BA – Assassinatos em comunidades de fundo de pasto serão finalmente investigados

Graças à mobilização em torno do assunto e à intervenção da Ouvidoria Agrária Nacional, parece que dois assassinatos ocorridos em comunidades de fundo de pasto serão finalmente investigados, na Bahia. O primeiro foi o do trabalhador rural Antônio de Jesus Souza, na fazenda Serra da Bahia, em 6 de janeiro de 2001; o segundo, o de Gilson André da Silva, na área da comunidade Capivara, no dia 11 de março.

O Desembargador Gercino José da Silva Filho, Ouvidor Agrário Nacional e Presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, havia enviado ofício solicitando providências das autoridades policiais baianas. Mas o delegado de Monte Santo, onde os casos ocorreram e que por isso mesmo deveria cuidar das investigações, eximiu-se, alegando falta de pessoal e de “combustível”.

Ante a insistência do Ouvidor, o  delegado-geral adjunto de Polícia Civil do Estado da Bahia, Bernardino Brito Filho, enviou finalmente ofício informando ter determinado que o Coordenador Regional em Senhor do Bonfim indique o delegado que presidirá o inquérito.

Esperamos que a indicação saia logo e que, desta vez, o delegado tenha funcionários e combustível, antes que os assassinatos caiam em “exercício findo”. TP.

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Sistema de cotas para negros

Previsão em editais é apenas paliativo para problema da desigualdade social no País

O Ministério das Relações Exteriores estabeleceu cotas para negros na prova de admissão ao curso de preparação de diplomatas do Instituto Rio Branco-Itamaraty, no concurso de 2011. O percentual será de 10% e serve apenas para a primeira fase do concurso. Apesar da notícia, a inclusão de cotas para negros em editais não é recente, uma vez que vários editais pelo país já fizeram a respectiva inserção.

Diversas entidades relacionadas aos movimentos negros, políticos e alguns concurseiros consideram a inclusão de cotas em concurso público uma vitória. Todavia o assunto é extremamente polêmico, não possuindo uma lei que regulamente a questão em âmbito nacional.

Em virtude da falta de regulamentação da matéria e levando-se em consideração que os editais são elaborados e restritos às considerações de cada órgão público, o Poder Judiciário é acionado diversas vezes para dirimir descontentamentos referentes a esta questão, existindo decisões favoráveis e desfavoráveis.
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Mãe Stella fala sobre cultura iorubá e sincretismo religioso na Bahia

Mãe Stella de Oxóssi

 

Mãe Stella de Oxóssi foi a personalidade convidada para a volta do projeto “Com a palavra o escritor”, na Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, em Salvador.

A plateia ficou lotada de pessoas interessadas em literatura e cultura baiana. No encontro mediado pela escritora Yeda Castro, Mãe Stella respondeu a perguntas do público. O bate-papo girou em torno de temas como sincretismo religioso.

Frases de Mãe Stella foram projetadas entre fotos da escritora, que tem cinco livros publicados. Mãe Stella foi a primeira Ialorixá a escrever sobre a cultura iorubá. Doutora “honoris causa” da Universidade Federal da Bahia e com vários prêmios, Mãe Stella autografou suas obras.
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Ocupação de prédio do IPSEMG na Praça da Liberdade, em BH.


Na manhã do dia 02 de maio de 2011, militantes de diversos movimentos sociais, liderados pelas Brigadas Populares e com a participação da Comunidade Dandara e do Comitê Popular dos Atingidos Pela Copa 2014, ocuparam o prédio do IPSEMG na Praça da Liberdade. O Governo do Estado tentou repassar a preço de banana o prédio do IPSEMG para se tornar um grande hotel de luxo. Negócio fraudulento, ilegal e imoral, foi anulado por decisão do Tribunal de Contas do Estado. A rede Hoteleira de Fazano, amigo de Aécio Neves, pagaria menos de 15 mil reais por mês (o valor correto seria mais de 100 mil por mês) para usar o valorizado imóvel do IPSEMG por 35 anos, indefinidamente prorrogáveis. Um crime contra o patrimônio público e contra o povo mineiro. Não é essa a Copa do Mundo que queremos, com licitações ilícitas, remoções forçadas de mais de 3.400 famílias, despejos violentos, repressão sobre os pobres e falta de transparência. Por isso ocupamos legitimamente o prédio abandonado do IPSEMG.

Enviada por Ricardo Álvares.

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Agrotóxicos: longe dos olhos e dentro dos alimentos que consumimos

Já está estabelecido que a grande mídia não se pauta necessariamente por fatos que sejam efetivamente relevantes para os grandes problemas que ocorrem na sociedade humana.  Aliás, como qualquer empresário operando num sistema que visa o lucro, os donos de veículos de imprensa acabam ressaltando ou suprimindo agendas de acordo com seus interesses de classe social.  E apesar de eticamente questionável, visto que a ação da imprensa deveria ser voltada para apresentar fatos e não versões de uma dada realidade, isto chega a ser tolerável quando o assunto não é algo de importância estratégica para o bem estar de todos os cidadãos que compõem a sociedade em que estão inseridos.  Caso contrário, a omissão de elementos que permitam uma avaliação compreensiva de problemas que nos afetam coletivamente transpõe o campo do que pode ser tolerado.
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Ensino médio poderá ter currículo mais flexível e maior tempo de duração

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou ontem (4) as novas diretrizes curriculares para o ensino médio. Elas não eram revistas desde 1998. O relatório, que agora segue para homologação do ministro Fernando Haddad, prevê maior flexibilização do currículo e abre a oportunidade de ampliação da carga horária do ensino médio para além dos atuais três anos.

