Acordo com ICMBio e MPF garante realização de ritual Aricuri

A realização do ritual “Aricuri” na Reserva Biológica de Serra Negra, em Pernambuco, está garantida, por um acordo celebrado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, a Fundação Nacional do Índio (Funai), representantes das comunidades indígenas Pipipã e Kambiwá, e Procuradoria da República Pólo Serra Talhada/Salgueiro, em Pernambuco. O acerto possibilitou a realização da cerimônia estabelecendo medidas de adequada utilização da Reserva Biológica de Serra Negra, durante a realização do ritual indígena.

Segundo Marco Elihimas, chefe da Coordenação Técnica Local da Funai em Ibimirim (PE), a cerimônia do Aricuri é realizada desde o século 19 no mesmo local, mas havia risco de não ocorrer este ano por falta de entendimento entre os indígenas e a coordenação regional do ICMBio responsável pela Reserva que faz limite com a Terra Indígena Kambiwá, habitada pelas duas etnias. Parte da Reserva, onde se encontra a área do ritual sagrado, é pleiteada pelos Pipipã como terra tradicional e está em estudo pela Funai. (mais…)

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Bolívia: Nota de Repúdio à violência policial contra a Marcha Indígena em Defesa do TIPNIS

Por Fórum Social Pan-Amazônico

O Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), coletivo composto por mais de 50 organizações e movimentos sociais do Brasil, Peru, Estado Plurinacional de Equador, Estado Plurinacional de Bolívia, Colômbia, República Bolivariana da Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana, repudia veementemente a violenta, covarde e brutal agressão que as forças policiais bolivianas cometeram contra os indígenas do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS).

Há mais de 40 dias estes indígenas encontram-se marchando em defesa de seu território, ameaçado pelo governo boliviano e pela empreiteira brasileira OAS, que querem construir uma rodovia que passará por dentro daquele parque sem o consentimento das comunidades que o habitam. A intenção dos manifestantes é ir de Trinidad até La Paz, exigir que o presidente Evo Morales escute as populações que serão impactadas.

Não é de hoje que governos latino-americanos servem para implementar as agendas das grandes corporações, nacionais e internacionais, sem se preocupar com o que pensam ou sofrem os povos, em especial, os povos indígenas. Em nome de um desenvolvimento que já destruiu mais de um terço de todos os recursos naturais do planeta, destroem-se florestas, rios, vidas. (mais…)

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Diálogos e Convergências: por outro desenvolvimento em todo o Brasil

Ato místico que abriu o evento com cantorias e palavras de esperança.

Por Eduardo Sá, jornal Fazendo Media

“Ergue a bandeira de luta, deixa a bandeira passar. Essa é a nossa luta, vamos unir para mudar!”. Esse foi o canto que abriu na noite de ontem (26) o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências, realizado em Salvador, na Bahia. Cerca de 300 pessoas participaram da cerimônia de abertura, cuja mesa foi composta pelas entidades organizadoras do evento e representantes de setores do governo da Bahia e do governo federal que apoiaram a realização do encontro. As atividades seguem até a próxima quinta-feira (29).

No ato místico da abertura os movimentos sociais presentes falaram o que os motiva a lutar: igualdade racial, justiça ambiental, a vida acima do lucro, democratização da mídia, etc. A Comissão Organizadora do encontro é formada por nove entidades, todas relacionadas às mesas temáticas: agroecologia, saúde e justiça ambiental, soberania alimentar, economia solidária e feminismo. A proposta é aproximar diversas experiências em todo o Brasil em busca de outro modelo de desenvolvimento. (mais…)

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”Hay que salir del capitalismo”

El Norte tiene la responsabilidad de cambiar el modelo económico, afirma Kempf. / Crédito:Cortesía del entrevistado
El Norte tiene la responsabilidad de cambiar el modelo económico, afirma Kempf. Crédito: Cortesía del entrevistado

Marcela Valente entrevista al escritor ecologista HERVÉ KEMPF

BUENOS AIRES, sep (Tierramérica) – Para salvar el planeta del cambio climático y la pérdida de biodiversidad debemos salir del capitalismo y buscar un sistema menos consumista y socialmente más justo, sostiene el periodista y ecologista Hervé Kempf.

