Um mês sem a sensibilidade e inteligência do companheiro Egídio Brunetto

Por Vanessa Ramos*

O céu estava claro, onde uma grande festa acontecia sob o calor de dezembro, no Mato Grosso do Sul. Ônibus e carros chegavam e não paravam de chegar.

Era gente do Brasil todo para prestigiar a festa que uma liderança indígena realizava para casar a sua filha, chamada Atiliana, uma indígena da tribo Terena, com o camponês e militante Sem Terra Egídio Brunetto.

O ano da união de uma indígena com um Sem Terra foi 1995. Dez anos antes, no dia 25 de maio de 1985, o MST realizou a primeira ocupação no município de Abelardo Luz, em Santa Catarina.

Como não podia ser diferente, Egídio estava lá. Por ser um jovem ativo, liderou a primeira comissão de negociação de despejo e assentamento das famílias acampadas. E assim iniciou a sua bela trajetória dentro do Movimento. (mais…)

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Marcha por estrada no Tipnis chega a Cochabamba

La Paz, 30 dez (Prensa Latina) A marcha que exige a construção de uma estrada no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) chegará hoje à cidade de Cochabamba, onde planeja esperar o fim de ano.

“A caravana de manifestantes na cidade citada esperará a chegada de ao menos outra centena de pessoas e receberá ajuda médica e humanitária”, assegurou um de seus coordenadores.

Diego Vidal, representante dos manifestantes, agregou também que as 30 grávidas, ou afetadas pelo mal da altura, se recuperaram e se reincorporaram ao grupo desde ontem.

Os quase mil marchistas permaneceram no estádio do município de Sacava nesta quinta-feira com a intenção de recobrarem forças e aguardar por aqueles com problemas de saúde. (mais…)

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Movimento LGBT pressionará para criminalizar homofobia em 2012

Principal bandeira do ano que vem foi definida em Conferência Nacional realizada em dezembro. Secretaria Nacional de Direitos Humanos apoia. ‘É essencial para combate à violência’, diz coordenador de direitos gays. Movimento rejeita relatório Marta Suplicy e quer resgate de texto de 2001 da Câmara que iguala homofobia a racismo

Najla Passos

BRASÍLIA – O Brasil é campeão mundial em assassinatos homofóbicos. A cada um dia e meio, um homossexual é morto no país, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, uma das mais tradicionais entidades que lutam pelos direitos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBTs) no país. Em 2010, foram 260 homicídios. Até outubro deste ano, mais 208.

Espancamentos, xingamentos, agressões fortuitas, calúnias, buylling escolar. São muitos os crimes que comprovam o avanço da homofobia, patologia social que leva uma pessoa a discriminar outra por causa da orientação sexual.

De acordo com o coordenador-geral dos Direitos LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Gustavo Bernardes, entre dezembro de 2010 e novembro de 2011, a homofobia foi o motivo de 1.067 ligações para o Disque 100, o serviço governamental que centraliza relatos de violações aos direitos humanos. (mais…)

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Fallece lideresa histórica de las rondas campesinas

Con profundo dolor, comunicamos que la mañana del martes 27 de Diciembre en Cajamarca, sufrimos la pérdida de nuestra hermana Segunda Castrejón, fundadora de la Federación de Rondas Campesinas Femeninas del Norte del Perú (FEROCAFENOP), víctima de un padecimiento físico que la aquejaba desde hace más de un año.

“La hermana Segunda siempre tuvo una actitud democrática, con visión colectiva y  con un  liderazgo positivo y constructivo. Contamos con su presencia en nuestro 25 Aniversario para reconocer su entrega y acompañarla en la enfermedad física que se le manifestó. En noviembre último acogió con alegría en Cajamarca a lideresas del Enlace Continental de Mujeres Indígenas de las Américas (ECMIA) quienes también la reconocieron en su liderazgo. Era una de nuestras sabias mayores y su guía nos ha enseñado mucho”, recuerda Tarcila Rivera Zea, presidente de Chirapaq.

En Chirapaq también conmemoramos los años más vigorosos de su liderazgo en el testimonio de nuestro vicepresidente, Leo Casas Ballón. “En 1979 tuve la suerte de compartir con ella y todos los dirigentes el informe y plataforma de lucha que se discutió en el Congreso de le Federación Departamental de Campesinos de Cajamarca (FEDEC), junto con dirigentes históricos inolvidables. Segunda Castrejón fue todo un símbolo de lucha, constancia, integridad y compromiso inquebrantable, a quien tuve el privilegio de conocer y admirar.” (mais…)

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Quem pode julgar o juiz?

