O cuidado com os comuns naturais é o caminho para o futuro, por Cândido Grzybowski*

Começa em Paris a COP-21, uma Conferência sobre o Clima com a presença de líderes de 190 países. Trata-se de mais um esforço em busca de consensos e acordos sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Questão de fundo é a ameaça de uma mudança climática de efeitos catastróficos nas próximas décadas. Mas alguém acredita na Conferência? Será diferente da COP-15, em 2009, em Copenhagen? Será mais uma decepção, como na Rio+20? Nada indica que desta vez os líderes governamentais cheguem a algo para valer. Estamos comprometendo o futuro das novas gerações com a nossa irresponsabilidade de hoje. (mais…)

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Las fuerzas armadas y las guerras son uno de los mayores causantes del cambio climático

Servindi – Las fuerzas armadas y las guerras son uno de los mayores emisores de gases de efecto invernadero, y por tanto causantes del cambio climático, pero nada de esto se discutirá en la COP21, advirtió la analista Silvia Ribeiro en un artículo titulado: Clima de guerra.

“Las sangrientas guerras por petróleo y por control de los territorios que lo tienen ­–como Siria– son un monstruo que se muerde la cola. Guerras por petróleo que causa el cambio climático, petróleo que sostiene las guerras que se exacerban con el caos climático y demandan más petróleo” puntualizó. (mais…)

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Black Friday: Vou pedir para o Papai Noel que o meteoro chegue rápido, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

A Black Friday será o recorte através do qual os sociólogos do futuro estudarão o nosso tempo.

Não sei se esse vídeo que está bombando na rede traz cenas apenas da última sexta de promoções nos Estados Unidos. E nem importa.

Você acha que está com aquele vazio difícil de preencher ou ficando “transparente” para seus amigos e colegas? Pensa que a solução é adquirir um produto e, através dele, o pacote simbólico de cura e inserção que traz consigo? Acredita que precisa dar um presente para alguém a fim de provar que ama? Objetos de desejo coletivo são realmente úteis para você? Ou só está procurando um estilo de vida pré-fabricado para ser encaixar pois trabalha tanto que não consegue construir o seu próprio? Quanto tempo depois de uma compra impulsiva você percebe que aquilo não lhe trouxe felicidade? E quanto tempo levou até a culpa te consumir por dentro? (mais…)

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Violência e mudanças climáticas

Instabilidade social e fome, super-tempestades e secas. Lugares, espécies e seres humanos – ninguém vai escapar. Bem-vindo ao “Ocupe a Terra”.

Por Rebecca Solnit, em Common Dreams/A Casa de Vidro

Se você for pobre, a única maneira de você machucar alguém é através do tradicional e antigo método, violência artesanal, ou seja: pelas mãos, com faca, com ripa, ou, talvez, uma forma de violência moderna, mais eficaz, com um revólver ou um carro.

Mas se você for estupidamente rico, você pode praticar violência em escala industrial, sem precisar sujar as mãos, literalmente falando. Pode construir, digamos, uma fábrica escravocrata em Bangladesh pronta para desmoronar e matar mais pessoas que um assassínio em massa, ou pode calcular os riscos e os benefícios de espalhar artefatos venenosos e inseguros pelo mundo, como os fabricantes fazem todos o dias. Se você é líder de um país, pode declarar guerra e matar centenas de milhares (ou milhões) de pessoas. E os superpoderosos nucleares – Estados Unidos e Rússia – ainda têm a opção de destruir boa parte da vida na terra. (mais…)

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De que cor é esta ministra?

Barbara Reis – Publico

Desde o fim da monarquia, Portugal teve 75 governos e mais de três mil governantes. Eram todos brancos. Até hoje, nestes 100 anos de vida republicana, não houve um único ministro “diferente”, alguém que não fosse branco como a maioria. Esta quinta-feira, Francisca Van Dunem, que é negra, tomou posse como ministra da Justiça. Mas aquilo que é óbvio dizer — “a nova ministra da Justiça de Portugal é negra e isso nunca tinha acontecido” — abriu um debate. Como é a primeira vez, o debate nunca tinha acontecido. E por isso vale escrever: em 2015, Portugal deu posse a um primeiro-ministro de origem goesa, a uma ministra negra de origem angolana e a um secretário de Estado filho e neto de ciganos. (mais…)

