Organizações e bispo denunciam falta de atenção à saúde dos povos indígenas do Alto Rio Negro

Alex Rodrigues, Repórter Agência Brasil

Brasília – “A gripe, a diarreia, a falta de medicamentos e de atendimento médico, a [constante alegação] de falta de combustível e a discriminação ética venceram mais uma vez”. Assim a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro se referiu à morte de duas crianças da etnia Hupda, aldeia Taracuá-Igarapé, em São Gabriel da Cachoeira.

Confirmadas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), as mortes ocorreram em janeiro mês, quando um surto de virose deixou doentes 13 moradores da comunidade. As autoridades de saúde ainda estão apurando o que provocou a diarreia e o vômito. Para a federação, as vítimas não resistiram às “doenças de branco” e à falta de atenção.

“Faltam profissionais de saúde para cuidar dessas pessoas. Os profissionais passam por lá de tempos em tempos, mas não se estabelecem”, afirmou à Agência Brasil Nildo José Miguel, índio tukano e um dos diretores da federação. Segundo ele, os hupdas não são as únicas vítimas das doenças nem o problema é recente.

“A desnutrição, por exemplo, é um problema de toda a região e ninguém tem conseguido amenizá-lo. O que agora está sendo noticiado é um problema histórico e não apenas dessa etnia [Hupda]. São vários óbitos ao longo dos últimos anos, mas faltam notificações. O órgão responsável não consegue acompanhar a situação”, acrescentou. (mais…)

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Brasil apoia controle sobre mercúrio no garimpo, mas sem proibir o uso

Os garimpeiros brasileiros usam o mercúrio em seu trabalho para formar uma liga com o ouro: o risco é grande de o metal ir para o ambiente e contaminar a atmosfera, o solo e rios, provocando lesões em animais e nos seres humanos

Por Daniela Chiaretti, Valor Econômico

Os garimpeiros brasileiros usam o mercúrio em seu trabalho para formar uma liga com o ouro: o risco é grande de o metal ir para o ambiente e contaminar a atmosfera, o solo e rios, provocando lesões em animais e nos seres humanos.

“Tenho mais medo do mercúrio do que do aquecimento global. É uma questão mais grave, muito mais séria. Pior que o amianto, que é cancerígeno e afeta quem usa e quem trabalha com ele. O mercúrio se difunde e contamina o ambiente, os peixes e as pessoas que comem os peixes. Espalha-se na atmosfera. É um veneno que atinge a todos”. O desabafo é do físico Ennio Candotti, dono de extenso currículo acadêmico, duas vezes presidente da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e atualmente diretor do Museu da Amazônia, em Manaus.

Candotti cita uma preocupação que é unanimidade em torno do mercúrio – trata-se de metal pesado tóxico e perigoso, que causa danos sérios à saúde e problemas graves ao ambiente. O consenso, no entanto, termina aí – como lidar com o problema é controverso. Há quem defenda que seja banido o quanto antes. Embora se saiba que é um elemento natural à crosta terrestre, a concentração global de mercúrio aumentou 300% no pós-revolução industrial. (mais…)

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Em uma década, 80% dos brasileiros saíram da extrema pobreza

Por Daiane Souza

Desenvolvido com o objetivo de erradicar a miséria com a transferência de renda e garantindo o alimento para as famílias mais vulneráveis, o Bolsa Família, criado a partir do Programa Fome Zero, conseguiu mudar a vida de milhões de brasileiros. Quando foi lançado em 2003, o Brasil contava com 28 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza. Em 2013, esse número corresponde a 5 milhões de habitantes que sobrevivem com menos de R$ 70 mensais.

Isso significa que 80% dos extremamente pobres do país conseguiram ultrapassar essa margem em busca de mais qualidade de vida, nos últimos dez anos e os dados continuam a avançar, positivamente, em busca de um país sem pobreza, conforme a proposta da presidenta Dilma Rousseff. As políticas públicas de ampliação do trabalho formal, do apoio à agricultura e da transferência de renda têm tido importante papel para que a meta seja plenamente alcançada. (mais…)

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Desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará apoiam campanha de combate à violência contra mulher

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manifestaram apoio à campanha “Violência contra a Mulher: Cartão Vermelho”, lançada no sábado (2/2), no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Antes da sessão do Órgão Especial na quinta-feira (31/1), a desembargadora Adelineide Viana, da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência, e a juíza Rosa Maria Mendonça, do Juizado da Mulher, entregaram as camisas com o slogan da campanha aos magistrados.

