Brasil em convulsão: politizar as manifestações e unir a vanguarda

Milton Pinheiro* – Correio da Cidadania

O dia 17 de junho será registrado na história como aquele da redescoberta das ruas por segmentos expressivos da juventude e dos trabalhadores. A crescente indignação da população não é tão somente com o aumento da tarifa dos transportes em várias partes do Brasil. Trata-se da implosão de um ciclo de esgarçamento social levado às últimas consequências pelo aparato de Estado da burguesia, na tentativa de regular a vida social através do mercado, remunerando o capital em sua crise sistêmica.

A movimentação da juventude e dos trabalhadores, atacados por esse ciclo, tem gerado um caldo de cultura que pode contribuir, se politizado e unificado no campo da vanguarda, para movimentar o bloco contra-hegemônico a partir dessas demandas que estão vindo à cena política em virtude da espoliação social que se consolidou com a imensa retirada dos direitos sociais. Além das questões imediatas que dizem respeito às condições de vida dos trabalhadores, estas manifestações trazem à tona a indignação por parte de setores populares importantes diante dos descalabros com inversões de prioridades dos governos em seus mais diversos níveis neste momento de crise. (mais…)

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Nota de esclarecimento do B&D: o povo protesta porque está indignado

povo-congresso

Brasil e Desenvolvimento – Após a exposição excessiva de alguns militantes do nosso grupo político, Brasil e Desenvolvimento, viemos, por meio dessa carta, assinada abaixo por todos os nossos militantes, reafirmar os fatos.

A manifestação de sexta feira foi organizada pelo Comitê Popular da Copa. Comitê esse do qual o B&D faz parte. Comitê esse que não tem liderança específica e nem o B&D como ator principal. Nosso grupo foi representado no ato por alguns militantes que, como sempre fizemos, auxiliaram na construção do movimento. Porém, a matéria do Jornal Nacional cita pessoas que sequer estavam nos atos, mostrando a clara deturpação que existe quando a vontade é única e exclusivamente estigmatizar e criminalizar a política. (mais…)

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Universitária que apanhou da PM diz que não tem raiva da polícia mas do seu despreparo

Mulher ficou ferida na região da cabeça e foi amparada por outros manifestantes
Mulher ficou ferida na região da cabeça e foi amparada por outros manifestantes

Hoje em Dia

A universitária Sabrina Valente, de 23 anos, tinha acabado de descer o viaduto quando viu o corpo de um jovem no chão. Preocupada com o estado de saúde da pessoa, ela pedia calma para manifestantes e para os policiais.

“Fui pedir ajuda aos policiais. Eu cai e quando me levantava, um policial me bateu. Senti a raiva dele. Ele queria me bater mais, mas outros militares afastaram ele. Quando levantei, outro PM falou para mim voltar para a marcha, mas eu estava desesperada, sangrando muito, com muita dor”, conta. (mais…)

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Ministra de Direitos Humanos diz que vai trabalhar contra projeto da ‘cura gay’

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário

Mariana Jungmann
Da Agência Brasil, em Brasília

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, disse nesta terça-feira (18) que vai trabalhar para que o projeto que autoriza psicólogos a tratar homossexuais com o objetivo de curá-los, a chamada “cura gay”, não seja aprovado em outras comissões da Câmara dos Deputados.

O projeto foi aprovado hoje na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania (inclusive quanto ao mérito).

“Quando o projeto fala em cura, ele considera os homossexuais como pessoas que estão doentes e não considera a diversidade sexual como um direito humano que deve ser respeitado. As pessoas têm a liberdade de serem como são, de acordo com a sua própria identidade. O básico é dizermos que o projeto é muito ruim e eu espero que ele não seja aprovado”, disse a ministra após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). (mais…)

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Após manifestação pacífica, centro de BH sofre saques e vandalismo por 2h30 sem presença da polícia

Prefeitura de BH - Foto:  Marcos Vicente (Hoje em dia)
Prefeitura de BH – Foto: Marcos Vicente (Hoje em dia)

Vinicius Segalla
Do UOL, em Belo Horizonte

A manifestação realizada no fim da tarde e no começo da noite desta terça-feira (18) no centro de Belo Horizonte deu lugar a cenas de guerra, saques e quebra-quebra generalizado.

