Repetindo, por que é essencial: “A guerra que você não vê”, de John Pilger

Para quem tem estômago forte e capacidade de ir adiante com a sua indignação

Neste documentário, John Pilger expõe como os grandes meios de comunicação dos países imperialistas (assim como seus representantes nos países periféricos) manipulam as informações com o objetivo de justificar suas guerras de rapina e outras políticas contrárias aos interesses das maiorias populares. John Pilger revela como estes meios agem de modo orquestrado para beneficiar as políticas imperialistas dos Estados Unidos, por exemplo, e de seus agentes no Oriente Médio (Israel).

A vida humana nada conta para estas potências imperialistas (ou sub-imperialistas) nem para a mídia que as defende. Nada está por cima dos interesses econômicos ou estratégicos militares dos estados e grupos econômicos que exercem a hegemonia política no planeta. As cenas das atrocidades cometidas no Iraque, no Afeganistão e na Palestina são amostras do grau de perversidade a que se pode chegar com o objetivo de garantir privilégios.

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Defensoria Pública de São Paulo entrará com ações contra PM por racismo

Ricardo Brandt

CAMPINAS – A Defensoria Pública de São Paulo entrará com um processo de discriminação contra a Polícia Militar na Secretaria de Justiça e com um pedido de abertura de inquérito policial por racismo contra o capitão Ubiratan Beneducci por causa da ordem de serviço determinando abordagens em pardos e negros em um bairro de Campinas, no interior de São Paulo.

Na ordem, de uma folha, assinada dia 21 de dezembro do ano passado, o comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM de Campinas determina aos policiais que fazem o patrulhamento em dois bairros da região do Taquaral, que reforcem as operações em um quadrilátero de ruas onde um grupo de criminosos, com características específicas descritas por moradores, estaria agindo.

Segundo a ordem, os PMs devem atuar com rigor: “focando abordagens a transeuntes e em veículos em atitude suspeita, especialmente indivíduos de cor parda e negra com idade aparentemente de 18 a 25 anos, os quais sempre estão em grupo de 3 a 5 indivíduos na prática de roubo a residência naquela localidade”.

A Defensoria e o seu Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito entenderam que foi racista a determinação. Com base na lei 14.187/10, que pune discriminação na esfera administrativa, será pedida punição na Secretaria de Justiça. Diretamente contra o capitão Beneducci, será pedida a responsabilização criminal, com base na lei de racismo, 7.716/89. (mais…)

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O futuro dos índios: entrevista com Manuela Carneiro da Cunha

Por Guilherme Freitas

Muitas vezes vistos como “atrasados” ou como entraves à expansão econômica, os povos indígenas apontam, com seus saberes e seu modo de se relacionar com o meio ambiente, um caminho alternativo para o Brasil, diz a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, que lança coletânea de ensaios sobre o tema. Em “Índios no Brasil: História, direitos e cidadania” (Companhia das Letras), ela reúne ensaios das últimas três décadas sobre temas como a demarcação de terras e as mudanças na Constituição. Nesta entrevista, a professora da Universidade de Chicago, convidada pelo governo federal para desenvolver um estudo sobre a relação entre os saberes tradicionais e as ciências, critica o ‘desenvolvimentismo acelerado’ da gestão Dilma e defende ‘um novo pacto’ da sociedade com as populações indígenas.

“Índios no Brasil” é uma compilação de textos publicados desde o início da década de 1980. Ao longo desse período, quais foram as principais mudanças no debate público brasileiro sobre as populações indígenas?

Eu colocaria como marco inicial o ano de 1978, ano em que, em plena ditadura, houve uma mobilização sem precedentes em favor dos direitos dos índios. Na época, o Ministro do Interior, a pretexto de emancipar índios de qualquer tutela, queria “emancipar” as terras indígenas e colocá-las no mercado. O verdadeiro debate centrava-se no direito dos índios às suas terras, um princípio que vigorou desde a Colônia. Nesse direito não se mexia. Mas desde a Lei das Terras de 1850 pelo menos, o expediente foi o mesmo: afirmava-se que os índios estavam “confundidos com a massa da população” e distribuía-se suas terras. (mais…)

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1 ano sem Dom Ladislau

Dom Ladislau Biernaski, presidente da CPT, faleceu no dia 13 de fevereiro de 2012, aos 74 anos, em decorrência de um câncer. “Temos certeza que carregava no seu coração a fidelidade a Jesus de Nazaré e a memória de inúmeros rostos de camponesas e camponeses que, ao longo de sua vida, amou, serviu e promoveu”, resumiu Flávio Lazzarin, da coordenação nacional da CPT.

