Após um ano, indígenas celebram a memória de mortos em Bagua

Adital – Hoje (5), completa-se um ano do conflito ocorrido entre policiais e indígenas em Bagua, no Peru. Para celebrar a data e relembrar os 33 mortos na ocasião, organizações e povos indígenas amazônicos realizam, até a próxima terça-feira (8), em Lima e em Bagua, uma Jornada pela Vida e pelos Direitos dos Povos Indígenas. As atividades – promovidas pela Organização Regional dos Povos da Amazônia Norte (Orpian), pela Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), e pela Confederação Nacional de Comunidades do Peru Afetadas pela Mineração (Conacam) – têm o objetivo de celebrar a memória das pessoas assassinadas no episódio de Bagua e debater sobre a lei de anistia aos dirigentes indígenas criminalizados por defender a natureza.

Em Lima, as ações já começaram dia 3, com o fórum “A luta amazônica e seu impacto pela mudança climática”, organizado pelo Movimento Ação Urbana de Lime, pela Frente Nacional pela Vida e pela Soberania, pela Aidesep, e outras organizações sindicais, ambientais e nacionalistas. Ontem, a capital peruana sedi0u uma missa em homenagem às pessoas assassinadas na Curva del Diablo. A programação segue hoje com a atividade cultural “Bagua não se esquece”, na praça Francia. As ações se encerram na próxima segunda-feira (8), com uma marcha pacífica que sairá da Praça San Martín para entregar um memorial à 40ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre Criminalização, Anistia e Moratória das indústrias extrativas. (mais…)

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Agronegócio: uma face do latifúndio no país. Entrevista especial com Marcos Pedlowski

“Não podemos entender a discussão do agronegócio sem primeiro compreender o que ele estabeleceu do ponto de vista produtivo e qual foi seu impacto na questão da concentração das propriedades de terra em países como o Brasil”. A afirmação é do professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Marcos Pedlowski. Em entrevista, concedida, por telefone, à IHU On-Line, Pedlowski explica como a prática, considerada por ele uma maquiagem para a proteção do latifúndio no país, pode ser prejudicial para a sociedade brasileira e mundial.

Segundo ele, “quem mais ganha com o agronegócio são as grandes cadeias de comercialização, que ficam com o grosso do que é gerado mundialmente”. Pedlowski aponta que “isso foge do nosso alcance, porque, geralmente, ficamos só observando a relação entre agronegócio, latifúndio e reforma agrária”. “O agronegócio não é autodestrutivo, é destrutivo só para a nação e para os países que tentam sair dessa dependência histórica e geopolítica dos países ricos”, afirma. (mais…)

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POLÍCIA FEDERAL PRENDE MÃE E BEBÊ TUPINAMBÁ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segura bebê de dois meses de Glicéria Tupinambá. Glicéria participou da 13ª Reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), ocasião em que expôs as violências sofridas por seu povo. Foto: Secretaria de Imprensa / Ricardo Stuckert / PR.

A Polícia Federal prendeu na tarde de quinta-feira, feriado de Corpus Christi, a índia Glicéria Tupinambá e seu filho de apenas (02) dois meses. Glicéria é liderança de seu povo e membro da Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI. Vinculada ao Ministério da Justiça, a CNPI tem entre seus integrantes representantes de 12 ministérios, 20 lideranças indígenas e dois representantes de entidades indigenistas. Na tarde de ontem, 2 de junho, Glicéria participou da reunião da CNPI com o Presidente Lula, oportunidade em que denunciou as perseguições de que as lideranças Tupinambá têm sido vítimas por parte da Polícia Federal no Sul da Bahia.

No dia seguinte, quando tentava retornar para sua aldeia, Glicéria – tendo ao colo o seu bebê de dois meses – foi detida ao descer do avião, ainda na pista de pouso do aeroporto de Ilhéus (BA), e diante dos demais passageiros, por três agentes da Polícia Federal, numa intenção clara de constrangê-la. O episódio foi testemunhado por Luis Titiah, liderança Pataxó Hã-hã-hãe, também membro da CNPI, que a acompanhava. (mais…)

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Indígenas pedem mais diálogo a Lula sobre Belo Monte

Agência Brasil -2/6/2010

Lideranças indígenas reivindicaram na quarta-feira (2/6) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais diálogo antes da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, durante a 13ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Política Indigenista. Segundo o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, Lula prometeu aos índios realizar um novo encontro para debater o assunto.

O líder Caiapó, Akiaboro Caiapó, que mora no Pará, às margens do Rio Xingu, disse que a falta de diálogo pode levar a conflitos. “Há muitotempo se fala do projeto de Belo Monte e temos uma preocupação muito  grande. Quero sentar e conversar antes da guerra e dos problemas que vão acontecer. Porque se não vai acontecer muita coisa e vai sair o nome do governo muito sujo”, disse o líder Caiapó. (mais…)

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