O relatório mantém a carga horária mínima de 2, 4 mil horas no ensino médio, mas abre espaço para que a sua duração seja ampliada caso haja interesse das escolas de oferecer conhecimentos e atividades além das consideradas obrigatórias. Essa recomendação tem peso especial no caso do ensino médio noturno que, em geral, oferece uma carga horária menor do que aquela dada a estudantes do turno matutino. O relatório indica que essa duração deve ser ampliada e coloca como uma opção a oferta de 20% da carga horária na modalidade ensino a distância. Sugere também que se necessário o ano letivo seja estendido para além dos atuais três anos.

As novas diretrizes indicam que a escola deve trabalhar a formação a partir de quatro eixos básicos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. O currículo pode enfatizar um desses temas, mas deve incluir todos eles. A ideia é tentar flexibilizar o modelo curricular segmentado oferecido pelas escolas hoje, tradicionalmente dividido em disciplinas que não se relacionam durante o aprendizado.
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Mais uma vez governo rompe promessa

Povos indígenas defendem o rio Xingu, Pará, opondo-se à hidrelétrica de Belo Monte, que impactaria várias Terras Indígenas, caso seja construída.

 

De manhã, ministro de Minas e Energia, Lobão, marca reunião com indígenas; de tarde se recusa a recebê-los. Falta de diálogo continua.

Ontem de manhã, 4 de Maio, querendo encontrar-se com o ministro de Minas e Energia para entregar um documento com suas reivindicações, as lideranças dos povos indígenas participantes do Acampamento Terra Livre 2011 encontraram as portas do Ministério de Minas e Energia fechadas. Saíram representantes do ministro Lobão, que prometeram visitar os indígenas no Acampamento, para marcar uma reunião entre estes e o ministro.

De fato, uma vez encerrada a manifestação, chegou uma assessora do Ministro, Maria Eustáquia da Silva, com duas propostas. Ou marcariam uma reunião para sexta-feira de manhã (dia 6), ou marcariam para ontem (dia 4) a tarde, às duas horas, no auditório do Ministério. Todos estariam bem-vindos. Como o Acampamento se encerra na quinta-feira, as lideranças optaram pelo convite para reunir-se ainda ontem, quarta-feira.
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Relatório revela alto índice de mortalidade infantil entre indígenas peruanos

No último dia 26, o Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) apresentaram o relatório “Características Sociodemográficas dos Grupos Étnicos da Amazônia Peruana e do Espaço Geográfico no qual residem”, que revela a desigualdade entre o índice de mortalidade infantil entre indígenas que vivem na região da Amazônia Peruana e o restante do país.

O relatório foi feito com base nos Censos Nacionais de 2007: o XI de população e VI de moradia, e no II Censo de Comunidades Indígenas da Amazônia Peruana também de 2007. Além das diferenças nos índices de mortalidade entre comunidades nativas da Amazônia e o resto do país, também há diferença entre as etnias indígenas.

Segundo o estudo, em 2007 foram registradas 3.516 mortes de crianças, e apesar de não especificar a causa da mortalidade infantil, o relatório afirma que a primeira causa dos falecimentos são vômitos e diarréias, seguidos pela pneumonia, malária e paludismo.
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Comunidades de Cerro Tijeras denunciam confronto armado em seu território

Comunidades de Cabildo Indígena de Cerro Tijeras, na Colômbia, denunciaram, anteontem (3), um confronto com armas de fogo entre dois helicópteros da Polícia Nacional e um grupo fortemente armado, que durou duas horas, causando indignação e medo na população.

“Nos opomos diante das anunciadas políticas oficiais de erradicação dos ‘mal chamados cultivos de uso ilícito’, sobre isso lhes manifestamos que a ‘coca’ é nossa planta sagrada e não permitiremos que a demonizem sob nenhum argumento de controle político militar em todo o território nacional. Não admitimos as pulverizações aéreas como uma única solução, senão que pelo contrário se retire a solução dentro do marco de guerra e se resolva dentro de um contexto social”, enfatizam em comunicado público.
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Trabalhadores em condições análogas à escravidão são resgatados em Vacaria (RS)

Doze trabalhadores em condições similares à escravidão foram resgatados em Vacaria, no Rio Grande do Sul, por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. A operação teve início na última quinta-feira (28), e terminou anteontem (3), de manhã, em uma propriedade rural localizada a aproximadamente 20 quilômetros do centro de Vacaria.

O grupo trabalhava no corte e na extração de Pinus eliotti. A maioria dos trabalhadores estava alojada na propriedade. No grupo havia cinco menores, dois com idade inferior a 16 anos. Todos estavam desacompanhados dos responsáveis. Segundo o gerente do Trabalho e Emprego em Caxias do Sul, Vanius João de Araujo Corte, esse fato agravou ainda mais a situação, porque as atividades desenvolvidas no local constam da lista das piores formas de trabalho infantil, sendo proibidas para menores de 18 anos.
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