Marcha das centrais sindicais cobra Reforma Agrária do governo

Por William Pedreira, de Brasilia, Da CUT

A reforma agrária anda a passos de tartaruga. Não é à toa que o Brasil apresenta o maior índice de concentração de terras no mundo. Cerca de 85% de todas as melhores terras estão nas mãos de grandes proprietários, utilizadas para o plantio de soja/milho, cana-de-açúcar ou pasto. Em sua maioria, destinadas sem nenhum valor agregado à exportação.

Enquanto o governo federal prioriza financiamentos públicos e incentivos fiscais voltados ao agronegócio, num claro direcionamento ao modelo de produção agroexportador, a terra se consolida como um simples ativo econômico a serviço do mercado e suas formas de especulação.

E a reforma agrária agoniza. Ano a ano o Brasil vem piorando seus índices. O governo Dilma registrou um recorde negativo: foi o que menos desapropriou para fazer reforma agrária nos últimos 20 anos. Na primeira metade do mandato, apenas 86 imóveis foram destinadas a assentamentos.

Enfrentar a concentração fundiária 

Com um quadro alarmante, a luta por uma reforma agrária ampla e democrática, com o assentamento de 200 mil famílias sem-terra, se traduziu em uma das principais reivindicações da Marcha das Centrais a Brasília que acontece nesta quarta, dia 6. A concentração dos/as trabalhadores/as será no estádio Mané Garrincha. De lá, por volta de 10h, sairão em caminhada até o Congresso Nacional. (mais…)

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Com Chávez MST erradicou analfabetismo em assentamentos no MA

Por Reynaldo Costa, Da Página do MST

Em uma única experiência foram 1.236 Sem Terra alfabetizados em um Projeto envolvendo Cuba, Venezuela, o MST e a ajuda do governo do estado do Maranhão.

O governo da Venezuela, comandado por Hugo Chávez, teve como uma de suas principais conquista a superação do analfabetismo em seu país por meio do método cubano de alfabetização “Sí, yo puedo” (Sim, eu posso!). E esse foi o método utilizado pelo MST no Maranhão numa importante parceria na luta contra o analfabetismo.

No ano de 2006 uma pequena experiência foi realizada em dois assentamentos do MST no município de Açailândia. A eficácia do método levou o MST a construir um projeto piloto bem mais amplo, ao se consolidar uma experiência entre o Movimento, o governador do estado na época, Jackson Lago, o governo cubano e o próprio governo da venezuelano.

O projeto previa alfabetizar 1560 jovens e adultos de acampamentos e assentamentos do MST no estado em seis meses. O programa atingiu dados positivos e 86% dos matriculados foram alfabetizados no tempo previsto. (mais…)

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Movimentos exigem de Comissão contra a violência no campo justiça a Felisburgo

Da Página do MST

Nesta quarta-feira (06/03) até a próxima sexta-feira (08/03), o Comitê de Justiça para Felisburgo do Triângulo Mineiro se reúne com a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, presidida pelo Ouvidor Agrário Nacional, Gercino da Silva Filho, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Auditório do Ministério Público, em Uberlândia-MG.

O Comitê exige Justiça e a condenação do fazendeiro Adriano Chafick, mandante confesso do Massacre de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em que cinco trabalhadores do MST foram assassinados em 2004. Também denuncia o aumento da violência contra os trabalhadores rurais e a permanência da impunidade no campo.

“Queremos que a Comissão pressione o judiciário para suspender imediatamente as reintegrações de posse dos acampamentos de Sem Terra, que estão para acontecer na região do Triangulo Mineiro, exigimos que o Incra destrave a pauta da Reforma Agrária no estado, assentamento todas as famílias acampadas e instale a infra-estrutura nos assentamentos, liberando crédito habitação para a construção de moradias, e créditos do Pronaf para investimento”, afirma a dirigente regional do MST, Ana Maria de Lima. (mais…)

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O povo da América Latina perde um líder e um construtor de ideais!

Da Página do MST

A morte de Hugo Chávez representa uma perda irreparável para todos os povos da América Latina.

Sua origem humilde, sua trajetória de militar nacionalista e seu compromisso inquebrantável com um projeto de libertação do povo venezuelano, o transformou num líder popular de todo continente.

Foi o primeiro a enfrentar de armas em punho as mazelas do neoliberalismo na década de 90. Amargou a prisão. O povo o reconheceu e o conduziu ao governo com o maior apoio eleitoral da história do país.

Promoveu mais de dez eleições, com ampla participação popular e com extremo rigor de controle popular sobre a lisura das urnas.  Ganhou todas.

Enfrentou o império e a mídia burguesa de todo mundo.

Enfrentou os empresários lumpens e corruptos marionetes da CIA que lhe deram um golpe.  Mas o desdenhado protagonismo do povo, o salvou! (mais…)

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Camponesas homenageiam Chávez e se solidarizam ao povo venezuelano

Da Página do MST

As cerca de mil mulheres camponesas ligadas ao MST e ao Movimento Camponês Popular (MCP) acampadas em Brasília desde ontem promovem um ato na embaixada da Venezuela, em homenagem à memória do presidente Hugo Chavez e em solidariedade ao povo venezuelano, na tarde desta quarta (6/3), às 16h.

O acampamento, batizado de “Hugo Chavez” logo após a confirmação da morte do líder venezuelano, teve início com a ocupação de um terreno ao lado do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na capital federal. A atividade faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, que ocorre anualmente no mês de março, e tem como objetivo principal pressionar o governo federal para realização da Reforma Agrária.

