O descarte da agricultura familiar

Mayron Régis

Alex Motta, morador de Buriti de Inácia Vaz, que não é bordador, numa manhã de 2011, bordou comentários a respeito da criação da Área de Proteção Ambiental Morros Garapenses: “O governo do estado do Maranhão cria a APA Morros Garapenses que protege os terrenos menos elevados, mas, por outro lado, entrega as Chapadas de Buriti para os gaúchos”.

A APA Morros Garapenses foi criada em 2008 pelo então governador Jackson Lago como forma de conservar as faixas de transição entre Cerrado e a mata dos cocais no Leste maranhense. A sua área de abrangência abarca 234 mil hectares dos municípios de Buriti, Duque Bacelar e Coelho Neto. O processo de consolidação dessa unidade de conservação fornece uma informação relevante: ela é a única unidade de conservação estadual criada a partir de uma mobilização da comunidade local. Pelo visto, tomando por base a declaração do Alex Motta, essa mobilização não se deu de maneira uniforme nos três municípios e nas comunidades desses municípios do Baixo Parnaiba maranhense.

Nenhuma das considerações descerradas pelo governo do Maranhão no decreto de 31 de dezembro 2008 acena para a agricultura familiar e para o extrativismo. Uma consideração explicita o item educação ambiental e turismo ecológico, aventura e cientifico. Outra discorre sobre o reflorestamento com espécies frutíferas. Sinceramente, no que consta, as populações tradicionais do Baixo Parnaiba maranhense desapareceram para a secretaria de meio ambiente do Maranhão. (mais…)

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A cada dia, uma brasileira denuncia cárcere privado

Atitude. Depois de dois meses sendo ameaçada, estudante denunciou o ex-namorado à polícia

Pesquisa mostrou que em 59% dos casos, as agressões ocorrem diariamente

Luciene Câmara

Dados divulgados ontem pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do governo federal, mostram que, por dia, pelo menos uma mulher no Brasil procura o Disque-Denúncia para relatar que está ou foi mantida em cárcere privado. De janeiro a junho deste ano, 211 situações como essa chegaram à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). Minas Gerais faz parte desse cenário, ocupando o 14º lugar no ranking dos Estados que mais registram queixas de violência doméstica.

Segundo o levantamento da SPM, a cada grupo de 100 mil mulheres de Minas, 280,52 denunciaram que foram vítimas de agressão no primeiro semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o Estado estava em 13º lugar no ranking. Embora tenha caído uma posição, a taxa de denúncias aumentou 19,17% neste ano, em comparação com os primeiros seis meses de 2011, quando a taxa era de 235,39 vítimas para cada grupo de 100 mil mulheres. (mais…)

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Ação flagra crimes ambientais em Rondônia e no Amazonas

Desmatamento na Amazônia, em foto de arquivo

Agentes de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participaram, por meio da Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia), da operação Tamanduá, realizada dia 31 de julho. O objetivo foi combater o desmatamento e a exploração ilegal de madeira no sul do município de Lábrea (AM) e na região de Vista Alegre do Abunã, município de Porto Velho (RO).

A região foco da operação abrange o interior e zona de amortecimento do Parque Nacional Mapinguari e sul da Resex Ituxi, ambas unidades de conservação sob gestão do ICMBio, além da região do Projeto de Assentamento Florestal – PAF Curuquetê.

Uma pessoa foi presa e houve a apreensão de diversos materiais irregulares, incluindo motosseras, um caminhão e um trator skidder, além de aves. Foi feita ainda a destruição de mais de 1.900 metros cúbicos de madeira ilegal.

Durante fiscalização em três empresas madeireiras, o Ministério Público do Trabalho (MPT) flagrou trabalho infantil, trabalhadores estrangeiros ilegais e constatou diversas irregularidades como condições precárias de trabalho e falta de pagamento. Um termo de ajustamento de conduta foi assinado e as três empresas devem pagar multa que totaliza R$ 65 mil. (mais…)

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Primeira negra a ganhar ouro na ginástica refuta polêmica sobre cabelo: ‘eu fiz história’

Gabby Douglas foi a primeira ginasta negra a ganhar medalha de ouro no individual geral

Gabby Douglas recebeu mensagens agressivas nas Redes Sociais, e respondeu que as pessoas deveriam parar de se preocupar com coisas como a aparência do cabelo e avisou que não vai mudar nada por conta das mensagens

A polêmica em torno do cabelo da americana Gabby Douglas após a conquista do individual geral da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Londres não afetou a atleta. Ao invés de se ater às críticas que recebeu por parte das americanas, principalmente mulheres, nas redes sociais, ela preferiu exaltar seu feito: o de primeira negra na história das Olimpíadas a levar a medalha dourada no individual geral da ginástica artística.

Em entrevista ao jornal americano USA Today, Douglas disse desconhecer de onde vem toda essa polêmica. Sem ligar para o que dizem de sua aparência, afirmou que simplesmente colocou um pouco de gel, prendeu o cabelo e o jogou para trás. A atleta ainda perguntou se estavam brincando com ela, já que acabou de fazer história e a discussão gira em torno do seu cabelo. (mais…)

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Empresários pernambucanos são condenados a sete anos de prisão por trabalho escravo

Dois empresários foram condenados pela Justiça Federal de Pernambuco a sete anos e onze meses de prisão e pagamento de multa de 250 salários mínimos, por submeter empregados de seus engenhos em Moreno (28,4 km de Recife) a condições análogas às de escravo.

