Bolsonaro é uma semente do fascismo, mais uma entre tantas espalhadas por aí

Frase de Bolsonaro, em Imagem UOL

Por Bob Fernandes

Tumultuadíssima a sessão na Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Protestos contra o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), eleito presidente da Comissão. Feliciano é aquele que disse serem “amaldiçoados” os descendentes de africanos. E que tem um discurso radicalmente homofóbico.

É um direito do pastor e deputado. É a opinião dele. Como é direito se considerar deboche um cidadão com tais posições presidir uma Comissão de Direitos Humanos.

Mas quem roubou a cena foi o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), um entusiasta de Feliciano. Bolsonaro tem uma estranha fixação com o tema da homossexualidade. Sempre que a polêmica ressurge no Congresso, o deputado se excita.

Bolsonaro é hoje o mais conhecido rosto da extrema direita brasileira. Defensor da Ditadura, ele justifica a tortura. Já disse: “O cara tem que ser arrebentado para abrir a boca”. Sobre a busca de corpos dos desaparecidos na Ditadura, diz: “Quem procura osso é cachorro”. (mais…)

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O Facebook tem algum problema com as mulheres?

Facebook fracassa em retirar imagens que incitem a violência, diz “Guardian”

Laura Bates* – Do Guardian

Rede social garante que não dá espaço para discurso odioso ou para conteúdos que sejam ameaçadores ou incitem à violência. Então por que imagens que parecem glorificar o estupro e a violência doméstica continuam aparecendo?

Será que o Facebook tem algum problema com as mulheres? A pergunta é feita desde 2011, quando Eve Ensler e a revista “Ms” chamaram a atenção para o fracasso dessa rede social em retirar imagens misóginas que pareciam glorificar o estupro e a violência doméstica.

Aí a questão foi retomada semanas atrás, quando usuários usaram o Twitter para manifestar sua raiva contra a recusa do Facebook em remover imagens que tentavam fazer piada com o estupro. Duas em particular circularam amplamente. Uma mostrava uma mulher amarrada e amordaçada em um sofá, com uma legenda que dizia: “Não é estupro. Se ela realmente não quisesse, teria dito alguma coisa”. A segunda mostrava uma camisinha, sob as palavras “Plano A”; uma pílula anticoncepcional de emergência, o “Plano B”, e aí vinha o “Plano C”, um homem empurrando escada abaixo uma mulher de rosto ensanguentado. (mais…)

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Estudos sobre viabilidade de Construção da Usina Hidrelétrica Serra Quebrada, em Itaguatins continuam paralisados

O projeto que trata da construção da usina hidrelétrica Serra Quebrada, em Itaguatins, norte do Tocantins, continua paralisado em razão de recomendação do Ministério Público Federal

Portal MOURANET

Esta semana o Ministério Público do Estado do Tocantins, na Comarca de Itaguatins, que tem como promotor  Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, despachou um procedimento administrativo, intitulado como peça de informação, onde promoveu o arquivamento do feito. (mais…)

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Fundadora das Avós da Praça de Maio luta para conhecer neta sequestrada há 35 anos

Chincha, de 90 anos, ainda reúne forças para descobrir a verdade sobre a neta

Maria Isabel Chorobik de Mariani não tem problemas em admitir que, durante muitos anos de sua vida, votou por obrigação e não se interessava por política. “Você não entende nada”, escutava do marido e do filho a então professora de educação artística, quando demonstrava sua falta de conhecimento sobre a situação do país. (mais…)

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Denúncias sobre Bergoglio dividem opiniões na Argentina

Jorge Mario Bergoglio

Monica Yanakiew* – Agência Brasil/EBC

Buenos Aires – Para os moradores da  favela Villa 31, no centro de Buenos Aires, Mario Jorge Bergoglio é austero e humilde – um homem talhado para ser o papa dos pobres. Ele é comparado ao padre Carlos Mujica, que trabalhava nos bairros mais carentes da capital argentina e foi metralhado pela repressão na década de 1970. Seu corpo foi enterrado na Capela Cristo Operário, que ele inaugurou na Villa 31.

“Eu me lembro do dia em que trouxeram o corpo do padre Mujica, do Cemitério da Recoleta, para ser enterrado aqui. Levamos o caixão por estas ruas e conosco estava Bergoglio, que rezou missa por ele”, contou, em entrevista à Agência Brasil, Saul Sanchez, padeiro da favela. “Mujica e Bergoglio são parecidos – os dois são o que chamamos de curas villeros (padres favelados). Quando ainda era arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio vinha aqui e tomava mate conosco. Nos visitava pelo menos duas vezes ao ano”.

Na Argentina, as opiniões sobre Bergoglio são divididas. Pesa sobre ele a suspeita de que foi conivente com a última ditadura (1976-1983), responsável pela morte ou o desaparecimento de cerca de 30 mil opositores. A denúncia foi feita pelo jornalista Horacio Verbitsky, no livro O Silêncio, sobre o papel da Igreja Católica no regime militar. (mais…)

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Coma de Dominguinhos é irreversível

Segundo os médicos, Dominguinhos não acordará do coma

Músico está internado há três meses

*Carolina Santos, do Diário de Pernambuco e do blog Play

No dia 25 de fevereiro, médicos do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, deram uma difícil notícia para os familiares do sanfoneiro, cantor e compositor José Domingos Moraes, o Dominguinhos: comunicaram que o coma em que ele está há quase três meses é irreversível e ele não deve mais acordar. (mais…)

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No Rio, refugiados africanos enfrentam pobreza, violência e preconceito

“A vida aqui para o refugiado é muito complicada. Chegamos aqui e não tem casa”, disse Ben, que mora em uma favela carioca.

