Das cinzas do Museu: uma pátria, muitas línguas, por José Ribamar Bessa Freire

“Este museu de tudo (…) / é mais do que um museu de tudo: / 
é um circo-feira,é um teatro / onde o tudo está vivo e em uso”.
(João Cabral de Melo Neto – Museu de Tudo)

Em Taqui Pra Ti

O Museu da Língua Portuguesa ali, no coração da Cracolândia, em São Paulo, em dez anos de existência foi visitado algumas vezes por mim, uma delas na companhia de um índio guarani. Cada vez saí de lá deslumbrado por conta do que presenciara, mas também bastante incomodado, confesso, pelo que gostaria de ter visto e a exposição não me mostrara. (mais…)

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Indígenas foram ‘convidados’ a se retirar do centro de São Miguel do Oeste

Nota: em consequência desta matéria, Claudia Weinman está sendo ameaçada. Denúncia do Portal Desacato pode ser lida no final. Nossa solidariedade a ela. (TP)

Por Claudia Weinman, para Desacato.info.

A cena remete a um conflito histórico sem fim. Barracos de lona foram erguidos em um terreno retirado do centro da cidade de São Miguel do Oeste, no interior do estado de Santa Catarina. Indígenas Kaingang, de Tenente Portela (RS), foram ‘convidados’ a se retirar do espaço da rodoviária onde todos os anos, nesta época, costumavam comercializar seus artesanatos, o trabalho que lhes garante um pouco de dinheiro para circular por outras regiões e comprar alguns agrados para suas crianças.

O motivo, segundo a indígena Juliana Cristão, 23 anos, é de que o dono da rodoviária não estava satisfeito com a presença das ‘gentes’ por ali. “A gente sempre vinha aqui só que eles não falavam nada, e agora falaram que a gente não podia ficar lá. O dono daquele terreno não queria que a gente ficasse lá”, disse ela. (mais…)

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Antônia Melo: ‘Belo Monte é muito criminoso, chocante e indignante’

Por Gabriel Brito e Paulo Silva Júnior, no Correio da Cidadania

A usina de Belo Monte, ainda em processo de construção, já gerou enormes impactos em Altamira e certamente é um dos grandes símbolos do desenvolvimentismo lulista, que agora agoniza pelos quatro costados. No entanto, seu rastro de destruição e atropelos deixará marcas eternas na pele dos afetados, que desde os anos 80 resistem ao megaprojeto hidrelétrico. Antônia Melo, militante de longa data contra Belo Monte, acabou de perder sua casa para a truculência do “Consórcio Construtor Lava Jato” e concedeu uma entrevista carregada de emoção ao Correio da Cidadania. (mais…)

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Mais de 12 mil famílias indígenas de 40 etnias receberão fomento e assistência técnica para atividades produtivas em 2016

Por Ana Heloísa d’Arcanchy, CGETNO-FUNAI

A prestação de assistência técnica e o fomento à produção agrícola de 12.525 famílias indígenas estão garantidos em 2016 a partir das Chamadas Públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) realizadas no âmbito do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais do Plano Brasil sem Miséria.

Os editais foram lançados entre 2014 e 2015 nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a partir de uma parceria entre a Funai, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). (mais…)

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‘Stonehenge da Amazônia’, o observatório astrológico erguido há mais de mil anos na floresta

BBC Brasil

Em meio à Floresta Amazônica, existe um patrimônio arqueológico pouco conhecido até mesmo entre os brasileiros. Descoberto em 2006, este observatório astrológico pré-colonial é composto por 127 blocos de granito com três metros de altura e teria sido construído há mais mil anos, segundo cientistas.

Localizado no Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, o chamado “Stonehenge da Amazônia” demarca movimentos cosmológicos, como o nascer do sol do solstício de verão, que cai neste ano no 22 de dezembro. (mais…)

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Indígenas Ka’apor do Maranhão estão sob violento ataque de madeireiros

Por Conselho Indigenista Missionário MA, em Vias de Fato

Desde o dia 18 de dezembro, vinte e seis indígenas Ka’apor, realizam o controle do incêndio na região sudoeste e oeste do território Alto Turiaçu no Maranhão, por conta da finalização do trabalho do Prevfogo do Ibama, após 10 dias na região.

No domingo (20), pela manhã, os indígenas depararam-se com madeireiros em um dos ramais que tinha sido fechado pelos indígenas. Para continuarem com a retirada ilegal da madeira, os madeireiros construíram uma ponte sobre o rio Turi. Os indígenas então, atearam fogo em um caminhão e 2 motocicletas e apreenderam sete não indígenas para entregar para o Ibama. Um deles, escapou e avisou outros madeireiros no povoado Nova Conquista, município de Zé Doca. (mais…)

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MA – Dois guardas ambientais Ka’apor são feridos por invasores e 4 estão desaparecidos na Terra Indígena Alto Turiaçu

Por Luiz Cláudio Brito Teixeira, em Combate Racismo Ambiental

Mesmo com a floresta em chamas, invasores continuam cortando madeira na Terra Indígena Alto Turiaçu. Uma equipe de 26 guardas ambientais Ka’apor, com o apoio de uma equipe do Prevfogo vinda do Ceará, estão na mata combatendo os incêndios na floresta. A chuva que caiu na região nos últimos dias ajudou a apagar muitos focos, mas em alguns locais a ação dos guardas ainda se faz necessária.

Neste domingo, 20/12, a equipe de guardas Ka’apor flagrou invasores que vieram do povoado de Nova Conquista, município de Zé Doca, cortando madeira dentro da terra indígena, próximo a aldeia Turizinho. Esses invasores fazem parte de um contingente maior que já foi expulso do território dos Awá-Guajá em ação do Ibama junto com a Polícia Federal. (mais…)

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A política Munduruku

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Povos Indígenas: Diamantes de sangue na Amazônia, por Ana Aranda

Ana Aranda, especial para a Amazônia Real

Espigão D´Oeste (RO) – Os indígenas Cinta Larga, falantes da língua Tupi Mondé, vivem uma situação parecida com a da grande maioria dos agricultores familiares do interior da Amazônia. Suas casas não têm sistema de esgoto, nem água encanada. As escolas e os postos de saúde são precários e o que produzem nas roças é ineficiente à sobrevivência, pois faltam maquinário, insumos, assistência técnica e crédito bancário. Mas eles moram em cima da maior mina de diamantes do mundo, com capacidade para exploração de um milhão de quilates de pedras preciosas por ano, com receita anual estimada em US$ 200 milhões (ou R$ 760 milhões).

A exploração ilegal das pedras preciosas, que ganhou força em 1998 e chegou a reunir 5 mil garimpeiros, em 2004, mudou a vida dos índios. O Ministério Público Federal estima que vivem cerca de 2.500 Cinta Larga nas Terras Indígenas Roosevelt, Serra Morena, Parque Aripuanã e Aripuanã, que ficam na divisa dos estados de Rondônia e Mato Grosso. (mais…)

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