“Os países sem memória são anêmicos e conformistas”

Em entrevista à Carta Maior, o documentarista chileno Patrício Guzmán fala sobre o golpe contra Allende e a ditadura de Pinochet. E faz uma apaixonada defesa da memória: “Os países que praticam a memória são mais vívidos, mais criativos, fazem melhores negócios, melhor turismo, são mais distintos. Os países sem memória são anêmicos, não se movem, são conformistas, e caem numa espécie de cultura de sofá, gente que está sentada no sofá assistindo a televisão… E não se movem. Acredito que a memória é um conceito tão importante quanto a circulação do sangue”. Veja acima vídeo com a entrevista e, abaixo, a transcrição da fala de Guzmán.

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CE – 6 mil hectares foram suprimidos pela carcinicultura

Seis mil hectares de mangues servem agora para a criação de camarão em cativeiro. A informação é do ambientalista Jeovah Meirelles, primeiro convidado do O Povo Quer Saber.

Jornal O Povo

Uma área de mais de seis mil hectares de mangue no Ceará deixou de recolher o dióxido de carbono por conta da utilização para a carcinicultura (criação de camarão). A informação foi repassada ontem pelo ambientalista Jeovah Meirelles, professor do curso de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o primeiro convidado do programa O Povo Quer Saber 2012, transmitido pela TV O POVO e pelo portal O POVO Online.

Participaram do debate o apresentador Érick Guimarães, diretor-adjunto da Redação do O POVO; Juliana Matos Brito, editora do Núcleo de Audiência do O POVO; Ranne Almeida, repórter do Núcleo de Conjuntura; e Demitri Túlio, editor do Núcleo de Reportagens Especiais, também do O POVO.

O tema do programa, Sustentabilidade Ambiental: o que está sendo feito de fato no País para diminuir o aquecimento global?, ajudou a realizar um diagnóstico das ações prejudiciais no Estado. A criação de camarão em cativeiro, segundo o ambientalista, provoca o desmatamento, aterramento e poluição da área e dos bosques de manguezais. (mais…)

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Publicada Resolução que destina penas pecuniárias para projetos e entidades sociais

Mariana Braga e Manuel Carlos Montenegro, Agência CNJ de Notícias

Foi publicada nesta segunda-feira (16/7), no Diário de Justiça, a Resolução 154, assinada pelo presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, que  destina o valor arrecadado com o pagamento das penas pecuniárias a projetos e entidades com finalidade social. As chamadas penas pecuniárias são alternativas para substituir aquelas privativas de liberdade, como a prisão em regime fechado. São aplicadas geralmente em condenações inferiores a quatro anos (furto, por exemplo), desde que tenham sido cometidos sem violência ou grave ameaça.

As novas regras foram aprovadas pelo Plenário do Conselho, na sessão de 21 de maio de 2012. A resolução estabelece que os recursos pagos a título de pena pecuniária devem ser depositados em conta bancária judicial vinculada a Varas de Execução Penal (VEPs) ou Varas de Penas e Medidas Alternativas (VEPMAs), sendo que o dinheiro só pode ser movimentado por alvará judicial.

Apenas entidades públicas ou privadas com finalidade social “ou de caráter essencial à segurança pública, educação e saúde” poderão utilizar os valores correspondentes a essas penas. As normas começam a valer a partir desta segunda-feira (16/7).

Os beneficiários dos recursos serão entidades que promovam a ressocialização de detentos e egressos do sistema carcerário, prevenção da criminalidade, assim como a assistência às vítimas dos crimes. A resolução mantém o direito dos juízes responsáveis pelas varas de repassar os valores depositados a titulo de pena pecuniária às vítimas ou dependentes dos crimes relacionados ao pagamento das penas pecuniárias, como prevê o artigo 45 do Código Penal. (mais…)

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Indígenas enfrentam militares no sudoeste da Colômbia

Dezenas de indígenas da etnia nasa enfrentaram nesta terça-feira soldados que resistem a serem expulsos de sua base próxima a Toribío, informaram as autoridades desta cidade do departamento (estado) de Cauca.