O acampamento acontece por tempo indeterminado.

Ato na embaixada da Venezuela:

Data: 6/3, quarta-feira
Horário: 16h
Local: SES 803, Lt13, Brasília -DF

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www.mst.org.br/content/camponesas-homenageiam-ch%C3%A1vez-e-se-solidarizam-ao-povo-venezuelano#.UTeahW2wT4A.gmail

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Vitória temporária que tem que ser permanente: Comissão de Direitos Humanos encerra reunião sem escolher presidente

Mensagem que foi postada no Twitter do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e depois apagada

Foi suspensa, há pouco, a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para a escolha do novo presidente do colegiado. O motivo foi uma questão de ordem  da deputada Erika Kokay (PT-DF). Segundo ela, a comissão não poderia ser presidida pelo deputado Pastor Marcos Feliciano (SP), que foi indicado pelo PSC para ocupar o cargo.

Kokay alega que Feliciano não teria o perfil de defensor das minorias exigido pelo trabalho da comissão. Ele, por sua vez, argumenta que é favorável aos direitos humanos, mas sem obrigatoriamente seguir as pautas de movimentos sociais.

O atual presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA), decidiu encaminhar a questão de ordem para a Mesa Diretora  da Câmara. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse esperar que haja uma solução política para o cargo e que seja indicado outro nome pelo PSC.

Reportagem – Georgia Moraes/Rádio Câmara
Edição – João Pitella Junior

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Agência Câmara Notícias’

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Comunidade Pataxó faz retomada em área de ocupação tradicional invadida por empresários

Cerca de 900 índios Pataxó da aldeia Coroa Vermelha, em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, retomaram nesta terça-feira, 5, uma área de 4.100 hectares usada por um empresário como campo de pouso de pequenas aeronaves – dentro do território tradicional reivindicado pelos Pataxó.

No território funciona uma Área de Preservação Ambiental (APA). Porém, mesmo assim é grande a invasão de pessoas não-indígenas devido à localização: norte da rodovia BA-001, que liga Porto Seguro a Santa Cruz de Cabrália. Uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia se deslocou para o local, além da Coordenação Técnica Local (CTL) da Funai de Porto Seguro, na pessoa de Irajá Pataxó.

A área retomada pelos Pataxó apresenta vegetação de restinga costeira, com remanescentes de flora e fauna de Mata Atlântica e manguezais ameaçados por empresários do setor de turismo e de hotelaria. Os Pataxó temem a destruição da vegetação, assim como ocorreu em Coroa Vermelha. (mais…)

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Brasil tem 3,6 milhões de crianças e jovens fora da escola

Mariana Tokarnia, Repórter da Agência Brasil

Brasília – No Brasil, 3,6 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estão fora da escola. A maioria (2 milhões) tem entre 15 e 17 anos e deveria estar cursando o ensino médio. O déficit também é grande entre aqueles com idade entre 4 e 5 anos (1 milhão), que deveriam estar na educação infantil.

Os dados foram divulgados hoje (6) no relatório De Olho nas Metas, do movimento Todos pela Educação (TPE)*. A entidade estabelece que até 2022, 98% ou mais dos jovens e crianças entre 4 e 17 anos estejam matriculados e frequentando a escola. (mais…)

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Centrais sindicais fazem marcha de três horas em Brasília para pressionar governo

Da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 50 mil trabalhadores de seis centrais sindicais e representantes de diversos movimentos sociais, de acordo com os organizadores, participaram hoje (6) da 7ª Marcha a Brasília. A pauta de reivindicações tem 12 itens, entre eles o fim do fator previdenciário, a jornada de 40 horas semanais sem redução salarial e política de valorização dos aposentados. Segundo a Polícia Militar, a manifestação teve 25 mil integrantes.

A caminhada durou pouco mais de três horas e percorreu parte do chamado Eixo Monumental, avenida central de Brasília, saindo do Estádio Nacional Mané Garrincha e terminando no Congresso Nacional.

A marcha reuniu trabalhadores da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). (mais…)

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Promessa de uma vida melhor atrai as vítimas do tráfico de pessoas

Carolina Gonçalves, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A pequena índia tinha apenas 12 anos quando não resistiu às promessas de uma vida melhor e deixou a aldeia no interior de Goiás para seguir viagem com um grupo de ciganos. Quase sete meses depois de seu desaparecimento, ela foi encontrada em Minas Gerais. Nenhuma promessa foi cumprida pelo grupo que, ao contrário, violou vários direitos da jovem, segundo relatos de representantes do programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Minas Gerais, um dos responsáveis pela solução do caso.

Não ficou confirmada a exploração sexual da jovem, mas ao longo desses meses ela sofreu agressões verbais e físicas.“É um caso muito comum de tráfico doméstico de pessoas. Oferecemos atenção para a garota e articulamos a rede com os órgãos de Goiás, porque temos que garantir que as pessoas sejam assistidas da forma mais correta”, contou a psicóloga Ariane Gontijo Lopes Leandro,diretora do programa mineiro de enfrentamento ao crime.

Ariane que comanda o núcleo na capital mineira, onde estão sendo analisados outros 15 processos como esse, explicou que as instituições não estão preparadas para lidar com o problema. “Há muita desinformação e temos que ter cuidado para a vítima não sofrer retaliações. Os inquéritos, hoje, não são feitos com cautela”, disse ela. Segundo a psicóloga ainda existem profissionais que não reconhecem o crime, “não acreditam que existe tráfico de pessoas e dizem que elas [as vítimas] escolheram ir”. (mais…)

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