Nota da Rede Cerrado sobre morte do indígena Oziel Gabriel

A Rede Cerrado lamenta a morte do indígena Oziel Gabriel, no dia 30 de maio, em razão de forte conflito envolvendo policiais militares e índios terenas, em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. Na ocasião a força policial cumpria ordem de reintegração de posse da Fazenda Buriti, localizada na Terra Indígena Buriti, antes do julgamento final desse recurso e sem ter feito a tentativa prévia de dialogar com os indígenas.

O uso da força acompanhada por medidas repressivas são denunciadas pelos povos indígenas como uma caraterística do Estado brasileiro que, há décadas, enxerga os indígenas como obstáculos para a implementação de um modelo econômico desenvolvimentista.

Para a Rede Cerrado, é preciso que o governo tome as devidas providências sobre o caso. “Não se pode permitir que ainda hoje, no Brasil, nossos governantes continuem tratando os índios, os povos tradicionais, as florestas, as águas, a fauna com descaso, em prol do acúmulo de capital que sufoca, cada vez mais, nossa existência, nossos territórios, nossos direitos”, afirmou Altair de Souza, coordenador geral da entidade.

Neste sentido, a Rede Cerrado clama o governo, para que olhe pelos direitos dos povos indígenas e pede apuração rigorosa dos fatos para que aqueles que transgrediram a Lei sejam penalizados.

Compartilhada por Auridenes Matos Matos.

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Temendo desgastes, Dilma recebe lideranças índigenas de MS na quinta

Na visita que fez a MS, em abril, Dilma enfrentou protestos de ruralistas (Foto: João Garrigó)
Na visita que fez a MS, em abril, Dilma enfrentou protestos de ruralistas (Foto: João Garrigó)

Zemil Rocha – Campo Grande News

A presidente da República, Dilma Roussef, vai receber lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul na próxima quinta-feira, às 12 horas, confirmou esta tarde o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), pouco antes de participar de reunião da bancada federal do Estado com o ministro da Justiça, José Eduardo Dutra. Dilma decidiu participar ativamente das negociações em razão do agravamento da crise sobre as terras indígenas, depois da morte de um indígena em Sidrolândia.

Ao agravamento do conflito em Mato Grosso do Sul também se seguiram mobilizações em outros estados do País. Indígenas bloquearam rodovias no Rio Grande do Sul e invadiram a sede do PT em Curitiba, no Paraná.

Temendo desgastes políticos, o governo quer dar respostas rápidas para a questão das demarcações por avaliar que os conflitos está prejudicando a imagem da presidente Dilma Rousseff entre movimentos sociais e também na arena internacional. (mais…)

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‘Y-Juca-Pirama – O índio: aquele que deve morrer’

20130604_ivo1Ivo Lesbaupin – Adital

Este é o título do “documento de urgência” assinado por um grupo de bispos e missionários divulgado em 1973. Estávamos no quarto ano do governo Médici, o pior período da ditadura civil-militar de 1964. O documento era uma denúncia da política indigenista do regime que, imbuído de uma concepção desenvolvimentista, de “Brasil Grande”, queria a todo custo construir o conjunto de estradas que atravessaria a Amazônia, a Transamazônica. Várias destas estradas cortavam terras indígenas. O governo lidou com este empecilho passando por cima dos povos indígenas que ousaram se contrapor a tais obras. (mais…)

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Vereadores de São Paulo criticam projeto que descriminaliza o aborto

Folha de S.Paulo – Em audiência pública que durou cerca de duas horas, vereadores fizeram na tarde desta terça-feira uma espécie de manifesto contra o aborto na Câmara de São Paulo.

Divulgado com o título “A Luta Pela Vida Contra o Aborto”, o evento foi organizado pelo vereador Rubens Calvo (PMDB) e reuniu parlamentares da bancada evangélica (Bispo Atílio, do PRB, e ligado à igreja Universal) e ligados à umbanda, como Laercio Benko (PHS). O padre Berardo Graz também participou representando o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

Segundo Calvo, que é médico, a audiência foi organizada porque no segundo semestre deste ano deve ser votado no Congresso Nacional um projeto que descriminaliza o aborto. A intervenção só é permitida no Brasil em casos de estupro, risco à vida da mãe e em casos de bebês anencéfalos.

