Devastada pelo fogo, mata da Chapada Diamantina só se recuperará ‘daqui 15 anos’

Por Adriano Brito, da BBC Brasil em São Paulo

Enquanto Minas Gerais e Espírito Santo lidam com os impactos do rompimento da barragem de Mariana, a vizinha Bahia enfrenta outra tragédia ambiental: as consequências de uma das piores séries de incêndios já registradas na Chapada Diamantina, um dos símbolos do Estado e onde nascem alguns dos principais rios que abastecem a população baiana.

Depois de um mês de chamas, as chuvas que começaram a cair na última quarta-feira finalmente acabaram com o fogo, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia. Nesta sexta, não eram mais verificados focos de incêndio, afirmou à BBC Brasil o secretário Eugênio Spengler. (mais…)

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Carta Aberta do Encontro Regional dos Povos e Comunidades do Cerrado

Carta Aberta à Sociedade Brasileira, à Presidência da República e ao Congresso Nacional sobre a destruição do Cerrado pelo MATOPIBA

Nós, Camponeses(as), Agricultores(as) Familiares, Povos Indígenas, Quilombolas, Geraizeiros(as), Fundos e Fechos de Pasto, Pescadores(as), Quebradeiras de Coco, reunidos(as) no I ENCONTRO REGIONAL DOS POVOS E COMUNIDADES DO CERRADO, em Araguaína – Tocantins, nos dias 23, 24 e 25 de Novembro de 2015 , para debater sobre o PDA MATOPIBA e as consequências para os Povos do Cerrado, viemos INFORMAR e MANIFESTAR à Sociedade Brasileira:

– Que a Política Nacional de Desenvolvimento Agropecuário, através do Plano de Desenvolvimento Agropecuário do MATOPIBA (PDA MATOPIBA), instituída através do Decreto n. 8447, nada mais é que a velha e contínua política desenvolvimentista do período militar e atual, maior promotora de violências, de degradação ambiental, trabalho escravo e desigualdades sociais e econômicas do campo brasileiro. (mais…)

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Perto de vencer os efeitos da seca, moradores de Linhares sofrem agora com a lama

Antes, Rio Doce não chegava mais ao mar no Espírito Santo, impendindo a pesca. Agora, os rejeitos de minério da Samarco tiram o sustento dos pescadores

Por Mateus Parreiras, enviado especial do EM

Linhares (ES) – O licenciamento ambiental já estava aprovado. O projeto estava autorizado pela Prefeitura de Linhares (ES) e, em poucos dias, as máquinas começariam a trabalhar. A previsão era de que, em algumas semanas, a barra formada pelo assoreamento da foz do Rio Doce, que impedia sua saída natural para o mar, seria desmanchada. “A gente (pescadores) já estava imaginando nossos barcos podendo atravessar novamente a barra para o mar. O encontro do rio com o mar era um ótimo lugar para peixes”, conta o pescador Ademar Paulino Sampaio, de 55 anos. Mas não adiantou vencer os efeitos da seca e da estiagem. Antes que um só saco de areia fosse removido da foz ocorreu o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, na Região Central de Minas, e mais de 60 toneladas de rejeitos de minério escoaram para o Rio Doce. “A gente ficou torcendo para o mar segurar a lama. A força do mar abriu outra barra, então eu achava que ia conseguir parar a sujeirada, mas nem o mar conseguiu. Agora não podemos mais pescar nem no rio nem no mar”, disse Ademar. (mais…)

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Feminismo é revolução: Simone de Beauvoir em três atos

Em Olga

Que o trabalho intelectual das mulheres é menos valorizado que o dos homens não é nenhuma surpresa. Aprendemos na escola e sabemos de cor o nome de filósofos, cientistas e autores masculinos, mas mesmo grandes mentes femininas têm menos destaque que alguns pensadores medíocres por uma falta de visibilidade e descrédito que têm raiz no machismo. E é nesse cenário de invisibilidade sistemática que, entre as poucas intelectuais femininas de renome mundial, está a francesa Simone de Beauvoir. (mais…)

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Foucault e o bonjour amazônico, por José Ribamar Bessa Freire

A canoa vai de proa /e de proa eu chego lá,
Rema, meu remo, rema / Meu remo, rema.

