e os representantes da Agencia de Transportes e Máquinas do Tocantins-AGETRANS, da FUNAI,  das prefeituras de Formoso do Araguaia e Itacajá e das Associações Wyty Cäte e PEMPXÀ. Os prefeitos de Tocantinópolis e Maurilândia teriam sido convidados, mas não compareceram e nem enviaram representantes. (mais…)

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Universidade de Brasília reduz de 20% para 5% reserva de vagas para negros

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

A Universidade de Brasília (UnB) decidiu ontem (3) manter o sistema de cotas para negros. No próximo vestibular, a UnB reservará 27% das vagas para alunos de escolas públicas (cotas sociais) e 5% para estudantes negros. Até o último vestibular, eram reservadas 20% das vagas para negros. Atualmente, dos 35.785 alunos da universidade, 3.401 ingressaram pela política de cotas raciais. O edital deverá ser divulgado na semana que vem.

A UnB foi pioneira na política de cota, criada em 2003. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da universidade votou pela manutenção do sistema. Foram 7 votos apenas pelas cotas sociais e 32 pela manutenção das cotas raciais.

Posteriormente,  os membros do conselho vão definir o prazo de validade da decisão.

“Evidentemente não estava em discussão o cumprimento da lei. A universidade vai cumprir a lei federal (Lei 12.711/12). Mas a UnB considera que, mais do que a lei, além do que está na lei, é preciso uma cota extra, digamos assim, para alunos negros sem nenhuma restrição social”, disse o reitor da UnB, Ivan Camargo. Para ingressar na universidade pelas cotas sociais, o estudante deve ter cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, o que não é pré-requisito para as cotas raciais. (mais…)

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A ditadura e os povos mortos da nação, por Felipe Milanez [Ótima!]

Créditos da foto: Fabio Pozzebom / ABr
Créditos da foto: Fabio Pozzebom / ABr

Aprender com o passado significa incluir os indígenas nos projetos que impactem seus territórios, um desafio ao neodesenvolvimentismo atual

Felipe Milanez – Carta Maior

As imagens mais fortes da violência da Ditadura contra os povos indígenas são aquelas que existem como são contadas, e não em fotos ou filmes – ainda que haja fotografias e filmes chocantes. Mas não há registros das dezenas de pessoas mortas espalhadas pela mata, mulheres, velhos, crianças, homens, membros da etnia Arara, após serem contaminados por gripe nas margens da Transamazônica. Ou dos mais de mil, talvez até dois mil, indígenas Waimiri-Atroari, mortos por tiros de metralhadora, talvez até mesmo bombas do Exército, e também por epidemias. Essas atrocidades, por enquanto, estão gravadas nas memórias, e possivelmente em documentos escondidos.  (mais…)

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Escracho: os portões da memória abertos de relance

escracho em torturadorO Levante da Juventude bate à porta do sinistro Capitão Ubirajara e antecipa: rever Anistia e condenar tortura é questão de tempo

Por Rôney Rodrigues | Fotos: Douglas Mansur – Outras Palavras

Aparecido Laertes Calandra mantinha uma expressão impenetrável na manhã de 12 de dezembro de 2013. Protegido pelas sombras – segundo me jura um de seus vizinhos – entrou no auditório do Banco do Brasil, na Avenida Paulista, e talvez já viesse remoendo algo por dentro. Nunca saberemos ao certo. Há homens que levam para a sepultura muitos pensamentos amargos e atrocidades cometidas em vida. Outros, além de pensamentos, também levam junto inúmeros túmulos ainda insepultos. (mais…)

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Em defesa do Quilombo de Bombas e em homenagem a um Defensor Público que dignifica a tod@s nós

CircleofLove siteTania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Recebi terça-feira um texto que merecia ser lido e divulgado de imediato, tanto pela sua importância quanto pela qualidade, mas infelizmente isso não pode acontecer. São 104 páginas sobre Bombas, um Quilombo praticamente invisível, acessado por uma picada lamacenta e escorregadia, entre morros e matos, por onde doentes são carregados em macas improvisadas pela comunidade, grávidas parem em condições inadequadas, doentes graves morrem no meio do caminho.

Nada disso impediu, entretanto, que a cobiça lá chegasse, reivindicando parte das terras. Ou que a insensibilidade do Estado decidisse fazer cair sobre outras tantas – exatamente as áreas de nascentes, inclusive – uma dessas chamadas ‘unidades de conservação de proteção integral’, que no geral só ‘desprotegem’ a tudo e a todos: aos que até então protegiam a natureza, e a ela própria, que se arrisca a sucumbir em seguida à sanha de madeireiros, abrindo caminho para outros tantos invasores do capital.

