Haitianos revivem no Acre a miséria de um país

Cerca de1,3 mil refugiados vivem em situação precária e disputam a escassa comida

Pablo Pereira, enviado especial a Brasileia (AC) – Estadão

A disputa no braço por uma quentinha no começo das tardes de quinta e sexta-feira dentro de um galpão na periferia de Brasileia, no Acre, era o reflexo de uma tragédia humanitária que começou em janeiro de 2010 no Haiti e chegou ao Brasil com força dias atrás pela fronteira com o Peru. Passados três anos do terremoto que devastou o país caribenho, 1,3 mil refugiados haitianos lotam um acampamento, passam horas deitados em colchões, sobre placas de papelão, à espera de uma autorização para ingressar oficialmente no território brasileiro. A esse contingente somaram-se nos últimos dias 69 senegaleses, dois nigerianos e até um indiano. (mais…)

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Julgamento do Massacre do Carandiru coloca em xeque a definição de Justiça

O antigo Carandiru. Foto: Agência Brasil

Por Luiz Mendes* – Carta Capital

Para os presos, o julgamento dos PMs que participaram do Massacre do Carandiru será a prova dos nove acerca da Justiça no país. Quando mataram e roubaram, foram presos, julgados, condenados, espancados, espezinhados e humilhados ao extremo. Sobrevivem em celas lotadas, fétidas e em condições subumanas. (mais…)

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Espanhóis saem às ruas de Madri para pedir o fim da monarquia

Manifestantes com as bandeiras tricolores da Terceira República marcham em Madri

Aniversário da II República foi celebrado com um público muito maior do que nos últimos anos

Opera Mundi

Dezenas de milhares de pessoas saíram neste domingo pelas ruas de Madri em comemoração ao 82º aniversario da II República (1931-1939), uma marcha que simboliza oposição ao regime monárquico. O público, que andou por um percurso da praça Cibeles até a praça Sol e ostentava bandeiras tricolores (vermelha, amarela e roxa) da época republicana foi o maior registrado nos último anos, em um momento em que a coroa espanhola atravessa um mau momento. As informações são do jornal El Mundo. (mais…)

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SP – “Quebre o silêncio: gênero, violência e sobrevivência”: dia 27 de abril, das 10 às 17 horas

A Marcha das Vadias Sampa convida para o evento “Quebre o silêncio: gênero, violência e sobrevivência”. Sábado, das 10 às 17 horas, na Fundação Rosa de Luxemburgo (Rua Ferreira de Araújo, 36 – Pinheiros).

Programação:

10h-12h – Sobrevivendo à violência doméstica: um exercício de empoderamento. Debate com:

  • Elisa Riemer – Artista gráfica, militante do coletivo feminista Maria Lacerda e integrante do Grupo LGBT de Maringá (PR). Sua arte discute a questão da opressão sofrida por mulheres e homossexuais, tendo elaborado cartazes para a Parada Gay de Maringá e para a Marcha das Vadias de diferentes localidades do país;
  • Juliana Bruce – Estudante do curso de Geografia na Universidade de São Paulo e ativista feminista.
  • Roseane Ribeiro Arévalo – Integrou a Pastoral da Juventude e a Pastoral da Juventude do Meio Popular em Manaus (AM). Fez parte do Conselho Nacional de Juventude do governo federal, onde ocupou a cadeira de mulheres jovens. Atualmente trabalha no Centro de Defesa e Convivência da Mulher – Viviane dos Santos, em Guaianases e é ativista do movimento LGBT. (mais…)

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Dilma foge de polêmica para manter paz com evangélicos

Natuza Neri – Folha de S.Paulo

Brasília – A presidente Dilma Rousseff pretende manter intocadas as legislações sobre aborto e casamento gay, como prometeu em 2010. Mas o governo também não quer se vincular à pauta dos evangélicos, que considera conservadora. No Palácio do Planalto, a tônica na relação com as denominações pentecostais e neopentecostais é uma só: manter uma “união estável”.

De olho nessa estabilidade, Dilma mandou sua equipe tomar distância da polêmica em torno do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP). Críticas, se forem inevitáveis, devem ser feitas ao deputado e pastor, jamais aos evangélicos.