A desembargadora Adelineide Viana explicou que o objetivo é convocar toda a sociedade para se unir contra a violência que atinge as mulheres. “O Judiciário cearense entrou em campo nessa luta. É preciso que a sociedade participe”, disse.

Para a juíza Rosa Mendonça, as mobilizações sociais são fundamentais na prevenção, “visto que é no futebol onde se concentra número expressivo do público masculino, o maior autor de violência contra a mulher.” Ainda segundo a magistrada, é preciso sensibilizar e conscientizar a sociedade “para que esta nefasta e cruel forma de violência possa ser prevenida e combatida”. (mais…)

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PB – Comunidade Quilombo do Grilo tem portaria publicada

No dia 05 de Fevereiro deste ano (2013) foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria Reconhecimento do Presidente do Incra da comunidade quilombola Quilombo do Grilo, que fica localizada no município Riachão do Bacamarte, no estado da Paraíba. A Portaria de  é mais um passo para a titulação da área de  138,8964 hectares, pleiteada pelas 71 famílias que vivem no local.

O processo foi aberto pelo Incra em 2006. O resumo do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) foi publicado em Março de 2011. A portaria é a primeira publicação referente aos processos de titulação de terras quilombolas no ano.

O estado da Paraíba tem 27 processos abertos e somente cinco tiveram algum encaminhamento. Quatro portarias foram publicadas e outros dois processos contem somente com o RTID. Nenhuma comunidade quilombola paraibana recebeu o título de propriedade de suas terras.

Quer saber mais?

Você sabe qual é o processo para expedir um título a uma comunidade quilombola? Veja no link.

Saiba mais sobre os processos de titulação do estado da Paraíba, aqui.

http://www.cpisp.org.br/terras/html/noticia.aspx?NoticiaID=127&Noticia=Comunidade%20Quilombo%20do%20Grilo%20(PB)%20tem%20portaria%20publicada

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RJ – Ato público marcou 13 anos de vazamento de petróleo

Carolina Vaz, da FASE

 O ato público “13 anos de impunidade pelo maior vazamento de óleo em duto da Petrobras na Baía de Guanabara” foi realizado no dia 18/01, em frente ao prédio da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro.

Com faixas nos portões da empresa e distribuindo folhetos com um manifesto, os líderes se revezavam ao microfone para expor as reivindicações do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica da Baía de Guanabara (FAPP-BG), organizador do evento. Os manifestantes também fizeram um minuto de silêncio em memória dos que faleceram pela indústria do petróleo, como pescadores, trabalhadores e moradores contaminados pelas emissões gasosas.

Era prevista a presença de centenas de pessoas, que sairiam de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em ônibus fretados. Porém, as más condições das vias da cidade depois da chuva que caiu na véspera deixou os moradores “ilhados” e, portanto, impossibilitados de comparecer à manifestação. Um dos ônibus sairia da região de Cidade dos Meninos, onde, em razão do Arco Metropolitano, graves enchentes têm ocorrido. Participaram da manifestação membros de várias organizações envolvidas com o Fórum: FASE; Sindicato dos Petroleiros do estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ); Sindipetro de Duque de Caxias;  Justiça Global;  CUT-RJ;  Observatório de Conflitos Urbanos do Espírito Santo; Fórum dos Afetados por Petróleo e Gás do Espírito Santo; e Movimento pró-saneamento de São João de Meriti. (mais…)

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MST faz marcha em Ceará Mirim para cobrar avanços na Reforma Agrária

Por Hildebrando Silva de Andrade, Da Página do MST

O MST realizou nesta terça (05/2) uma marcha pelas ruas da Cidade de Ceará Mirim, no Rio Grande do Norte. O objetivo é cobrar mais agilidade no processo de  Reforma Agrária no município e região.  A atividade conta com a participação de mil trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados.

A marcha também pauta a situação do complexo açucareiro de Ceará Mirim, onde estão acampadas mais de 1500 famílias, esperando por sua desapropriação.  O complexo tem uma dívida pública de quase um bilhão de reais e está improdutivo há mais de cinco anos.

As famílias também decidiram ir para as ruas pressionar o poder judiciário do município contra os despejos violentos e a falsificação de documentos que comprometem o processo de desapropriação das áreas.

Foi feita também uma audiência com os representantes do complexo e o MST junto ao fórum municipal para tentar agilizar as demandas do movimento.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www.mst.org.br/content/mst-faz-marcha-em-cear%C3%A1-mirim-para-cobrar-avan%C3%A7os-na-reforma-agr%C3%A1ria#.URKVCiMfb9g.gmail

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