Em dezembro, entretanto, essa picada foi percorrida ao longo de três horas por uma pessoa que não conheço pessoalmente, mas por quem aprendi a ter um respeito que só faz aumentar, cada vez que dele tenho notícias: o Defensor Público Andrew Toshio Hayama, do Vale do Ribeira, São Paulo. E a consequência de sua aventura em meio à mata e às escorregadelas, seguida de dois dias de acampamento junto à comunidade, teve como resultado uma Ação Civil Pública ajuizada segunda-feira última, 31. São dela as 104 páginas que se lê com prazer e respeito, na medida em que, no seu melhor estilo, Toshio mistura literatura, indignação, história e direito, honrando o que deveria ser (mas infelizmente nem sempre é assim entendido!) o papel da Defensoria Pública.   (mais…)

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Impunidade com torturadores “autoriza” violência policial, diz Amélia Teles

 

UOL – Para a ex-presa política Amélia Teles, a impunidade com os torturadores da ditadura autoriza a violência da polícia nos dias atuais. “Ou o Estado brasileiro pune ou mantém a impunidade e autoriza a manutenção da violência policial quando se dá, por exemplo, com a Cláudia, no Rio de Janeiro”, disse, em entrevista ao UOL.

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Jovem de assentamento rural representa o Brasil em competição internacional

Agência Estado

Juliana Almeida saiu do assentamento Maísa, comunidade rural de Mossoró, Rio Grande do Sul, para representar o Brasil na 3ª edição da Word Skills Américas, em Bogotá, Colômbia. Ela foi “descoberta” há dois anos, quando uma equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) foi ao assentamento realizar uma ação voluntária, de corte de cabelo e manicure. E foi o cabelo de Juliana que chamou a atenção da coordenadora da equipe.

“Ela olhou pro meu cabelo, que era muito bem cuidado e bonito, e perguntou o que eu fazia. Aí eu contei que era eu mesma que cuidava e que aprendia técnicas nos vídeos que assistia em uma lan house perto do assentamento. Eu ia lá acessar a internet quando tinha dinheiro”, contou à Agência Brasil .

A coordenadora levou a história para o Senac e Juliana acabou ganhando uma bolsa para um curso de cabeleireiro auxiliar, oferecido a famílias com renda inferior a dois salários mínimos.

Aos 20 anos, Juliana diz que sempre gostou muito de beleza e que antes mesmo do curso já cortava cabelos. “Cortava do meu pai, das minhas irmãs, da minha mãe. De todo mundo lá em casa e cuidava do meu”, diz, mostrando as mechas que fez para vir a Bogotá. (mais…)

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Ruy Guerra: O Ovo da Serpente

Créditos da foto: Tony Costa
Créditos da foto: Tony Costa

Quem não quer ou não consegue reconhecer uma verdade tão simples não é burro – é perverso. E perigoso

Ruy Guerra, especial para Carta Maior

Um filme de Ingmar Bergman – belíssimo. Aqui, nesta crônica, a mesma metáfora.

Gosto de metáforas ou eu não gostasse de palavras, que são metáforas mortas, segundo Jorge Luiz Borges.

Há 30 anos escrevi uma crônica sobre o golpe de 1964.

Naquele momento nunca imaginei que voltaria a tocar no assunto tantos anos depois, porque pensei que as instituições militares já teriam se redimido desse momento sujo de sua história com um pedido de desculpas à nação. (mais…)

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Campanha quer mudar nomes de escolas que homenageiam ditadores

campanhalevante1-1Da Página do MST

Algumas organizações, como o Levante Popular da Juventude e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), lançaram, concomitantemente, uma campanha para mudar nomes de escolas que homenageiam colaboradores do regime militar.

De acordo com o Inep, 976 escolas públicas têm nomes de presidentes daquele período da história brasileira.

A campanha do Levante “Apague o ditador da sua escola” inclui um amplo movimento de mudança de nomes de escolas que homenageiam agentes patrocinadores do Golpe e os ditadores de plantão.

A ideia é propor projetos de iniciativa popular às Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, após a realização de amplo debate com a comunidade escolar, a fim de legitimar o pleito.

O site criado pela CNTE ditaduranuncamais.cnte.org.br ajuda a explicar como propor a mudança, incentivando a sociedade a rever as homenagens prestadas aos apoiadores e colaboradores do regime militar.

Clique aqui e veja escolas com nomes de ditadores

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Deputado é condenado a pagar multa de R$ 200 mil por trabalho escravo em sua fazenda

Deputado nega existência de trabalho análogo à escravidão em sua fazenda. Foto: Diógenis Santos/Agência Câmara
Deputado nega existência de trabalho análogo à escravidão em sua fazenda. Foto: Diógenis Santos/Agência Câmara

Fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego encontrou trabalhadores, incluindo menores de idade, vivendo em barracões de plástico e de palha, sem banheiro e água potável; 

por Mateus Coutinho – Estadão

O deputado federal Beto Mansur (PRB-SP) foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 200 mil reais por dano moral coletivo devido à exploração de trabalho escravo e infantil em sua fazenda localizada no município de Bonópolis (GO), chamada “Fazenda Triângulo”. A condenação foi divulgada nesta quinta-feira, 3, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

De acordo com o TST, fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na fazenda teria encontrado trabalhadores em condições precárias, alojados em barracões com cobertura de plástico preto e palha, sobre chão batido, sem banheiro ou abastecimento de água potável.

No local teria sido constatada ainda presença de menores de 17 e até de 14 anos de idade prestando serviços. Dos trabalhadores entrevistados pelo grupo de fiscalização,segundo o Tribunal, a maioria não tinha Carteira de Trabalho e Previdência Social anotada. (mais…)

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