“Isso deixou mais tensa a situação”, afirmou à Agêcnia Efe José Miguel Correa, secretário do governo de Toribío, cuja população é uma das mais afetadas pelas atividades das Farc e seus choques com as forças de segurança no sudoeste do país.

Correa observou que um grande grupo de índios se uniu à chamada Guarda Indígena para expulsar de maneira definitiva as tropas. A mobilização começou nas primeiras horas de hoje, depois que expirou um ultimato dos nativos para que os militares deixem a base.

O prazo, que acabou na meia-noite de segunda-feira, faz parte de uma campanha dos índios para assumir o controle do território de sua etnia, que tem quase 100 mil membros, distribuídos em diversas localidades. Os indígenas destruíram trincheiras e barricadas policiais na zona urbana de Toribío.

“A situação está bastante tensa, e não sabemos o que poderá acontecer”, advertiu o secretário do governo de Toribío, cidade que tem como prefeito um nasa, Ezequiel Vitonás, eleito por voto popular.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5998343-EI8140,00-Indigenas+enfrentam+militares+no+sudoeste+da+Colombia.html

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Fazendeiro usa agrotóxico como arma contra assentados no Espírito Santo

Por José Coutinho JúniorDa Radioagência NP

O pré-assentamento José Marcos de Araújo, localizado no município de Presidente Kennedy (ES), é cenário de violência contra trabalhadores rurais sem-terra. No último dia 03 de julho, o dono da propriedade pulverizou a área onde os assentados estão acampados com agrotóxicos, causando a contaminação e internação de 18 pessoas.

O dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marco Antônio Carolino, relata o que aconteceu aos assentados. Ele diz ainda que os laudos médicos apontaram os agrotóxicos como a causa de todos os sintomas.

“Os sintomas que as pessoas apresentaram de problema de pele, secreção no nariz, nos olhos. E o mais grave é que uma companheira nossa que estava grávida de quatro a cinco meses acabou perdendo a criança por ter sido uma das vítimas. Consequentemente, a vida de uma criança foi abortada”.

O pré-assentamento está localizado em área de 1,3 mil hectares da Fazenda Santa Maria, que foi considerada improdutiva pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em 2009, o órgão anunciou a emissão de posse da área, foi quando os sem-terra acamparam no local para que o assentamento fosse consolidado. No entanto, o dono das terras recorreu na Justiça. (mais…)

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João Pedro Stedile: As mentiras paraguaias das elites brasileiras

Da Folha de São Paulo

O maior conflito do Paraguai é reaver a terra usurpada por fazendeiros brasileiros. O país vizinho “cedeu” a estrangeiros 25% do seu território cultivável.

Mal havia terminado o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo e flamantes porta-vozes da burguesia brasileira saíram em coro a defender os golpistas.

Seus argumentos eram os mesmos da corrupta oligarquia paraguaia, repetidos também de forma articulada por outros direitistas em todo continente. O impeachment, apesar de tão rápido, teria sido legal. Não importa se os motivos alegados eram verdadeiros ou justos.

Foram repetidos surrados argumentos paranoicos da Guerra Fria: “O Paraguai foi salvo de uma guerra civil” ou “o Paraguai foi salvo do terrorismo dos sem-terra”.

Se a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe. (mais…)

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Acampamento em Goiás conquista imissão de posse de área

Da Página do MST 

As 113 famílias do acampamento Egídio Brunetto, localizado entre os municípios de Vila Boa e Flores do Goiás, comemoraram a imissão de posse da fazenda Cabeçudo e São Roque, de 2780 hectares.

O documento, expedido no dia 21 de junho, foi entregue às famílias neste último sábado (14/7), após ato político seguido de grande festa com a presença de outros acampamentos e assentados do MST DF e Entorno.

“Estamos celebrando a derrota de mais um latifúndio e a vitória das famílias trabalhadoras rurais. O MST DF e Entorno comemora essa grande conquista”, disse Lucimar Nascimento, da direção nacional do MST.

A ocupação da área que originou o acampamento Egídio Brunetto foi realizada em março de 2011. O lugar não possuía água e nem energia elétrica e chegou a abrigar apenas sete famílias. “Foi com luta e resistência que chegamos até aqui com esta vitória”, disse José Custódio da Silva, um dos acampados.