(Fafá de Belém – Indauê Tupã)

Confesso um pecado academicamente mortal: não conheço a obra de Michel Foucault. O único livro dele que li de cabo a rabo foi A História da Loucura escrito ainda no início dos anos 1960. Tomei conhecimento dos demais só através de resenhas, entrevistas, citações em dissertações e teses em cujas bancas me envolvi. Um amigo querido, ex-professor da UFF, que era vidrado no filósofo francês e não dizia um “oi” sem citá-lo, morreu sem perdoar meu pecado. Se ele ainda estivesse vivo, agora sim, me absolveria porque, para me redimir, eu o cumprimentaria assim citando Foucault: (mais…)

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Nota à imprensa sobre as obras do Linhão de Tucuruí na TI Waimiri-Atroari

O Conselho Indígena de Roraima (CIR), organização de defesa dos direitos dos povos indígenas de Roraima, vem manifestar o seu posicionamento a respeito do andamento das obras do Linhão de Tucuruí, conforme a Carta de Anuência da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), assinada pelo Presidente João Pedro Gonçalves da Costa, nesta quarta-feira, 25.

Primeiramente, o CIR destaca que não se manifesta em nome do povo indígena Waimiri-Atroari, considerando que os mesmos têm autonomia e forma de organização social e política diferenciada para manifestar-se sobre o assunto. (mais…)

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Onze inquéritos apuram responsabilidades pelo rompimento de barragem da Samarco

Mineradora é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Civil, PF, Ministério Público de MG, Ministério Público Federal e outros órgãos que apuram rompimento de barragem

Por Guilherme Paranaíba, no Estado de Minas

Quase um mês depois da tragédia de Mariana, as autoridades mineiras criaram pelo menos 13 frentes principais de investigação para apurar as responsabilidades pelo rompimento de uma das barragens da Samarco em Bento Rodrigues, com possibilidades de desdobramentos em outras frentes. O maior objetivo é encontrar os responsáveis pelas 11 mortes já confirmadas, dois corpos sem identificação e oito pessoas desaparecidas,  por crimes ambientais contra a fauna e contra a flora e poluição dos rios, além de exigir a reparação de todos os danos na esfera civil e também garantir as punições administrativas com a aplicação de multas. (mais…)

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Suponhamos que uma imensa barragem de lama estourasse no Brasil… [ou ‘Isto não é um mar de lama (René Magritte, 2015)’], por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Suponhamos que uma imensa barragem de lama estourasse no interior do Brasil, arrastando pessoas, animais e árvores por onde passasse, deixando um rastro de destruição e inviabilizando o consumo humano de água. É claro que isso nunca aconteceria em um país que diz tanto se preocupar com o meio ambiente e canta para os quatro cantos do mundo que tem as empresas mais ambientalmente responsáveis. Mas suponhamos que isso aconteça. (mais…)

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Comunidades debatem poluição na Baía de Guanabara

No RioOnWatch

Na terça-feira, dia 10 de novembro, mais de 50 membros de comunidades e ativistas se reuniram para discutir a questão, fortemente debatida, sobre aumento da poluição na Baía de Guanabara, e também para discutir os problemas que afetam a população que vive em torno dela. Como parte da série de diálogos do Viva Favela e Swissnex, o evento contou com um painel de quatro representantes de diferentes áreas para discutir a falta de políticas públicas específicas para a Baía, especialmente porque os efeitos impactam negativamente o cotidiano dos moradores. A Baía de Guanabara está localizada ao leste da cidade do Rio de Janeiro, formando um dos três lados da península do Rio. Com uma área de mais de 415 km2, é a segunda maior baía do país. Hoje mais de 10 milhões de pessoas vivem nas áreas em torno da Baía, em mais de 15 municípios diferentes. (mais…)

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ES – Entidades se reúnem para monitorar ações aos impactos da lama de rejeitos no rio Doce

Por Lívia Francez, no Século Diário

Um conjunto de 55 entidades da sociedade civil compõe o Fórum Capixaba de Entidades em Defesa da Bacia do Rio Doce, criado para monitorar as ações da Samarco/Vale para a mitigação dos impactos provocados pelo rompimento da barragem da mineradora em Minas Gerais. A lama de rejeitos de mineração percorreu todo o trecho do rio Doce até a foz, em Regência, município de Linhares (norte do Estado), e já avançou dez quilômetros mar adentro, 35 quilômetros ao norte, e seis ao sul. (mais…)

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