Até ministério acha R$ 140 pouco para ”definir” pobre

Tentar se tornar invisível a pedintes ou assaltantes em São Paulo custa R$ 140. Esse é o preço médio da colocação das populares películas escuras nos vidros de um carro.

R$ 140 é um valor considerado “muito baixo” até mesmo pelo Ministério do Desenvolvimento Social (responsável pelo Bolsa Família) para se definir quem é pobre e pode receber o benefício.

Lúcia Modesto, secretária nacional de Renda de Cidadania, diz que o ideal seriam os R$ 510 do salário mínimo. A reportagem é de Fernando Canzian e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 14-11-2010. (mais…)

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No litoral de AL, casal almoça uma lata de sardinha

“Neste mês, a minha renda foi zero”, diz o descascador de cocos Amaro Verçosa Ferreira, 44. De sua casa, no badalado litoral norte de Alagoas, ele vê extensas áreas de mangue e coqueirais desaparecerem -mas só enxerga um futuro de incertezas. A reportagem é de Fábio Guibu e Anna Virgínia Balloussier e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 14-11-2010.

Desempregado, ele se preocupa com as árvores quase sem frutos e o aumento da concorrência no trabalho. Com a mulher, Amara Maria do Nascimento dos Santos, 44, Ferreira vive em situação de indigência. Mora numa casa de taipa emprestada de um cunhado, em Porto de Pedras (100 km de Maceió), onde cerca de 90% dos moradores são pobres, segundo o Censo 2000 atualizado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). (mais…)

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Acabar com a miséria é exequível, com um empurrão das mulheres

“As mulheres não querem ser depositárias do ideário liberal de que são as mais capazes de gerir “eficazmente” a escassez. Não são milagreiras para fazer render um benefício médio de R$ 90,00 mensais.Uma mulher na Presidência com o potencial produtivo de tantas outras mulheres pode tornar exequível, senão erradicar por completo a miséria, ao menos torná-la residual”, escreve Lena Lavinas, professora associada do Instituto de Economia da UFRJ, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 14-11-2010. Eis o artigo.

A presidente eleita Dilma Rousseff acena com a erradicação da miséria. É auspicioso que o Brasil da segunda década do século XXI vislumbre eliminar por completo níveis de destituição extrema, que colocam em xeque a humanidade de alguns milhões de brasileiros. (mais…)

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Erradicar pobreza custaria mais R$ 21 bi

A maior promessa de campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), de acabar com a miséria no Brasil em seu governo, é muito ambiciosa, mas factível, avaliam especialistas da área. A reportagem é de Fernando Canzian e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 14-11-2010.

Isso depende de duas premissas: o mercado de trabalho continuar se expandindo na velocidade dos últimos anos (algo considerado muito difícil); e o novo governo ampliar o gasto com o Bolsa Família (onerando ainda mais o Orçamento). O programa consome R$ 13,4 bilhões ao ano e atende 12,7 milhões de famílias. Isso equivale a 0,4% do PIB, o que é considerado pouco. (mais…)

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Elites controlam o sistema judicial, mostra pesquisa da USP

Enviada por  Enio Jose, da Rede Brasil Atual

Tese conclui que elites jurídicas provêm das mesmas famílias, universidades e classe social

São Paulo – Há, no sistema jurídico nacional, uma política entre grupos de juristas influentes para formar alianças e disputar espaço, cargos ou poder dentro da administração do sistema. Esta é a conclusão de um estudo do cientista político Frederico Normanha Ribeiro de Almeida sobre o judiciário brasileiro. O trabalho é considerado inovador porque constata um jogo político “difícil de entender em uma área em que as pessoas não são eleitas e, sim, sobem na carreira, a princípio, por mérito”.

Para sua tese de doutorado A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil, orientada pela professora Maria Tereza Aina Sadek, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Almeida fez entrevistas, analisou currículos e biografias e fez uma análise documental da Reforma do Judiciário, avaliando as elites institucionais, profissionais e intelectuais. (mais…)

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Defeito de pobre

Durante a caminhada das famílias sem-teto, na quinta-feira, me lembrei de Rosana Denald. Foi dela  que ouvi pela primeira vez,  a seguinte frase: “Pobre tem um defeito, não evapora no final do dia”. A frase é da professora Ermínia Maricato, para exemplificar a forma como a sociedade lida com as necessidades dos pobres. Se alguém tivesse dúvidas de que muita gente na sociedade gostaria mesmo que os pobres passassem o dia suando, trabalhando, limpando, construindo e no final do dia evaporassem, o problema dos sem-teto é uma boa mostra.

Desde  4 de outubro famílias sem-teto ocuparam quatro, dos milhares de prédios abandonados, do centro de São Paulo. O perfil dos imóveis é bastante parecido,  têm altas dívidas de IPTU e estão fechados por décadas. As primeiras 24 horas foram tensas. Os ocupantes ficaram confinados, impedidos pela polícia, de receber água e comida durante todo o dia. No prédio da Av. Ipiranga três mulheres passaram mal e desmaiaram. No dia seguinte percorri as quatro ocupações, vi o absurdo dos espaços abandonados deteriorando frente à necessidade de quem não tem onde abrigar suas famílias. O vídeo  Ocupações pode ser assistido aqui. Passado o período de tensão das primeiras horas as famílias começaram a limpeza, ocuparam quartos, organizaram cozinha comunitária, atividades de recreação com as crianças, lazer e cultura. As assembléias  podem ser acompanhadas  neste vídeo  “Assembléias” , dão uma mostra da organização do grupo. (mais…)

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Assentamentos vão produzir sementes e mudas para recuperação da Amazônia

Assentamentos vão produzir sementes e mudas para recuperação da Amazônia
A primeira etapa abrange mais de 20 mil hectares e vai beneficiar diretamente pelo menos 10 mil famílias assentadas/Foto: Luiza Reis - Governo do Rio de Janeiro

Plano vai viabilizar uma fonte de renda sustentável para assentados da reforma agrária

Agricultores assentados dos municípios do Arco Verde serão capacitados para atuarem como fornecedores de sementes e mudas que serão usadas na recomposição das áreas de preservação permanente (APP) e de reserva legal (ARL) na Amazônia. As sementes e mudas poderão suprir os próprios assentamentos, os demais agricultores e os futuros demandantes de espécies florestais na região. (mais…)

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