Desmatamento na Amazônia em abril de 2013 aumentou 84% em relação ao mesmo período de 2012

Desmatamento na Amazônia. Foto Ibama
Desmatamento na Amazônia. Foto: Ibama

Por Elaíze Farias

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informou neste sábado (18), por meio de boletim, que em abril deste ano foram detectados 140 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal.

Conforme o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, o desmatamento em abril de 2013 teve um aumento de 84% em relação a abril de 2012, quando o desmatamento foi de 76 quilômetros quadrados.

Em abril de 2013, a maioria (73%) do  desmatamento ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (19%), Amazonas (6%), Pará (1%) e Roraima (1%). (mais…)

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Documentário sobre Darcy Ribeiro estreia na TV Senado hoje, 19, às 20:30h. Na hora certa!

120222-Darcy5bO filme “Darcy – um brasileiro”, dirigido por Maria Maia, estreia na programação da TV Senado às 20h30 deste domingo (19). O documentário conta a história do antropólogo, político e ativista que foi chefe da Casa Civil de João Goulart, lutou contra a ditadura, defendeu os índios, fundou a Universidade de Brasília e lançou a Lei de Diretrizes Básicas da Educação

Carta Maior – Um homem de causas, assim pode ser definido Darcy Ribeiro. No documentário “Darcy – um brasileiro”, dirigido por Maria Maia, o telespectador vai conhecer um pouco desta personalidade, visto por ele mesmo e pela ótica de amigos e colaboradores.

Com estreia prevista para 19 de maio, às 20h30 na TV Senado, o documentário conta a história do pensador Darcy, das suas inquietações e da sua busca por soluções para o Brasil. Mineiro de Montes Claro, Darcy dedicou a sua vida aos menos favorecidos.

Na pele de antropólogo, defendeu os índios, fundou o Museu do Índio, ajudou na Criação do Parque Nacional do Xingu, documentou várias etnias em livros e fotografias; na de educador e professor criou a Universidade de Brasília, a Lei de Diretrizes Básicas da Educação e os CIEPS e na de político, foi chefe da Casa Civil de João Goulart, lutou contra a ditadura, foi exilado, foi vice-governador do Brizola, senador da República.

Mesmo vencido, como costumava afirmar, Darcy assumiu preferir o lado dos derrotados do que ter contribuído com os vencedores, neste caso, com aqueles que limitaram a democracia. Para quem perder a estreia, a TV Senado prevê reprises em 25/5 (13h30) e 2/6 (12h30).

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18 de Maio – Dia Nacional de enfrentamento à violência sexual contra Crianças e Adolescentes. Saiba o porquê.

A triste história por trás da data 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

O dia de 18 de maio, infelizmente, foi baseado numa história que chocou a sociedade brasileira durante as décadas de 70 até 90 (quando se deu o fim definitivo do caso, em 1991). Foi um dos casos mais violentos e delicados que o estado do Espírito Santo conheceu, mas que trouxe e ainda traz um alerta ao Brasil.

Há exatamente 40 anos, Araceli Cabrera Crespo, uma menina de 8 anos, saia mais cedo da escola a pedido de sua mãe; dirigiu-se ao ponto mais próximo e seguiu em direção ao centro de Vitória, como fora pedido no bilhete deixado na escola com a assinatura de Dona Lola Sanchéz. Após esse dia, Araceli nunca mais foi vista com vida. (mais…)

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MG – Mortos pela ditadura militar serão lembrados em monumento na Afonso Pena

Fachada do prédio onde funcionava o Dops, hoje Delegacia Antidrogas, na avenida Afonso Pena. Foto: Gladyston Rodrigues / EM
Fachada do prédio onde funcionava o Dops, hoje Delegacia Antidrogas, na avenida Afonso Pena. Foto: Gladyston Rodrigues / EM

Obra está sendo erguida próximo ao antigo Dops, hoje Delegacia Antidrogas

Por Daniel Camargos, em EM

O canteiro central da Avenida Afonso Pena, em frente ao Departamento de Investigação Antidrogas, que no passado abrigou a Delegacia de Segurança Pessoal e de Ordem Política e Social (Dops), local de prisão e tortura de presos políticos durante a Ditadura Militar (1964-1985), está sendo preparado para receber um monumento que vai lembrar os que morreram combatendo o regime militar. A inauguração será no próximo sábado, quando os nomes de 58 militantes serão colocados na placa. De acordo com o autor do monumento, o gaúcho Tiago Balem, a capital mineira será a primeira cidade brasileira a ter a obra, que também será instalada em outras 10 capitais. “Faz referência à bandeira nacional sendo descoberta e revelando o nome das pessoas”.

A presidente da Associação dos Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, Cristina Rodrigues, afirma que o objetivo é transformar o antigo Dops em centro de cultura. “Estamos conversando com o governo do estado para isso”, afirma Cristina. A associação também pretende instalar marcos em outros locais que foram trincheiras na luta contra a ditadura, como a escadaria da Igreja São José, a Praça Sete, as faculdades de Medicina e Direito e a igreja dos dominicanos.

