Patrícia Bonilha, de Brasília – CIMI
No dia 2 de setembro, morreu um recém nascido Awa-Guajá, na Aldeia Tiracambu, localizada na Terra Indígena Caru, no Maranhão. Não havia atendente de saúde na aldeia e, segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), às 15h30 foi solicitado ao Polo de Santa Inês o envio de um veículo de transporte urgente, que chegou somente mais de 3 horas depois, quando a criança já havia falecido.
Nos meses de junho e julho, o movimento indígena do Maranhão realizou um grande protesto em defesa da saúde e denunciando as violações e as mortes na saúde indígena em todo o estado. Cerca de 500 indígenas ocuparam o Distrito Sanitário Especial Indígena(Dsei), em São Luís, no dia 24 de junho. A precariedade do atendimento à saúde indígena em todo o estado mobilizou os povos Gavião, Awá Guajá, Kaapó, Kreniê, Kricati, Tenetehara Apãniekra, Ramkokramekra e os Guajajara das terras Pindaré, Massaranduba, Barra do Corda, Grajaú, Canabrava, Karú e Rodeador para protestar contra o serviço de saúde prestado pela instituição. Eles denunciaram que há poucos médicos e não há médicos indígenas para o atendimento, além de não haver transporte para deslocar os doentes, nem para fazer o abastecimento dos medicamentos, o que coloca a vida das pessoas em estado grave em risco. (mais…)
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