Esta cuestión atraviesa toda la obra del francés Kempf, columnista de Le Monde y autor de “Para salvar el planeta, salir del capitalismo” y “Cómo los ricos destruyen el planeta”, entre otros libros. En Francia, acaba de publicar “L’oligarchie ça sufit, vive la démocratie” (Basta de oligarquía, viva la democracia).

Exponente del debate sobre el decrecimiento, que se contrapone al crecimiento del producto bruto como indicador dominante del éxito de un país o una sociedad, Kempf cuestiona la viabilidad de una sociedad guiada por el consumo y el afán de lucro.

Los líderes políticos “siguen defendiendo el sistema capitalista al que yo llamo oligárquico”. Pero “tienen que cambiar, lo mismo que el sistema”, dijo Kempf en entrevista con Tierramérica durante su visita a Argentina. (mais…)

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Deshielo del Ártico atiza ambiciones económicas

Hielo flotando en el Ártico. / Crédito:Christof Luepkes, cortesía del Instituto Alfred Wegener.
Hielo flotando en el Ártico. Crédito: Christof Luepkes, cortesía del Instituto Alfred Wegener.

Por Julio Godoy

BERLÍN, sep (Tierramérica) – La posibilidad de explotar los otrora inaccesibles recursos naturales del océano Ártico se vuelve más tangible con el deshielo del Polo Norte, para escándalo de los científicos europeos.

Recientes observaciones del AWI y de la Universidad de Bremen confirman que el deshielo del océano Ártico medido desde hace cinco años fue especialmente grave en este verano boreal.

El calentamiento del Polo Norte fue tan pronunciado que, tanto el pasaje del Noroeste, en el septentrional territorio canadiense de Nunavut, como la ruta del Mar del Norte, a lo largo de Siberia, están libres de hielo.

“Lo particular del verano de 2011 es que incluso el canal de Parry (en Nunavut) está abierto y casi sin hielo”, dijo a Tierramérica el científico Georg Heygster, del Instituto de Física Ambiental de la alemana Universidad de Bremen, que generó mapas de las capas de hielo usando datos del satélite Aqua, de la agencia espacial estadounidense.  (mais…)

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La paradoja de los glaciares

Por Fabíola Ortiz, enviada especial

PORTO DE GALINHAS, Brasil, 27 sep (IPS) – Al menos 200 millones de personas están en peligro de quedarse sin agua, pues su provisión depende de glaciares que se están derritiendo y que, paradójicamente, crean la ilusión de recursos hídricos abundantes.

Mientras la temperatura global aumentó 0,6 grados centígrados en los últimos 100 años, la de los glaciares trepó 1,5 grados en sólo dos décadas.

Las principales afectadas son las comunidades locales, especialmente las del Himalaya y las de la cordillera de los Andes.

Si la temperatura está bajo cero, “el hielo se mantiene como hielo, pero si sube aunque sea muy poquito, es suficiente para convertirlo en agua”, dijo a IPS el colombiano Marco Rondón, especialista en manejo de recursos naturales del Centro Internacional de Investigaciones para el Desarrollo del gobierno de Canadá, (IDRC por sus siglas en inglés).  (mais…)

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Eles não usam black-tie. Nem gravatinha

Leonardo Skamoto

Brasília – Apesar de ir sempre paramentado à capital federal, vez ou outra deixo as línguas de pano descansando em casa. Afinal de contas, este é um país tropical, em que vestimos velhos gordos com veludo no Natal só para exercitar nosso sadismo. E por estar sem gravata, já fui impedido de adentrar determinados recintos nobres do Congresso Nacional em momentos solenes. Até porque o regimento da Casa do Povo (sic) precisa ser respeitado. “Em tudo o rito se cumpra!”, mesmo que o fundamental direito de ir e vir seja ignorado para isso.

Por que? Porque sim. Nem Kafka com um processo nas costas se divertiria tanto.

Não é irritante um troço como a gravata funcionar como passaporte para entrar em recintos? Se você não tem ou está sem, dançou: fica do lado de fora. Entendo que existam formalidades, mas que deveriam ficar restritas a ambientes privados. Até porque respeito não deveria ser obtido através de vestimentas, mas de ações.