Dom Ladislau dedicou toda sua vida à Igreja e ao povo que sofre. Atuou como presidente da Pastoral Carcerária, da Pastoral do Menor, e da Comissão Pastoral da Terra – CPT. Filho de camponeses poloneses, Dom Ladislau, além do conhecimento teórico, viveu profundamente o drama de milhares de posseiros, pequenos agricultores e famílias sem terra. Para ele o latifúndio era a origem de desigualdades e das enormes injustiças no campo. Erguia sua voz para denunciar o trabalho escravo, a violência contra camponeses, indígenas, quilombolas e a criminalização de movimentos sociais. Acreditava e defendia a reforma agrária e a regularização fundiária, como caminhos para garantir paz e justiça no campo brasileiro. Propôs e defendeu o que se chamou no Brasil de Campanha pelo estabelecimento de um limite para a propriedade da terra no campo. (mais…)

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Funai apoia valorização cultural do povo Xavante (MT)

Desde 2010, a Funai apoia os Xavante das Terras Indígenas Pimentel Barbosa e Areões com a implantação do Centro Etnoecológico Abahi Tebredzê. O espaço é destinado à realização de cursos, oficinas, encontros e outras vivências relacionadas à valorização cultural e ao intercâmbio de conhecimentos associados à produção sustentável, gestão territorial, segurança alimentar e demais temas correlatos e de interesse das comunidades.

O Centro Etnoecológico fica à margem do rio das Mortes, na TI Pimentel Barbosa, e sua construção foi realizada pelos próprios Xavante, que utilizaram materiais da região e contaram com apoio técnico e financeiro da Funai por meio da CR Xavante/CTL Água Boa e das Coordenações Gerais de Promoção da Cidadania (CGPC), de Gestão Ambiental (CGGAM) e de Etnodesenvolvimento (CGETNO). (mais…)

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Toshio e Thiago, dois exemplos da DP que queremos: a que luta pelo povo-nação e não exila defensores dignos

Tania Pacheco – Combate ao Racismo Ambiental

Faz tempo este Blog fala na Defensoria Pública, defendendo a necessidade de nos conscientizarmos de sua importância para a democratização da justiça, o cumprimento das leis e a garantia da igualdade de direitos para toda a população. Ultimamente, assumimos também a campanha pela derrubada do veto presidencial à PLP 114, como aliás pode ser visto em matéria publicada hoje mesmo. Não fazemos uma defesa cega, entretanto. Sempre achamos um jeitinho, nem que seja na legenda da uma foto, de reafirmar que a Defensoria Pública que queremos é a autônoma; a que não barganha cargos e apadrinhamentos; a que cumpre a LC 132/2009, instalando sua Ouvidoria Geral, entre outras coisas; e, finalmente, a que respeita a sociedade civil, reconhecendo que é dela o direito à indicação da lista tríplice da qual sairá o Ouvidor ou a Ouvidora. Algo bem diferente do que acaba de fazer a DP da Paraíba e está tentando fazer a do Rio de Janeiro… Mas por que essa aparente fixação? (mais…)

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Quesito ‘raça/cor’ é adotado em registros administrativos do Governo Federal

Medida visa orientar adoção de ações de promoção da igualdade racial nos órgãos da administração pública federal, bem como possibilitar o monitoramento e avaliação das políticas sobre a temática

Coordenação de Comunicação da SEPPIR

O quesito “raça/cor” passou a ser campo obrigatório dos registros administrativos, cadastros, formulários e bases de dados do Governo Federal desde dezembro de 2012. A inovação visa orientar os órgãos públicos federais na adoção de ações de promoção da igualdade racial previstas na Lei 12.288, que institui o Estatuto da Igualdade Racial e atende a uma das mais antigas reivindicações do movimento negro brasileiro.

A medida foi divulgada através do Aviso Circular Conjunto n° 01, de 28 de dezembro de 2012, assinado pelas ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luiza Bairros (Igualdade Racial), e Miriam Belchior (Planejamento). De acordo com o documento, a inclusão do campo “raça/cor” deve ser feita conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. O preenchimento do quesito é obrigatório, mediante autodeclaração nos documentos que contenham informações pessoais, inclusive do público externo, no âmbito dos órgãos e de seus vinculados. (mais…)

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