Caio Quero

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

Em meados do ano passado, o alfaiate Ben* se viu obrigado a deixar às pressas sua casa, que ficava próxima à cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo. Rebeldes do movimento M23 invadiram a região e, na troca de tiros com as tropas do governo, sua mulher foi baleada e morta. Para fugir, Ben atravessou a fronteira com Uganda e, de lá, tomou um avião em direção ao Rio de Janeiro.

No Brasil há cerca de seis meses, Ben ganhou status de refugiado – o que permite que ele possa permanecer no país e ganhe assistência. Mesmo assim, ele continua tendo de lidar com alguns problemas não muito diferentes daqueles que enfrentava no Congo.

“Eu moro no Rio Comprido (bairro da zona norte do Rio). Moro sozinho, em uma favela. Escuto sempre barulho de tiros” diz Ben, cujo verdadeiro nome, assim como os de outros refugiados, não será divulgado nesta reportagem para impedir sua identificação. (mais…)

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Tese de doutorado analisa como negro foi excluído do mercado de trabalho após abolição

Uma tese de doutorado defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) apontou que entre 1912 e 1920 uma construção ideológica gestada pela elite brasileira visava a exclusão dos negros e negras da sociedade brasileira.

Segundo o acadêmico Ramatis Jacino, autor da pesquisa, em oito anos a população negra da cidade de São Paulo perdeu postos de trabalho, foi prejudicada por leis municipais que de forma explicita ou não a proibiam de exercer certas profissões, além de ter sido retirada de terras onde desenvolviam a agricultura de subsistência.

Jacino analisou cerca de 43 mil boletins de ocorrência emitidos na cidade na segunda década após a abolição da escravatura, entre 1912 e 1920. “Com o fim da escravidão, os únicos documentos oficiais que mencionavam a cor da pele e a profissão exercida eram os boletins de ocorrência da polícia”, explica. O pesquisador também analisou anúncios de jornais da época e alguns processos criminais.

Em sua tese de mestrado, que abordou o mesmo tema, a análise de Jacino esteve focada na população negra que vivenciou o período pré e pós abolição. Jacino pesquisou os anos de 1872 e 1890 (datas em que houve recenseamento na cidade) e pode verificar quais profissões os negros exerciam na época. A maioria era ligada à baixa qualificação e mal remuneradas: trabalhadores domésticos, criados, ama-secas, jornaleiros, carregadores, operários da construção civil, artíficies, parteiras, etc, mas havia também alguns jornalistas, professores e intelectuais. (mais…)

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Irmã de jesuíta preso durante ditadura contesta escolha do Papa

O argentino Jorge Mario Bergoglio, ao lado do cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, acena, da sacada do Vaticano, para a multidão reunida na Praça de São Pedro após ser eleito Papa Francisco AP

‘Igreja Católica escolheu uma pessoa que foi cúmplice de um governo genocida’

Janaína Figueiredo

BUENOS AIRES — Quando ouviu o nome do novo Papa, a argentina Graciela Yorio sentiu que o mundo caia sobre sua cabeça. Para ela, Jorge Mario Bergoglio, desde hoje o Papa Francisco, é “autor intelectual do sequestro do sacerdote jesuíta Orlando Yorio”, seu irmão, que em 1976 esteve cinco meses detido na Escola de Mecânica da Marinha (Esma, na sigla em espanhol), um dos principais centros clandestinos de tortura da última ditadura argentina (1976-1983). (mais…)

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Casaldáliga diz que temia outro Papa e elogia escolha de Francisco

Bispo emérito de São Félix do Araguaia espera que o Pontífice faça mudanças

Adriana Mendes

BRASÍLIA – Defensor dos índios e dos direitos humanos, dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), disse nesta quinta-feira que foi um “respiro” para a Igreja Católica a eleição do argentino Jorge Mario Bergoglio, um jesuíta, como novo chefe da cúria romana. Para ele, que sempre defendeu uma Igreja pobre voltada para o povo, o nome Francisco é “mais que um nome”.

– Eu temia outro (Papa). A escolha significa mudança na pessoa do Papa. Evidentemente, o Papa sozinho não é a Igreja, mas é responsabilidade de todos – disse Casaldáliga, por telefone.

Aos 85 anos, Casaldáliga vive em uma casa simples no interior de Mato Grosso. É ativo intelectualmente apesar das limitações físicas imposta pelo mal de Parkinson (doença neurológica). Ontem, acompanhou o anúncio pela televisão temendo a escolha de um Papa mais conservador. No pontificado de João Paulo 2º, o bispo emérito do Araguaia foi punido por sua atuação progressista. (mais…)

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