Participaram do evento cerca de 200 alunos de escolas estaduais e municipais, que assistiram um vídeo que mostra um aborto por meio de sucção do feto. Segundo a assessoria do vereador, o vídeo foi feito por um médico americano que fazia abortos e abandonou a atividade.

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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Evangélicos criticam aceleração do projeto que criminaliza homofobia

Gabriela Guerreiro – Folha de S.Paulo

Brasília – Congressistas da bancada evangélica reagiram nesta terça-feira à decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de acelerar a tramitação do projeto que criminaliza a homofobia. Ao lado do pastor Silas Malafaia, o senador Magno Malta (PR-ES) protestou no plenário da Casa contra a votação da proposta, que torna crime manifestações homofóbicas.

“Não pode ser votado a toque de caixa. A sociedade brasileira, acima de 80% dos brasileiros, não concordam com isso. Não quero acreditar que o presidente Renan tenha dito isso, que ele vá cometer essa atrocidade. Eu não sou homofóbico, mas o projeto não é justo. Banalizar a palavra é fácil”, afirmou Malta.

Malafaia, que vai comandar amanhã uma marcha em Brasília em “defesa da família”, disse que Renan não será “tão inconsequente assim” ao colocar o projeto em votação. “Ele não vai atropelar trâmites da Casa. Deve estar falando isso para agradar o público da Parada Gay”, disse. (mais…)

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Seminário possibilita troca de experiências internacionais sobre documentação de ditaduras

Akemi Nitahara* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Seminário Internacional Documentar a Ditadura: Arquivos da Repressão e da Resistência, que começou ontem (4) no Arquivo Nacional, discute a importância da documentação na recuperação de fatos históricos e possibilita a troca de experiências com outros países que também passaram por períodos ditatoriais.

“Enquanto, por exemplo, a Argentina, o Chile e o Paraguai passaram por um processo de transição mais rápido, na década de 90, agora é que nós estamos estabelecendo a nossa Comissão Nacional da Verdade, ou seja, quase 30 anos depois. Então esses países têm um conhecimento todo acumulado nesse processo de como a documentação pode ser importante na recuperação de fatos históricos relevantes”, diz o assistente de coordenação do diretor-geral do Arquivo Nacional para o Centro de Referência Memórias Reveladas, Vicente Rodrigues.

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, membro da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que fez a conferência de abertura do evento, destaca que o Arquivo Nacional é a principal fonte de pesquisa dos trabalhos da CNV. (mais…)

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Índios pedem suspensão de estudos e obras de hidrelétricas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires

ABr040613PZB_2784Luciano Nascimento* – Agência Brasil

Brasília – Mais de 140 índios que ocupavam desde 27 de maio o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte participaram na tarde desta terça-feira (4) de uma reunião com representantes do governo, do Ministério Público Federal, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O grupo veio pedir a suspensão dos estudos de viabilidade técnica da usina hidrelétrica do Rio Tapajós e das obras nos canteiros das usinas de Teles Pires, no Rio Teles Pires, e de Belo Monte, no Rio Xingu.

Os índios também pedem o cumprimento da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual o Brasil é signatário e que determina a consulta prévia às populações tradicionais sobre empreendimentos que afetem o seu modo de vida.

A desocupação do canteiro de Belo Monte ocorreu na manhã de hoje, após os índios aceitarem a proposta do governo de uma reunião em Brasília. Os índios foram transportados em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

*Edição: Fábio Massalli

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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Marin teve atitude condenável na ditadura, diz membro da Comissão da Verdade

José Maria Marin, presidente da CBF, em coletiva de imprensa, no Rio
José Maria Marin, presidente da CBF, em coletiva de imprensa, no Rio

Ítalo Nogueira – Folha de S.Paulo

RIO – O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fontelles, classificou na noite desta terça-feira como “atitude horrível” a atuação de José Maria Marin, que hoje preside a CBF, durante a ditadura militar. Ele disse, porém, que o grupo não analisa qualquer participação do ex-governador durante o regime.

Marin tem sido alvo de campanha de entidades de direitos humanos e parlamentares a renunciar do comando do futebol nacional em razão de sua atuação durante a ditadura militar.

Ele é criticado por dois discursos no qual critica a condução do jornalismo na TV Cultura, à época comandado por Vladimir Herzog –morto em seguida pela ditadura–, e elogia o delegado Sérgio Fleury, do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), acusado de vários casos de tortura e da morte do jornalista. (mais…)

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