Durante os dois primeiros anos de governo Dilma, a relação do Planalto com as igrejas evangélicas e católica tem sido pulverizada e distante. O diálogo é melhor com as denominações protestantes tradicionais, como luterana, metodista e presbiteriana. (mais…)

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Front Line Defenders denuncia internacionalmente nova ameaça de morte e intimidação policial contra Pelé, fundador e atual Diretor da AHOMAR

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Com o título “Brasil – Ameaça de morte e assédio policial contra defensor dos direitos humanos Maicon Alexandre Rodrigues de Carvalho (Pelé)”, a Front Line Defenders, organização internacional de defesa dos Direitos Humanos sediada em Dublim, Irlanda, denunciou as ameaças e intimidações feitas contra o fundador e Diretor da AHOMAR no dia 11, quinta-feira passada.

Pelé estava com outras pessoas no enterro de uma criança, neta de um pescador, quando um grupo de cinco homens se aproximou, e um deles disse que, com a ausência de Alexandre Anderson, ele era a “bola da vez”.  O autor da ameaças é identificado na região como um “matador de aluguel”, teoricamente envolvido com as mortes de Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra, também da AHOMAR, em junho de 2012.

Saindo do cemitério de Magé, Pelé foi à 66ª Delegacia de Polícia, para registrar a ocorrência. Lá, em lugar de garantias, acabou por ser vítima de assédio e intimidação. Foi forçado a ficar sentado sozinho numa sala escura e vazia por horas; muitas de suas queixas não foram registradas e, quando ele reclamou, os policiais o aconselharam a ficar “calminho”.

Desde que começaram as ameaças, atentados e assassinatos contra os membros da AHOMAR, policiais dessa delegacia vêm sendo denunciados às autoridades estaduais por omissão e conivência com os crimes, mas nada acontece. Da mesma forma, a inclusão de Pelé no Programa Estadual de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos está sendo pedida desde janeiro de 2013, quando ele sofreu as primeiras ameaças, mas o governo do Rio de Janeiro também não tomou nenhuma providência até agora. (mais…)

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Política, Religião e Direitos Humanos

“O Parlamentar tem sua crença, o Parlamento não. Religião é religação, cada um tem a sua e deve ser respeitado”

Amélia Rocha*, em O Povo

Há muitas coisas óbvias do ponto de vista da construção histórica de Direitos Humanos – DH que não são entendidas facilmente por quem não tem vivencia concreta no tema.

Numa realidade recente em termos históricos, pessoas eram consideradas objetos e vendidas em praça pública, simplesmente pela cor da pele. Discursos religiosos consideravam tal tratamento normal, que seria anti-natural tratar igual quem Deus teria criado diferente. Da mesma forma, mulheres eram consideradas relativamente incapazes, não poderiam votar ou se manifestar sem anuência do pai ou marido.

Avanços científicos eram confundidos com heresia e criminalizados. O tempo passou, muita gente sofreu e morreu e hoje representações religiosas pedem desculpas por equívocos passados. Mas basta assistir o filme Lincoln para se constatar que os argumentos religiosos contra o respeito a orientação sexual (não é opção, é orientação) tem a mesma essência dos contra a abolição da escravidão. Muitas injustiças já foram cometidas supostamente em nome de Deus. Não podemos cometer os mesmos erros.

Nada contra religioso assumir Presidência de Comissão de DH, mormente quando lá investido por meio das regras democráticas. É justo e legitimo. A preocupação é outra, são as eventuais consequências, objetivas e subjetivas, da proximidade entre atividade religiosa e atividade política, principalmente quando ambas são exercidas simultaneamente. (mais…)

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Nicolás Maduro é eleito presidente da Venezuela e se mantém no cargo

Do UOL, em São Paulo

O candidato chavista Nicolás Maduro, 50, do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), foi eleito presidente da Venezuela nesta segunda-feira (15) em disputa com o oposicionista Henrique Capriles, 40, do MUD (Mesa de Unidade Democrática). Capriles disse, em pronunciamento na madrugada desta segunda (15), que não reconhece o resultado e que pedirá uma recontagem dos votos.

A eleição de Maduro, que estava no cargo de presidente interino desde a morte de Hugo Chávez, em 5 de março passado, foi anunciada pela presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) Tibisay Lucena às 0h45 da segunda-feira (15) (23h15 do domingo (14) no horário venezuelano), no primeiro boletim oficial que poderia ser divulgado em caráter “irrevogável”. O mandato para o qual ele foi eleito vai até 2019.

Com 99,12% dos votos apurados, Maduro tinha 50,66% da preferência do eleitorado, ou 7.505.338 votos. Capriles tinha 49,07%, com 7.270.403. A diferença entre os dois candidatos era de 234.935 votos. Segundo CNE, 78,71% dos venezuelanos aptos a votar participaram das eleições. (mais…)

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