As vítimas do regime ditatorial que serão homenageadas no monumento morreram durante tenebrosas sessões de tortura ou foram executadas antes de ser presas. Entre os homenageados estão nomes conhecidos como o da estilista Zuleika Angel Gomes, a Zuzu Angel, mãe do militante Stuart Angel, que foi morto durante sessões de tortura. Zuzu passou a buscar a verdade, mas também morreu em um acidente de carro que é atribuído aos militares. (mais…)

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Calado desde a abertura e às vésperas de ser julgado, Wellington Diniz conta sua história de luta contra a ditadura

Foto: Beto Novaes / EM
Foto: Beto Novaes / EM

Diniz assaltou, foi acusado de assassinatos, preso, torturado, exilado, foi segurança de Lamarca e Fidel e fez cinema com Rosselini. Ele rompe o silêncio às vésperas de ser julgado em BH pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça

Por Daniel Camargos, em EM

Quem observa o senhor franzino, de 66 anos, morador do Bairro Carmo, em Sete Lagoas, é incapaz de imaginar o peso da história que ele carrega. Wellington Moreira Diniz lutou contra a ditadura militar no Brasil, participou de ações armadas em bancos e quartéis para abastecer organizações como Colina, Var-Palmares e VPR com armas e dinheiro; foi responsável pela segurança do ícone da resistência, o capitão Carlos Lamarca, e presenciou a jovem Dilma Rousseff, então com 21 anos, discutir asperamente com Lamarca. Fez ainda parte do grupo que roubou US$ 2,598 milhões (R$ 15 milhões atualmente) do cofre da amante do político Adhemar de Barros; foi preso e cruelmente torturado, depois libertado em troca do embaixador suíço que havia sido sequestrado por seus companheiros. Exilado no Chile, foi segurança do então presidente cubano, Fidel Castro, quando este visitou o país governado por Salvador Allende, em 1971. Trabalhou ainda como assistente em produções do diretor de cinema chileno Miguel Littín e do italiano Roberto Rosselini e lutou pela independência de Angola, participando da tomada do aeroporto na capital.  (mais…)

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Falta de auditores fiscais compromete ação de combate ao trabalho escravo

trabalho_escravo02Estudo aponta déficit de 8 mil servidores no país, sendo que seriam 2 mil apenas em Minas 

Por Luiz Ribeiro em Estado de Minas

A falta de auditores fiscais limita as ações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), deixando um campo aberto para a atuação de empregadores que adotam práticas irregulares, destacando a submissão de trabalhadores a condições degradantes ou à situação análoga à do trabalho escravo, principalmente em regiões mais distantes dos grandes centros, como no Norte de Minas e estados do Centro-Oeste e do Norte do país.

O problema atinge em peso Minas Gerais, que, conforme reportagens do Estado de Minas, é apontado como estado de origem de pessoas aliciadas para o trabalho degradante. O país conta hoje com 2.871 auditores fiscais na ativa – numero inferior ao que tinha em 2008. E para dar conta da fiscalização, seriam necessários pelo menos 8 mil servidores, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). A estimativa, segundo o sindicato faz parte de um estudo encomendado ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Nos últimos 10 anos, de acordo com dados do ministério, em todo o país foram libertados 40.819 semiescravos, dos quais 2.143 em municípios mineiros. A alforria dos semiescravos poderia ser bem maior, mas o combate ao problema esbarra na falta de pessoal. Segundo o Sinait, em todo o país existem 3.640 cargos para a fiscalização do Ministério do Trabalho. Mas na prática, atualmente, são 2.871 servidores na ativa porque existem 775 cargos vagos, devido, principalmente, às aposentadorias, sem a realização de novos concursos públicos para o preenchimento das vagas em aberto.  (mais…)

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MG – Ex-escravos serão indenizados. Entre eles, dois adolescentes e duas crianças

Em fazenda no Alto Paranaíba, condições análogas à escravidão foram identificadas por fiscais. Foto - Juarez Rodrigues
Em fazenda no Alto Paranaíba, condições análogas à escravidão foram identificadas por fiscais. Foto – Juarez Rodrigues

Por Pedro Rocha Franco, em Estado de Minas

Os trabalhadores libertados pelo Ministério do Trabalho e Emprego da carvoaria da fazenda Chapadão da Zagaia, em Sacramento, no Alto Paranaíba, terão direito a R$ 370 mil de indenização, entre direitos trabalhistas e danos morais. Os valores foram calculados ao longo da semana pelos auditores fiscais responsáveis pela operação, que, na terça-feira, resgatou 32 pessoas que exerciam atividade em condições análogas à escravidão. Além disso, a fazenda deve ser incluída na lista suja de empregadores do governo federal, o que, na prática, significa a imposição de uma série de impedimentos relacionados ao acesso ao crédito.

Depois de terem sido resgatados, os trabalhadores foram transportados de ônibus da zona rural até um hotel na sede da cidade. Lá permaneceram nos últimos dias às custas dos proprietários da fazenda, que também arcaram com as despesas de alimentação. Enquanto isso, os auditores fiscais calculavam os valores a serem recebidos. (mais…)

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“O intelectual e o caubói”: sobre o novo (e último) livro de Hobsbawm

Hobsbawm na primeira edição da Festa Literária de Paraty. Foto: Evelson de Souza / Folha Press
Hobsbawm na primeira edição da FLIP, em Paraty. Foto: Evelson de Souza / Folha Press

Livro póstumo de ensaios do historiador Eric Hobsbawm apresenta um diagnóstico sombrio de um tempo que perdeu as referências da cultura e da política em favor do individualismo e do consumo 

Por João Paulo, em Estado de Minas

Eric Hobsbawm (1917-2012) foi um homem do século 20. Mais que isso: foi possivelmente o historiador que melhor refletiu sobre seu tempo. Sua série das eras – Era das revoluções, Era do capital, Era dos impérios e Era dos extremos – criou um padrão de história narrativa que é um monumento de conhecimento historiográfico, conjugando informações da política e da sociologia, mas com grande sensibilidade para a cultura e suas manifestações. Marxista durante toda a vida, organizador de uma coleção em 12 volumes, História do marxismo, Hobsbawm lecionou na Inglaterra e nos Estados Unidos e foi interlocutor respeitado mesmo entre adversários teóricos. Elegante e culto, escreveu ainda sobre rebeldes primitivos e jazz, atuou como intelectual público em diversas causas e também deixou obra importante no campo da teoria da história.

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