Movimentos se organizam para realizar encontro contra projetos de barragens

Tatiana Félix

Adital – Nos próximos dias 19 e 20 de novembro, o Fórum Carajás, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Balsas e outras organizações sociais realizarão um encontro na Câmara Municipal de Loreto, no Maranhão, para discutir sobre os projetos de barramento das águas na bacia do rio Parnaíba, que compreende a região Sul do estado e também municípios do Piauí.

Durante o encontro, os participantes deverão pensar quais medidas tomarão para tentar suspender os projetos das barragens, já que está agendado para o dia 17 de dezembro o leilão das usinas Ribeiro Gonçalves (11MW), Castelhano (64MW) e Estreito de Parnaíba, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Se levados adiante, os projetos irão impactar direta e indiretamente centenas de famílias e comunidades da região, além de trazer problemas para a infraestrutura das cidades, segundo alegam os ativistas.

Edmilson Pinheiro, secretário executivo do Fórum Carajás, disse que o objetivo do encontro é reunir os atores sociais do Sul do Maranhão, representantes quilombolas do Piauí e todos que serão impactados direta ou indiretamente com as barragens do Parnaíba.
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Comunidade de Puerto Azul chama atenção para violações de seus direitos

Karol Assunção

Adital – A comunidade nativa de Puerto Azul, na Região Ucayali, Peru, sabe bem o que é ter seus direitos violados. Há 19 anos, os indígenas de Cacataibo esperam uma resposta do Governo sobre o pedido de ampliação do território. Enquanto não há um posicionamento do Estado, os povos originários são acusados e processados por defender o território e denunciar a contaminação do ambiente.

De acordo com comunicado assinado por representantes da Comunidade Nativa de Puerto Azul e da Federação Nativa de Comunidades Cacataibo (Fenacoca), o povo indígena entregou à Direção Regional de Agricultura, em 1991, um pedido de ampliação do território por motivos sociais, ambientais e econômicos. Entretanto, 19 anos depois, a solicitação, que está nas mãos do Governo Regional de Ucayali, continua sem resposta.

Como se não bastasse a demora em anunciar a decisão a respeito do pedido dos indígenas, o Estado, segundo os representantes de Puerto Azul, aprovou a exploração das matas na região da comunidade.
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Tribunal Regional Federal concede liminar favorável a Guarani de Ypo´í (MS)

Karol Assunção

Adital – Após momentos de apreensão, os indígenas Guarani Kaiowá da comunidade Ypo´í, Mato Grosso do Sul, estão mais aliviados. No final da tarde de anteontem (16), o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), André Nabarrete, concedeu uma liminar favorável aos indígenas. Com a decisão, eles poderão permanecer na área da Fazenda São Luiz, no município de Paranhos, até a conclusão do estudo de identificação e delimitação da terra pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

De acordo com Egon Heck, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) da Regional de Mato Grosso do Sul, a apreensão reinava entre os participantes do III Encontro Continental do Povo Guarani, que acontece desde segunda-feira (15) em Assunção, no Paraguai. “Anteontem (16), lideranças falavam que ontem (17) haveria a reintegração de posse (…) e já estavam preparando manifestações contra a violência e as violações de direitos”, lembra.

O nervosismo e o medo foram substituídos pelo alívio quando, no final da tarde, souberam da decisão que suspendia a liminar de reintegração de posse. “Foi um momento de muita emoção dos Guarani”, conta.
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