Segundo Custódio, as famílias se organizarão para a montagem do Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA) que será instituído. “A luta vai ser mais trabalhosa. Vamos arregaçar as mangas e ajudar uns aos outros. Vamos nos organizar e trabalhar em nosso beneficio e em beneficio do MST. Nós queremos lutar pelos nossos outros companheiros que continuam acampados”, completou.

http://www.mst.org.br/node/13630

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Morre aos 117 anos, inspiradora das lutas contemporâneas do Quilombo Mesquita

Regina Santos/FCP
Dona Antônia, marco da história do quilombo mais próximo da capital federal

Por Daiane Souza

Faleceu nesta segunda-feira (16), aos 117 anos, a dona Antônia Pereira Braga, inspiradora das lutas contemporâneas do Quilombo Mesquita, a comunidade remanescente de escravos mais próxima da capital federal. Nascida nos primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil, dona Antônia foi referência na preservação dos saberes de sua cultura, chegando a ser homenageada por Luiz Inácio Lula da Silva, em seu último ano como presidente.

Dona Antônia faleceu por insuficiência cardíaca e respiratória no Hospital Regional do Gama. Ela se foi na mesma semana em que os quilombolas relembravam um ano da morte de Benedito Antônio, uma das mais importantes lideranças da comunidade.

Por se tratar da mulher mais idosa do Quilombo, Antônia inspirou a reflexão de sua comunidade sobre muitas questões, especialmente no que diz respeito à liberdade, ao território e a qualidade de vida. Filha de ex-escravos, se casou cedo, porém por razões desconhecidas não teve a oportunidade de ter filhos. Sozinha, passou o restante da vida na mesma casa onde plantava e colhia e fazia todo o necessário para a própria subsistência. (mais…)

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“United Fruit Company”

 Por Mauro Costa

O poeta e militante comunista chileno Pablo Neruda escreveu uma poesia muito legal sobre a partilha do mundo pelas grandes empresas monopolistas, mas antes, um pouco do contexto…

Até 1822, o Brasil era uma colônia de Portugal. Mas Portugal era, desde a assinatura do Tratado de Methuen (1703) uma colônia da Inglaterra. Esse subcolonialismo, além de obrigar os brasileiros a sustentar duas metrópoles, permitiu – após a transferência da corte portuguesa para cá por ordem de Londres, em 1808 – a infiltração direta do imperialismo britânico em nosso território.“Fazer do Brasil um empório para as manufaturas britânicas destinadas ao consumo de toda a América do Sul” – foi a instrução do primeiro-ministro Canning ao embaixador Strangford à época. Nos anos subsequentes à independência, a Inglaterra, para cumprir este objetivo, cooptou praticamente toda a classe política nativa.

As classes dominantes do Brasil, Argentina e Chile assumiram o posto de intermediários da dominação anglo-ianque sobre o resto do continente, atuando contra seus próprios povos e também contra os da Bolívia e Paraguai. A partir da metade do século XX, Argentina e Chile acompanham a decadência britânica, enquanto a classe dirigente brasileira associa-se ao imperialismo estadunidense e transforma o país em elo principal da corrente que aprisiona a América do Sul aos desígnios de Washington. (mais…)

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Belo Monte, uma usina polêmica (Parte 1)

Esta é a primeira matéria de uma série de reportagens do Jornal da Cultura sobre a construção da Usina de Belo Monte.  A terceira maior hidrelétrica do mundo está no centro do debate sobre os rumos do desenvolvimento brasileiro, já que o empreendimento de R$ 26 bilhões tem mudado profundamente a paisagem, o meio ambiente e as relações humanas em plena amazônia.

Neste vídeo, você vai conhecer as características dessa obra.  A reportagem é de Ricardo Ferraz, que viajou ao Pará na companhia do cientista política e comentarista do Jornal da Cultura, Carlos Novaes.  Reportagem exibida originalmente na TV Cultura, no dia 16 de julho de 2012.

A série de reportagens sobre a usina será exibida no decorrer da semana, até sábado.

Belo Monte, uma usina polêmica | Parte 1

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