Mas aí complica, uma vez que haveria muita excelência que não teria visto de entrada em seu próprio gabinete. (mais…)

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Trabalhadores da INB – URA paralisam as atividades em Caetité – BA

Em reunião com os trabalhadores do turno, no dia 26/09/2011, o gerente da URA em Caetité, Hilton Mantovani Lima, informou que, por decisão da diretoria executiva da empresa, a partir do dia 03/10/2011, a INB implantará uma quinta turma com jornada de trabalho de seis horas, decisão esta tomada de forma unilateral, desrespeitando a portaria nº 412/2007 do Ministério do Trabalho e Emprego. Tal atitude reduz a remuneração dos trabalhadores em 50% (cinquenta por cento), pois suprime duas horas extras diárias recebidas habitualmente desde o ano 2000.

Diante de tal atitude, não restou alternativa aos trabalhadores, se não a paralisação das atividades de todos os turnos até às 24:00 horas do dia 28/09, ficando em funcionamento só os serviços essenciais à segurança da unidade, como o tratamento de água, monitoração dos DDR’s e o painel central.

Os trabalhadores continuarão “parados”, unidos, aguardando o resultado da reunião que acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 28/09/2011 às 15h na sede da empresa, entre os representantes dos trabalhadores, Lucas Mendonça e Francelino Cabaleiro, e a INB, onde será tratado o assunto em questão. Após a conclusão da reunião, será marcada nova assembleia para deliberar sobre a continuidade ou não da paralisação e novas ações. (mais…)

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PE – Famílias de Fleixeiras atingidas pela Transnordestina realizam novo protesto

Cerca de 100 famílias que vivem no bairro de Fleixeira (Escada/PE) e que terão suas casas demolidas pela Transnordestina realizam mais um protesto, desta vez, no Escritório da Transnordestina Logistica S/A, empresa que moveu a ação de reintegração de posse contra as famílias

Aproximadamente 100 famílias que moram às margens da linha férrea no distrito de Fleixeiras, município de Escada/PE, realizam neste momento (manhã da terça-feira, 27) uma manifestação em frente à Empresa Transnordestina Logistica S/A, no bairro de São José, em Recife. A área em que as famílias vivem há mais de 40 anos é objeto de reintegração de posse movido pela Empresa para dar andamento às obras da Transnordestina.

A decisão foi dada pelo juíz federal da 6ª vara, Dr. Helio Silvio Ourem Campos, que estabeleceu como prazo máximo para as famílias sairem do local e terem suas casas demolidas esta próxima sexta-feira, dia 30. No entanto, nenhum dos moradores ou moradoras ameaçados de despejo foram procurados por nenhum órgão público para solucionar o problema. As famílias que encontram-se neste momento acampadas em frente à Transnordestina Logistica reivindicam a presença de representantes do Governo Estadual, da Prefeitura de Escada e da Empresa, para que sejam discutidas as soluções que garantam os direitos dos moradores que vivem no local. (mais…)

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Rio Jordão: Povo Huni Kuin “gente verdadeira” enfrenta a batalha na floresta

Nota de Telma Monteiro, que nos enviou o material para postagem: “Esse texto imperdível, que estamos publicando em primeira mão, foi enviado por Roberta Graf, IBAMA / Acre e é um relato apaixonante do cacique geral das Terras Indígenas Kaxinawá do rio Jordão, no Acre. A situação é grave. É preciso agir. (TM)”

Histórias da faixa de fronteira Peru – Brasil, Terras Indígenas do povo Huni Kuin (Kaxinawá) do rio Jordão, Acre, Brasil

Por Siä Huni Kuin, José Osair Sales, shaneibu rakaya [cacique geral] do Jordão, 21/09/2011.

“História do passado e do presente na faixa de fronteira entre o Peru e Brasil, no município de Jordão, na região das Terras Indígenas Huni Kuin do Jordão.

Falo sobre o conhecimento que eu tenho de 1976 até o presente momento, no verão de 2011.

No tempo dos patrões, meu pai, Bane Sueiro Sales, sabia contar muito bem a história de todo acontecimento dos povos nawa; falantes de língua Pano e também das famílias Arawak e Arawá. Era o tempo do amansamento dos índios brabos da floresta, através da exploração de madeira-de-lei e do látex de seringueira, couro de animais da floresta, caucho, dentre outros produtos florestais. Os patrões faziam equipes para realizarem correrias. Escolhido o lugar onde queiram fazer a exploração de produtos do seu interesse, seus capangas iam para a chamada “ronda”, no meio da floresta para observar a existência de índios e também se havia a possibilidade de fazer o trabalho na área desejada. (mais…)

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