A violência reinou no coração da capital mineira por duas horas e meia, das 21h30 até pouco mais de meia noite, sem intervenção da Polícia Militar, que chegou ao local por volta das 0h10 e controlou a situação em menos de dez minutos, efetuando 15 prisões, atirando três bombas de efeito moral e disparando quatro balas de borracha, conforme presenciou a reportagem do UOL. (mais…)

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Ataque à prefeitura de São Paulo (e outros): Quem são e a quem servem os infiltrados que tentam comprometer o movimento com atos de vandalismo?

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

O filme foi postado com o comentário “Quem é o rapaz de branco que tenta sujar o movimento com atos de violência e vandalismo? Sua identidade precisa ser investigada”. Embora nele possamos ver o episódio de ontem, de ataque à Prefeitura de São Paulo, a realidade é que na véspera isso já acontecera de forma ainda mais violenta no Rio de Janeiro. Após uma belíssima manifestação de mais de cem mil pessoas, um grupo ficou para trás e iniciou um ataque à sede da Assembleia Legislativa. Prédios e monumentos históricos, como a própria ALERJ e o Paço Imperial, foram grafitados, enquanto, a partir da depredação da Assembleia, o vandalismo se espraiava para lojas comerciais e agências bancárias, com destruição, saques e carros incendiados.

No Rio de Janeiro, a manifestação já se dissolvera quando o caos começou. Em São Paulo, ela se dividira. Parte fora para a Paulista; parte para a Prefeitura. Quem acompanhava o tumulto viu perfeitamente o quanto os verdadeiros manifestantes tentavam impedir a violência e a provocação. Gritando “Sem Vandalismo”, conseguiram inclusive recolocar as grades de isolamento e garantir um espaço entre os provocadores e o prédio. Mas não conseguiram resistir por muito tempo, e prevaleceu um desdobramento semelhante ao da véspera, no Rio, com saques e pelo menos um veículo incendiado. (mais…)

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MA – Nossa Floresta é nossa vida. O Povo Ka’apor não aceita mais mentira do governo e invasão do território por madeireiros

As toras de madeira aguardando os caminhões para serem levadas da terra desmatada. Imagens enviadas pelo povo Ka’apor, do Maranhão
As toras de madeira aguardando os caminhões para serem levadas da terra desmatada. Imagens enviadas pelo povo Ka’apor, do Maranhão

Nós, povo Ka’apor da Terra Indígena Alto Turiaçu, reunimos nos dias 01 a 04.06.2013 na aldeia Xiépihurenda e 09 a 12.06.2013 na Aldeia Turizinho para discutir os problemas que afetam nosso povo, desde a educação até a gestão de nosso território. Demos uma atenção maior para a invasão de nosso território e pensar no futuro de nossa floresta e de nossos filhos. Aproveitamos para olhar os anos que Estado, através da FUNAI e outros órgãos não deram a devida atenção para nosso povo e território, deixando e permitissem que fosse invadido. (mais…)

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RODA VIVA entrevista ativistas do Movimento Passe Livre

Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar

No dia 17/06, mesmo dia da 5a. grande manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público, o programa Roda-Viva da TV Cultura entrevistou dois ativistas do Movimento Passe Livre, Nina Cappello e Lucas Monteiro de Oliveira.

Para quem estava na manifestação e não teve a oportunidade de assistir, acima segue o vídeo com a íntegra do programa. (mais…)

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Em Belo Monte, um muro de pedras foi construído para evitar ocupações

Muro de pedras erguido nos últimos dias na entrada principal do canteiro de obras de Belo Monte|ISA
Muro de pedras erguido nos últimos dias na entrada principal do canteiro de obras de Belo Monte|ISA

Instituto Socioambiental – Na cidade paraense de Altamira, as passagens de ônibus não subiram no mês de junho. Custam R$3 reais e o transporte público é feito por 10 ônibus que buscam atender os 150 mil moradores, segundo o Departamento Municipal de Trânsito (Demutran). Pelas ruas reinam os táxis sem taxímetro, mototáxis e as bicicletas. Nesta segunda-feira (17/6) não houve protestos em Altamira. Ao contrário do que aconteceu em muitas cidades e capitais brasileiras. (mais…)

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