Nelson Motta – O Estado de S.Paulo

Quando se fala desse assunto deve-se pesar muito bem cada palavra. Basta algum juiz de qualquer lugar achar que há algo de errado, ofensivo ou calunioso nelas, e você pode ser processado. E pior, o processo vai ser julgado por um colega do ofendido. Com raras exceções, jornalistas processados por supostas ofensas a juízes são sempre condenados por seus pares.

Sim, a maioria absoluta dos juízes é de homens e mulheres de bem, mas eu deveria consultar meu advogado antes de dizer isto: o corporativismo do Judiciário no Brasil desequilibra um dos pilares que sustentam o Estado democrático de direito. Basta ver os salários, privilégios e imunidades. A brava ministra faxineira-chefe Eliana Calmon está sob fogo cerrado da corporação por defender os poderes constitucionais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e chamar alguns juízes de “bandidos de toga”. Embora não exista melhor definição para Lalau e outros togados que aviltam a classe.

Como um sindicato de juízes, a Ajufe está indignada porque a ministra Eliana é contra os dois meses de férias que a categoria tem por ano, quando o resto dos brasileiros tem só um (menos os parlamentares, que tem quatro). Se os juízes ficam muito estressados e precisam de dois meses “para descansar a mente, ler e estudar”, de quantos meses deveriam ser as férias dos médicos? E das enfermeiras? E aí quem cuidaria das doenças dos juízes? (mais…)

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Funasa divulga nota de esclarecimento sobre matéria publicada no Midiamax

Walter Queiroz

Em razão da matéria “Indígenas disputam água de riacho na Aldeia Bororó”, públicada às 15h15 desta quinta-feira (29) no Midiamax, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), emitiu no final desta tarde, nota de esclarecimento em que responsabiliza a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena). A nota esclarece ainda que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) conduzidas pela autarquia estão sendo concuídas com o devido acompanhamento técnico. Confira a íntegra da nota abaixo:

Nota de esclarecimento: Saúde Indígena é responsabilidade da SESAI e não da FUNASA

Sobre a matéria “Indígenas disputam água de riacho’’ publicada às 15h15 no site Midiamax, temos a esclarecer que:

As ações de promoção à saúde indígena, deixaram de ser reponsabilidade da Funasa  após a aprovação por  unanimidade  em Agosto de 2010 pelo Senado Federal, tendo sido regulamentada pelos Decretos 7.335 e 7.336, ambos de 19/10/2010, assinados pelo Presidente Lula, transferindo as ações da Saúde Indígena ao Ministério da Saúde.

Assim sendo, esclarecemos por esta Nota, que a logística de operacionalização do saneamento nas aldeias, após os referidos decretos, assim como a preservação de fontes de água limpa, construção de poços ou captação à distância nas comunidades sem água potável, construção de sistema de saneamento, destinação final ao lixo e controle de poluição de nascentes são de atribuição da Sesai. (mais…)

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SP – Kassab aproveita incêndio misterioso e devastador para evacuar Favela do Moinho

Existe a esperança de que esses misteriosos e sucessivos incêndios em comunidades carentes sejam seriamente investigados?

Fábio Nassif

O incêndio que destruiu boa parte dos barracos, matou duas pessoas e desalojou centenas de famílias nas vésperas do Natal está sendo utilizado como novo pretexto para a liberação da área, como um caso típico que contrapõe interesses empresariais e o direito à moradia.

Prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta desde 2006 despejar os moradores, primeiro com a realização de um cadastro que contabilizou 600 famílias e depois com um decreto e uma ação judicial pedindo desapropriação.

Local de disputa histórica entre Prefeitura de São Paulo e moradores, o terreno que abriga a Favela do Moinho é objeto de mais uma forte ofensiva do capital imobiliário. O incêndio que destruiu boa parte dos barracos, matou duas pessoas e desalojou centenas de famílias nas vésperas do Natal está sendo utilizado como mais novo pretexto para a liberação da área, como um caso típico que contrapõe interesses empresariais e o direito à moradia. 

Enquanto a grande mídia alimenta a versão de que o incêndio teria sido provocado por uma mulher desequilibrada, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta aproveitar da comoção da população para consolidar o discurso de que as pessoas devem sair do local. Os moradores permanecem organizados, e, em assembleia realizada nesta terça-feira (27), rejeitaram a proposta da Prefeitura de compensar todas as perdas com o chamado bolsa-aluguel. (mais…)

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