Irresponsabilidade das empresas e omissão do Estado já anunciavam a tragédia em Mariana. Entrevista especial com Ana Flávia Santos

“Um ponto de partida para compreender o rompimento da barragem de Fundão é frisar que não foi um desastre natural”, aponta a pesquisadora

Por Leslie Chaves e Patricia Fachin – IHU On-Line

Uma série de negligências, burocracias e desrespeito aos direitos humanos e ao meio ambiente engrossam a lista de problemas gerados em nome do lucro. No Brasil essa é a lógica que rege a implementação de grandes empreendimentos que provocam vultosos impactos nos espaços onde são construídos. Vide o caso da estrutura da empresa Samarco, instalada em Mariana – MG para a exploração de minérios na região. (mais…)

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Relatório da Embrapa aponta que avalanche de lama da Samarco deixou solo inerte

Levantamento das condições do solo aponta que região atingida pelos rejeitos da mineração não é mais propícia à atividade agropecuária

Estado de Minas

Estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra que o solo das áreas atingidas pela lama da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, não apresenta condições para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. O trabalho foi realizado a pedido do governo de Minas, em uma parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emater-MG e Epamig. A pesquisa também mostra que não foi detectada a presença de metais pesados em níveis tóxicos nas amostras coletadas. (mais…)

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MPF quer suspensão da operação do Porto Sudeste (RJ) até solução para famílias da área

Com capacidade de movimentação de 50 milhões de toneladas de minério por ano, terminal opera a menos de 30 metros de vila de pescadores

MPF/RJ

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ) ingressou com ação civil pública contra a empresa MMX Porto Sudeste LTDA e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para suspender a Licença de Operação do empreendimento no município de Itaguaí (RJ), até que seja encontrada uma solução para as 25 famílias que atualmente residem na Vila do Engenho, Ilha da Madeira, a menos de 30 metros do terminal. Na ação, protocolada ontem na Justiça Federal do Rio de Janeiro, o MPF alega que a empresa deixou de cumprir obrigação estabelecida na Licença de Instalação do Porto, consistente na realocação de todos os moradores da Vila do Engenho, e que a operação de empreendimento desta magnitude e natureza é incompatível com a permanência da população residente na área, em razão da comprovada emissão, durante as operações, de gases e partículas altamente prejudiciais à saúde, dentre os quais dióxido de enxofre (SO2); dióxido de nitrogênio (NO2); partículas inaláveis (PM10), partículas totais em suspensão (PTS), hidrocarbonetos (HCT) e monóxido de carbono (CO). (mais…)

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Novos transgênicos argentinos reproduzem modelo destrutivo do agronegócio

Paulo Emanuel Lopes – Adital

A aprovação de novas sementes transgênicas, desta vez produzidas por centros de pesquisa argentinos, com apoio de conglomerados internacionais do setor do agronegócio, está gerando repúdio dos movimentos sociais organizados. São elas: uma soja resistente às secas e uma espécie de batata resistente ao vírus PVY (Potato vírus “y”). Há ainda estudos para liberação de uma cana-de-açúcar resistente ao glifosato. O aparente avanço tecnológico esconde um modelo que destrói o meio ambiente e pode estar provocando o envenenamento da população, advertem os ambientalistas. (mais…)

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Relatório sobre desastre em Mariana aponta: apesar do desastre, poucas mudanças à vista. Entrevista Especial com Bruno Milanez

“No contexto brasileiro estamos falando no que deverá ser o pior desastre socioambiental (em termos de extensão territorial) do país. As perdas para o país ainda precisam ser estimadas e, com muita dificuldade, se conseguirá efetivamente mensurar a gravidade do que ocorreu”, afirma o pesquisador

Por Leslie Chaves – IHU On-Line

Antes fosse mais leve a carga: avaliação dos aspectos econômicos, políticos e sociais do desastre da Samarco/Vale/BHP em Mariana (MG)”, esse é o título do relatório lançado durante a Plenária do Comitê em Defesa dos Territórios Frente à Mineração – CNDTM, em Mariana – MG, entre os dias 13 e 15 de dezembro.

