Técnicos verificam situação da seca em comunidades quilombolas da Campanha

Um grupo formado por técnicos da área rural visitou, nos dias 17 e 18 de janeiro, cinco comunidades quilombolas da Região da Campanha para verificar a situação dos locais em relação à estiagem que, desde novembro, causa prejuízos no setor rural em todo o Estado. O objetivo do roteiro foi estabelecer uma pauta para ser tratada junto aos governos federal, estadual e municipal, visando o atendimento das demandas emergenciais destes pequenos produtores rurais.

Na terça-feira (17-01), foram visitadas as comunidades dos municípios de Aceguá, Candiota e Bagé. Na quarta-feira (18-01), pela manhã, o mesmo trabalho foi feito em Caçapava do Sul. À tarde, o grupo se reuniu em Bagé com as lideranças dos quilombolas para elaborar um plano de ação para o ano de 2012. O objetivo do encontro foi reunir informações que facilitem o acesso a políticas emergenciais e de médio e longo prazo, que possam resolver as demandas históricas das comunidades.

Dentre as necessidades levantadas pelas comunidades, as principais são água para o consumo humano, disponibilização de alimentação e água para os animais, através de açudes.

O grupo que visitou as comunidades quilombolas da região é formado pelo coordenador adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo na Região da Campanha, Nei Maurente, pelo assessor técnico da Emater/RS-Ascar, Carlos Humberto Oliveira Alves, pelo coordenador da Rede Técnica Quilombos do Sul, Carlos Renato Neves Vaz, pela extensionista de bem-estar social da Emater/RS-Ascar, Luana Alves, pelo vereador de Aceguá, Reovaldo Rodrigues, e pelo coordenador da Divisão Quilombola da SDR, Joel dos Santos.

Foram visitadas as seguintes comunidades na Região da Campanha: Comunidade Quilombola da Vila da Lata e Comunidade Quilombola do Tamanduá, em Aceguá; Comunidade Quilombo Candiota, em Candiota; Comunidade Quilombola da Picada das Vassouras, em Caçapava do Sul; e Comunidade Quilombola das Palmas, em Bagé.

Comunidade da Vila da Lata
Em reunião realizada na terça-feira (17-01) com o prefeito de Aceguá, Gerhard Martens, o grupo expôs a preocupação com a Comunidade Quilombola da Vila da Lata, uma das localidades mais afetadas pela seca. No local, foi construído um poço artesiano de 53 metros de profundidade, mas a água é de baixa qualidade para o consumo humano. Os produtores da região teriam à disposição uma cisterna de 10 mil litros, no entanto, o reservatório apresenta vazamento, o que dificulta o armazenamento de água.

“Apesar de a comunidade ter a rede de água pronta, eles chegam a passar uma semana consumindo a água do poço, por falta de recipiente para reserva de água, fato que chamou a atenção, visto que a Defesa Civil do Estado, ainda no ano passado, disponibilizou para as prefeituras caixas de água de 500 litros, exatamente para atender a essa demanda das comunidades mais frágeis”, destacou Alves.

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