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O solo que desaparece sob nossos pés, por Washington Novaes

Estudo aponta face até agora pouco conhecida da devastação ambiental: o recuo acelerado dos solos naturais, riquíssimos em biodiversidade, e cujo declínio pode afetar Agricultura, Saúde e Clima

Em Envolverde/Outras Palavras

É muito inquietante estudo publicado há poucas semanas (10/10) pela conceituada revista New Scientist segundo o qual um terço dos solos superficiais do planeta está “ameaçado de extinção”. Em dezembro próximo será publicado pela ONU, neste Ano Internacional dos Solos, um relatório sobre essa situação dramática. Ele dirá que estamos perdendo solos à razão de 30 campos de futebol (30 hectares) por minuto – ou 1.800 campos por hora, 42 mil por dia. Se não baixarmos essa perda, todos os solos agricultáveis do mundo estarão inviáveis para a agricultura em 60 anos. E como a agricultura provê 95% dos alimentos, além de contribuir por outros ângulos para a sobrevivência humana, as dimensões do problema serão gigantescas. É a maior ameaça ao ser humano, segundo Peter Groffman, especialista em estudos do solo no Cary Institute of Ecosystem Studies, em Nova York. (mais…)

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Após vitória de Macri, movimentos sociais argentinos se reorganizam para defender conquistas

‘O momento é de tomar as ruas de volta, porque o neoliberalismo vai querer recuperar o espaço que perdeu nos últimos anos’, diz representante do movimento estudantil

Vanessa Martina Silva – Opera Mundi

Após a vitória da oposição que encerrou os 12 anos de governos kirchneristas, os movimentos sociais e correntes políticas que apoiaram a Frente para a Vitória, do candidato derrotado Daniel Scioli, começam a planejar a reorganização e as estratégias futuras para “impedir um retrocesso” nas políticas sociais e de direitos humanos no país. (mais…)

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David Harvey aposta na radicalização das cidades

Entrevistado no Brasil, ele sustenta: é nos grandes centros urbanos que capitalismo contemporâneo se reproduz — mas é de lá, também, que pode surgir alternativa

Por Daniel Santini*, na Adital

David Harvey não gosta de São Paulo. “Estive na cidade, nos anos 1970, e também em lugares, como Recife e Salvador. Eles foram totalmente tomados por arranha-céus e shopping centers. Todos, no Brasil, gostam de pensar que o país é especial – mas o que o Brasil tem de especial? É só capitalismo”. É assim, de maneira direta e clara, sem medir palavras, que ele respondeu a perguntas de um grupo reunido na capital paulista para uma entrevista coletiva organizada pela Fundação Rosa Luxemburgo. (mais…)

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América Latina: fim de ciclo?

Triste vitória conservadora na Argentina expõe debilidades de projeto político que marcou a região. Mas não é o fim do mundo – e talvez obrigue esquerda a saudável reinvenção…

Por Alejandro Mantilla Q, no Colombia Info | Tradução: Antonio Martins – Outras Palavras

A vitória de Maurício Macri nas eleições presidenciais de ontem, na Argentina, parece confirmar uma tese formulada por intelectuais latinoamericanos como Maristella Svampa e Raul Zibechi: assistimos ao fim do ciclo de ascendo dos governos progressistas em nossa América. (mais…)

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Paris: dupla moral diante do terror

Com um braço, governo francês lança bombas contra o ISIS. Com outro, vende armas à Arábia Saudita, que promove guerra suja contra Iêmen e é o principal inspirador dos fundamentalistas

Por Robert Fisk, com tradução de Victor Farinelli, em Carta Maior

O país que ofereceu o credo sunita wahhabista aos autores dos atentados de Paris não dará a mínima importância ao fato de o presidente francês, François Hollande soprar e ares de guerra no Médio Oriente. A Arábia Saudita já conhece essa ladainha, desde que ela surgiu na forma do discurso da Nova Ordem Mundial – em 1991, quando George Bush pai sonhava com uma expressão subhitleriana do Golfo Pérsico, onde poderia existir um oásis de paz, um lugar sem armas, onde as espadas se transformavam em enxadas, e a riqueza que provém dessas terras deixasse de partir em navios petroleiros para passar por oleodutos mais longos. (mais…)

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