O documento apresenta uma sistematização dos dados sobre os diversos aspectos envolvidos no rompimento da barragem do Fundão. O relatório, que inicialmente era um projeto menor, foi tomando dimensões maiores conforme as pesquisas sobre o desastre se aprofundavam e revelavam a complexidade e extensão do problema. (mais…)

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Pesquisadores apontam concentração elevada de metais pesados ao longo do Rio Doce

Grupo independente que faz análises em amostras de água e sedimentos coletados na bacia hidrográfica alerta para níveis acima do indicado por lei

Rodrigo Melo e Renan Damasceno – Estado de Minas

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) divulgaram os primeiros resultados das análises de amostras de água e sedimentos coletados em 10 pontos ao longo da bacia do Rio Doce e afluentes em que foram encontrados metais pesados. Em alguns locais, os níveis de contaminação estão acima dos limites recomendados pela Resolução 357 do do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), inclusive em água coletada para abastecimento humano. Os profissionais, juntamente com cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFscar), em São Paulo, formam um grupo independente de pesquisa que está avaliando os impactos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, no dia 5 de novembro. (mais…)

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Manual Antiminero: Guía práctica para comunidades contra las minas

Desinformémonos

La actividad minera en México cada día va cobrando más importancia debido al incremento de concesiones otorgadas por aparte del gobierno de nuestro país a empresas privadas (nacionales y extranjeras), representando un peligro para cientos de comunidades, pueblos y regiones. Además del riesgo que implica para las y los habitantes de las comunidades en términos territoriales, la minería tiene fuertes impactos sociales, políticos, económicos, culturales y sobre el medio ambiente. (mais…)

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Estudo aponta subnotificação de mortes por agrotóxicos

Por Graça Portela e Raíza Tourinho (Icict/Fiocruz) – EcoDebate

Ao analisar os óbitos decorrentes de intoxicações ocupacionais por agrotóxicos, registrados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, a pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner, trouxe à tona um problema grave de saúde pública: a subnotificação ou notificação irregular dos óbitos causados por esses agravos, fato que acaba dificultando não só as pesquisas como também as notificações judiciais contra as empresas produtoras de agrotóxicos. (mais…)

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Carta de Repúdio dos Tembé, Quilombolas e Ribeirinhos de Tomé-Açu, Acará-PA, contra a Biopalma

“Nós Tembé e quilombolas e ribeirinho de Tomé-Açu, Acará /PA, tentamos por diversas vezes entrar em acordo com o grande projeto criminoso que se chama BIO-PALMA que se instalo a quatro anos entorno da nossa área, desmatando as cabeceiras dos nossos rios e igarapés para o cultivo do DENDÊ, onde na ultima terça-feira 08/12/15 foi encontrado um igarapé secando com muitos peixes morrendo, tudo isso esta contribuindo para perda de tradição cultural e ambiental para atual e futura geração, as altoridades Federal Estadual Municipal, veja com mais cuidado e com mais atenção a vida humana que é mais importante, aonde estar os direitos humanos? aonde esta os direitos a vida a flora, falna e os recursos hidricus? respeito com as pessoas mais humildes. (mais…)

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Barragem de Fundão não podia receber rejeitos de mina da Vale, diz Semad

Vale garante que detém licença ambiental para fazer a transferência e uma avaliação jurídica do caso será realizada pela Advocacia Geral do Estado (AGE)

Por  João Henrique do Vale, Paula Carolina/Estado de Minas

O processo de licenciamento da Barragem de Fundão, em Mariana, que se rompeu em 5 de novembro e deixou um rastro de destruição em dezenas de municípios mineiros, não previa o transporte de minério da mina Alegria, da Vale, para o local controlado pela Samarco. A informação é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A Vale, no entanto, garante que detém licença ambiental para depositar os rejeitos. Uma avaliação jurídica do caso será realizada pela Advocacia Geral do Estado (AGE). Se for encontrada alguma irregularidade, ‘todas as providências cabíveis serão tomadas’. (mais…)

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