Os irmãos Fernando e José Marcos Vieira de Miranda foram denunciados pelo Ministério Público Federal em 2010, quando o Ministério do Trabalho  identificou 101 trabalhadores em situações precárias. Os trabalhadores não recebiam água potável, alimentação e equipamentos de proteção individual.  Os alojamentos não tinham instalações elétricas e sanitárias adequadas. Os trabalhadores não tinham registro na carteira de trabalho.

Os irmãos poderão recorrer da pena em liberdade.

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=358080

Enviada por José Carlos.

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A luta da memória contra o esquecimento e a morte

A Comissão da Verdade investigará violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar (1964-84)

Marco Aurélio Weissheimer*

Para que criar uma Comissão da Verdade? Para reforçar o Estado Democrático de Direito e para que nunca mais aconteça o que aconteceu durante a ditadura. A questão formulada pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, na tarde de segunda-feira, durante o anúncio dos cinco nomes que comporão a Comissão Estadual da Verdade, define o contexto histórico e político no qual se discutirá o que aconteceu no Brasil durante a ditadura que se seguiu ao golpe que derrubou o governo constitucional de João Goulart em 1964. Quarenta e oito anos se passaram desde então, um período ainda repleto de lacunas, omissões, esquecimentos, injustiça, dor e morte. As verdades que a comissão pretende trazer a público contam histórias de vidas que foram interrompidas, desviadas, dilaceradas e, em muitos casos, destruídas.

Um dos trabalhos centrais da Comissão Estadual da Verdade, enfatizou Tarso Genro, será trazer histórias para a luz do conhecimento público. E os integrantes da Comissão farão isso organizando arquivos, tomando depoimentos, buscando documentos, pesquisando processos. Cinco pessoas foram escolhidas e aceitaram realizar esse trabalho, que não será remunerado: Aramis Nassif, Carlos Frederico Guazelli, Céli Regina Jardim Pinto, Jacques Távora Alfonsín e Oneide Bobsi. A professora Celi Pinto falou em nome dos demais integrantes da Comissão na cerimônia rápida mas carregada de emoção no Palácio Piratini: “Estamos assumindo aqui um compromisso com a memória. As futuras gerações têm o direito de conhecer a sua história”, disse, emocionada, a historiadora da UFRGS. (mais…)

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México: Indígenas preservan identidad cultural en el DF pese a marginación

Imagen: Setebc

– El sector conforma uno de los menos favorecidos en materia de acceso a la educación, empleo y salud.

Notimex, 8 de agosto, 2012.- En dos décadas, las condiciones de los indígenas en la capital del país han mejorado, de acuerdo con autoridades locales, pero la marginación y el rechazo persisten, dicen a su vez representantes de algunos de los múltiples grupos que migraron hacia el Distrito Federal donde hoy luchan por mejores condiciones de vida y por preservar sus culturas. (mais…)

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Perú: Traban investigaciones por caso Cabitos 83 sobre desapariciones forzadas

Angélica Mendoza, madre de Arquímedes Ascarza Mendoza, detenido la madrugada del 3 de julio de 1983

Ante la suspensión de las diligencias que buscan dar con la identidad de las víctimas desaparecidas durante el conflicto armado interno vivido en la década de los años 80 y 90, el Movimiento Ciudadano por los Derechos Humanos de Ayacucho expresó su rechazo a la medida y lo relacionó con un intento de impunidad.

Las diligencias que programó la Fiscalía Penal Supranacional de Huancavelica-Ayacucho, encargada del caso Cabitos 83 y que tiene que ver con las graves violaciones a los derechos humanos ocurridos al interior del Cuartel Los Cabitos de Ayacucho durante los años de 1983 a 1985, se desarrollaron hasta el pasado 2 de agosto.

Estas eran diligencias itinerantes de exposición de prendas de vestir de los cuerpos recuperados de las fosas ubicadas en el sector conocido como La Hoyada, que sirvió de campo de entrenamiento del Cuartel Los Cabitos, en los distritos y provincias donde se produjeron detenciones y desapariciones forzadas masivas.

Las duras críticas del colectivo ciudadano que sostiene que se está poniendo en peligro el avance de las investigaciones se dieron luego de conocerse la decisión del jefe del Instituto de Medicina Legal con sede en Lima de no autorizar la continuación de la participación del equipo forense especializado en la exposición programada para la provincia de Vilcashuamán. (mais…)

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Colombia: Asesinan a indígena en el Cauca y amenazan de muerte a líder nasa

Feliciano Valencia, dirigente de Acin, asegura haber sido amenazado por la AUC. (Foto: El Liberal)

Un indígena identificado como Aldemas Pinto fue asesinado por desconocidos en el caserío de El Palo, departamento del Cauca; mientras que un líder del pueblo Nasa fue amenazado de muerte según se informó ayer.

Un testigo del asesinato fue el alcalde de Caloto, municipio del Cauca, Jorge Arias, quien dijo a periodistas que desconocidos en motocicleta dispararon contra tres indígenas, mataron a uno e hirieron a los otros dos.

“Los agresores, sin mediar, dispararon contra este ciudadano (…) Los disparos acabaron con su vida de manera instantánea. Otras dos personas resultaron heridas”, agregó.

Amenaza de muerte

Por otro lado, Feliciano Valencia, consejero político de la Asociación de Cabildos Indígenas del Norte del Cauca (Acín), denunció haber sido amenazado de muerte por el grupo paramilitar Autodefensas Unidas de Colombia (AUC). (mais…)

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